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Cochilo à tarde melhora rendimento dos estudos, dizem especialistas

No entanto, para ser eficaz, descanso não pode ultrapassar 20 minutos

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 14h02 - Publicado em 21 abr 2010, 10h44

Cochilo à tarde melhora rendimento dos estudos, dizem especialistas

por André Bernardo

A preocupação bate à porta de todos que têm um grande exame pela frente, seja um vestibular, um concurso ou uma prova da escola. Se você é do tipo que encara cinco horas de aula, só para na hora do almoço e já volta aos livros, atenção: cochilar à tarde não significa perder tempo. E mais, a soneca até aumenta a capacidade de aprendizado. Quem nos diz isso são os pesquisadores da cronobiologia.

– Aprenda a organizar seus estudos

Desconhecida por muitos, a cronobiologia é a ciência que estuda o ritmo e a frequência do corpo. No caso de quem se preparar para uma prova, ela pode ser bem importante, como algumas técnicas de aprendizagem, tais quais leitura dinâmica e associação mnemônica, que turbinam a performance e minimizam os desgastes. E relógio biológico, dependendo de como for usado, pode garantir uns pontinhos a mais – ou a menos – na prova.

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– Teste: qual seu nível de ansiedade?

CERTO E ERRADO
“Há momentos em que estamos mais alertas e outros em que estamos mais dispersos. Além disso, existem diferenças naturais. Algumas pessoas acordam mais cedo e dormem mais cedo. São os matutinos. Outras acordam tarde e dormem tarde. São os vespertinos. Não há um único horário para todos”, explica o neurofisiologista Fernando Mazzilli Louzada, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Para o cochilo ser produtivo e sem culpa, por exemplo, é importante impor-se um limite: para quem estuda pela manhã, alguns truques são mais do que necessários para espantar a sonolência. O principal deles é o de deixar as janelas das salas de aula bem abertas. Segundo os cronobiologistas, a exposição à luz solar interrompe a produção de melatonina e estimula a de cortisol, substâncias reguladoras do ciclo vigília-sono. Ou seja, como sabemos, a luz nos deixa mais despertos.

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– Leia mais: colégios adaptam horários para diminuir atrasos de alunos

Um erro clássico cometido por vestibulandos, aponta o neurocientista John Fontenelle Araújo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é o de emendar horas e horas de estudo, sem direito a pausas ou descansos. “Não adianta estudar por muito tempo durante um único dia porque a nossa performance não se mantém. O ideal é ter intervalos de 10 minutos de repouso a cada 60 de estudo”, recomenda Fontenelle.

Entretanto, a pausa também tem de ser cronometrada. Para o cochilo, o ideal é não ultrapassar os 20 minutos. “Se for mais que isso, o aluno terá dificuldade para ficar alerta. É como desligar o carro em lugar frio. Para o motor pegar novamente, demora”, compara Fontenelle.

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Nosso relógio biológico está situado numa região do cérebro conhecida como hipotálamo, que tem a função de regular o funcionamento do organismo: da temperatura corporal à pressão sanguínea, da frequência cardíaca à produção hormonal.

7 dicas da cronobiologia para você
1. Respeite os limites do corpo – Nada de trocar o dia pela noite debruçado sobre livros e apostilas. A privação de sono reduz os níveis de concentração e compromete a qualidade do estudo.
2. Durma bem – A quantidade ideal de sono por noite varia de 7 a 8 horas. É durante o sono que fórmulas matemáticas e regras gramaticais aprendidas em sala de aula são armazenadas na chamada memória de longo prazo.
3. Procure estudar à tarde – Neste período, a temperatura do corpo atinge seu ápice. Segundo cronobiologistas, essa elevação potencializa a capacidade de memorização e facilita o entendimento da matéria.
4. Descanse após o almoço – Se possível, tire um cochilo no início da tarde. Mas um cochilo rápido, de 10 a 20 minutos. Além de descansar o corpo, a tradicional sesta favorece o aprendizado e consolida a memória.
5. Crie hábitos saudáveis para dormir – Mantenha horários regulares para dormir e acordar. Evite fazer refeições pesadas à noite ou, pior, dormir com fome. Fuja de “ladrões de sono”, como TV e computador.
6. Seja equilibrado – A cada 60 minutos de estudo, dedique pelo menos 10 ao repouso. Muitas vezes, menos horas de estudo e mais de sono podem trazer mais benefícios do que muitas horas de estudo e poucas de sono.
7. Descubra o seu cronotipo – Crianças tendem a ser mais matutinas. Já os adolescentes têm um perfil mais vespertino. Na dúvida, descubra qual é o seu cronotipo nesta página da USP

SAIBA MAIS – Notícias de vestibular – Notícias de Enem

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Cochilo à tarde melhora rendimento dos estudos, dizem especialistas
No entanto, para ser eficaz, descanso não pode ultrapassar 20 minutos

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