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1 ano de pandemia, mas com vacina: tudo o que você precisa saber

Por que o imunizante contra a covid-19 foi desenvolvido tão rápido e por que ainda não dá para descartar o uso de máscara

Por Danilo Thomaz
5 mar 2021, 13h13

Quantas vezes você tomou uma vacina sabendo qual era a sua eficácia? Alguma vez parou para pensar nos desafios de armazenar uma vacina? Como é possível ter uma vacina para uma doença que surgiu há pouco mais de um ano? Você chegou a pensar que um dia desejaria ser vacinado? Pois é. A pandemia da Covid-19, que completou um ano no Brasil em 26 de fevereiro, mudou a nossa relação com a ciência – e deve nos marcar para sempre neste e em outros aspectos. 

Ainda que nunca tenha havido tantas informações sobre as vacinas contra um vírus e uma doença, há também, infelizmente, muita desinformação. Por isso, preparamos um guia para você entender ponto a ponto o que tem de mais importante sobre este assunto – é para ler, curtir e compartilhar. Porque, se tem um lado bom da pandemia, ele está nas vacinas!

É possível produzir vacinas em menos de um ano?

O caso das vacinas contra a Covid-19 mostrou que sim. Mas é importante saber duas coisas a esse respeito: quando eclodiu a pandemia de Covid-19, já havia uma série de pesquisas em desenvolvimento no mundo todo para decifrar o coronavírus e produzir vacinas contra essa família de vírus. Essas pesquisas pregressas ajudaram muito quando a pandemia ganhou o mundo. E lembram o mundo a importância de investir em pesquisa.

Outro fator importante diz respeito ao financiamento. Desenvolver uma vacina é uma atividade cara e arriscada. Isso porque dois laboratórios podem, ao mesmo tempo, trabalhar em uma vacina contra um vírus, por exemplo, e um deles conseguir comprovar antes a segurança e a eficácia do imunizante. Tendo, assim, autorização para sua distribuição. Quando isso acontece, o outro laboratório pode perder todo o investimento financeiro e de trabalho.

No caso da pandemia de Covid-19, como se tratava de algo de extrema urgência, necessário, no limite, para toda a população mundial, houve um esforço global de laboratórios, governos e até mesmo doadores para o desenvolvimento da vacina. Isso explica por que o mundo criou uma série delas em tempo recorde.

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Quais os tipos de vacina disponíveis hoje no mundo?

São basicamente quatro tipos: a de vírus inativado, como a CoronaVac; a de vetor viral, como a AstraZeneca Oxford; as vacinas proteicas sub-unitárias e as vacinas de RNA mensageiro. Confira aqui mais detalhes sobre cada uma delas e aprenda aqui como elas funcionam. 

Estarei seguro se tomar uma vacina com eficácia geral de 50% e não de 90%?

Sim. Uma vacina só é aprovada após passar pelos testes de segurança e eficácia. Esta varia de acordo com cada vacina, assim como p índice de eficácia necessário varia de acordo com cada doença. No caso da Covid-19, é necessária uma eficácia geral acima de 50%. Há também os índices específicos de eficácia para prevenir casos moderados e graves da doença. E impedir que as pessoas desenvolvam sintomas mais graves é muito importante para retomar as atividades sem risco de superlotação dos hospitais.

Devemos comparar os índices de eficácia das vacinas?

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Não. O importante é levar em conta a proteção que aquela vacina oferece. Todas as vacinas disponíveis para uso foram testadas, aprovadas e têm eficácia comprovada.

Qual a duração da imunização oferecida pelas vacinas contra a Covid?

Isso ainda está em estudo. Como as vacinas foram desenvolvidas rapidamente, dada a gravidade da situação, há perguntas que ainda precisam ser respondidas. A expectativa é que o vírus Sars-CoV-2, que causa a Covid-19, seja um vírus sazonal, como o influenza, causador da gripe, e que tenhamos que nos vacinar de tempos em tempos. Mas é importante saber: as vacinas são seguras e eficazes.

Por que os laboratórios só estão vendendo vacinas para os governos? Por que empresas não podem comprá-las para distribuir aos seus funcionários?

Há uma carência de vacinas contra a Covid-19 no mundo, dada a demanda. A imunização coletiva só é obtida por meio da vacinação em massa. Assim sendo, os laboratórios têm comercializado as vacinas apenas para os governos, por serem eles os responsáveis pela vacinação. De nada adianta a proteção de um grupo de pessoas. É preciso vacinar a maioria da população.

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Tendo as vacinas estará tudo resolvido?

Infelizmente, não. Primeiro: ter as vacinas só não basta. É preciso haver também vacinação. Parece algo simples, mas não é: um programa de vacinação requer um planejamento detalhado de cronograma e logística; deve obedecer a uma logística que permita que as vacinas sejam bem distribuídas e não sejam desperdiçadas. No caso da CoronaVac, por exemplo, como são duas doses da vacina, deve-se cuidar ainda para que a distribuição preveja as duas etapas.

Uma vez vacinado, posso tirar a máscara e jogar fora o álcool em gel?

Não. Como explicou a epidemiologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcomo, até que a epidemia esteja controlada vamos precisar seguir com todas as medidas sanitárias que adotamos há um ano. Quer saber mais? Acesse o nosso especial, com tudo que você precisa saber sobre vacinação. Outros links bacanas:

Instituto Butantan

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Na página do Instituto, você encontra um especial com informações exclusivas sobre a CoronaVac.

Fiocruz

A instituição de saúde criou uma página especial, com textos e vídeos, com informações preciosas sobre a pandemia de Covid-19. 

Canal Monica de Bolle

A economista e pesquisadora tem um canal no YouTube em que explica direitinho como funcionam as vacinas, a importância do isolamento social, por que controlar o vírus é importante para a economia e outros conteúdos sobre pandemia e saúde pública.

Busca de Cursos

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Todos pelas Vacinas

O site da iniciativa que reúne diversos setores da sociedade civil reúne perguntas e respostas, áudios e vídeos sobre as vacinas, vírus e doenças.

Roda Viva – especial vacinas

O principal programa de entrevistas da TV brasileira reuniu três grandes especialistas sobre o assunto: Denise Garrett, epidemiologista que trabalha com vacinação; Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, e Margareth Dalcolmo, pneumologista, pioneira no tratamento de doentes do Covid-19 no Brasil e pesquisadora da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

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