É HOJE! Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Bolsonaro veta presença obrigatória de psicólogos em escolas públicas

O veto alegou que o projeto de lei criaria uma "despesa". O emprego desse termo gera desacordo entre especialistas

Por Taís Ilhéu
9 out 2019, 15h45

Com o apoio do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente nesta quarta (9) um projeto de lei que tornava obrigatória a contratação de psicólogos e assistentes sociais em escolas públicas. A justificativa oficial foi que o projeto cria “despesas” sem indicar uma fonte de receita e os possíveis impactos no orçamento, o que, supostamente, contraria o interesse público. 

Se aprovada, a lei daria o prazo de um ano para as escolas fazerem as contratações. De acordo com o texto do projeto de lei, o objetivo era “desenvolver ações para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade escolar”.

Setores da área da educação e psicologia apoiavam o projeto como uma forma de melhorar o relacionamento no ambiente escolar e diminuir a violência. O bullying e a agressão de professores são temas amplamente debatidos hoje em função do aumento de casos relatados — são, inclusive, aposta de muitos professores para o tema da redação do Enem 2020.

Em setembro deste ano, diversas associações divulgaram uma carta em apoio à aprovação do projeto. Assinaram o manifesto o Conselho Federal de Psicologia (CFP), a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee), a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (Abep), a Federação Nacional de Psicólogos (Fenapsi) o Conselho Federal de Serviço Social (Cfess) e a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss).

O emprego do termo “despesa” nesta área sempre foi um ponto de desacordo entre governos e entidades de defesa da educação, que consideram que todo o dinheiro aplicado em função da melhoria da educação pública é, na verdade, um investimento. Foi o que defendeu a representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Norma Cosmo, em entrevista ao portal G1. 

“A gente entende que inserir psicólogos e assistentes sociais na escola não é um gasto, mas um investimento. Essa medida poderia inclusive evitar muitos gastos que chegam no sistema de saúde público e que decorrem de problemas nas escolas. O presidente deveria olhar para o projeto numa perspectiva de economia em outros sistemas, não de despesa”, afirmou. 

Publicidade

Publicidade
Bolsonaro veta presença obrigatória de psicólogos em escolas públicas
Atualidades
Bolsonaro veta presença obrigatória de psicólogos em escolas públicas
O veto alegou que o projeto de lei criaria uma "despesa". O emprego desse termo gera desacordo entre especialistas

Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se você já é assinante faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Plano Anual
Plano Anual

Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

Apenas R$ 5,99/mês*

BLACK
FRIDAY
Plano Mensal
Plano Mensal

R$ 19,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.