Governo dará bolsas para ajudar na permanência de estudantes cotistas nas universidades públicas
Ainda não há prazo previsto para divulgação do pacote de medidas
O Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) preparam um pacote de medidas para assegurar a permanência de estudantes cotistas que ingressem nas universidades públicas e institutos federais. A iniciativa foi pensada após a aprovação da Lei da Cotas, sancionada pela presidente Dilma Rousseff no final de agosto.
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Ainda não há um prazo para a divulgação do pacote. Os estudantes cotistas de escola pública, que terão direito a 50% das vagas das instituições, poderão contar com o pagamento de bolsas e auxílios especiais caso tenham dificuldades financeiras para se manterem na universidade. O governo também pretedente garantir que cada universidade esteja preparada para receber os alunos cotistas. As instituições terão até quatro anos para implantar o total de percentual de reserva de vagas.
Monitoramento
De acordo com o secretário executivo da Seppir, Mário Lisboa Theodoro, o governo também vai monitorar o desempenho acadêmico e o ingresso no mercado de trabalho dos cotistas formados. “Estamos verificando em alguns momentos e em situações pontuais estigmas com relação aos cotistas, o que é um absurdo. Nós vamos monitorar para saber se há algum problema no mercado de trabalho”, informou.
Centros de convivência negra
O cálculo do governo é que o número de alunos negros cotistas suba dos atuais 8,7 mil para 56 mil estudantes daqui a quatro anos. Para o caso dos estudantes negros, uma ideia é criar centros de convivência negra (como o implantado na Universidade de Brasília (UnB), uma das primeiras a ter sistema de cotas no país). “Nós estamos trabalhando junto com o Ministério da Educação num grande programa que vai facilitar a permanência do estudante, não só a partir de auxílio permanência, mas também de adaptar a universidade para esse público”, destaca o secretário executivo da Seppir, Mário Lisboa Theodoro.
Mário Theodoro espera, além do impacto social, um efeito “simbólico”. “Teremos profissionais negros de nível superior, gabaritados e em quantidade que não temos hoje. Vamos ter uma elite intelectual mais com a cara de todo o povo”, salientou.
*Com informações da Agência Brasil
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