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Cinco dias depois de nomeação, Decotelli deixa o Ministério da Educação

A demissão foi a forma encontrada pelo governo de encerrar a crise gerada pelas mentiras no currículo do quase novo ministro

Por Taís Ilhéu
30 jun 2020, 17h22

Na última quinta-feira (25), o presidente Bolsonaro anunciou que o economista Carlos Decotelli seria o sucessor de Abraham Weintraub no Ministério da Educação (MEC), mas a posse, marcada para esta terça (30), não vai mais acontecer. Em meio a polêmicas envolvendo diversas mentiras no seu currículo, Decoteli optou por encerrar a crise pedindo demissão do MEC.

Em poucos dias, o extenso currículo apresentado pelo presidente ao anunciar o ministro se mostrou cheio de inconsistências. O primeiro a ser desmentido foi o título de doutor pela Universidade de Rosário, na Argentina. O reitor da universidade afirmou que Decotelli teve sua tese de doutorado reprovada e, portanto, não concluiu o doutorado.

Depois, foi a vez da Universidade de Wuppertal, na Alemanha, afirmar que o novo ministro da educação não cursou pós-doutorado na instituição. Conforme as universidades vinham a público, Decotelli retirava essas informações de seu currículo na plataforma LattesA única informação rebatida pelo MEC foi a de que o novo ministro teria cometido plágio em sua tese de mestrado, apresentada na FGV, já que copiou trechos de outros trabalhos sem atribuir o devido crédito.

Quem será o quarto ministro da educação?

Conforme apuração da Folha de S. Paulo, o nome mais cogitado pelo governo para ocupar o cargo de ministro da educação é Anderson Correia, atualmente reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), uma das instituições de ensino mais respeitadas e concorridas do país. Além dele, Renato Feder, secretário de Educação do Paraná, Sérgio Sant’Ana, ex-assessor do MEC, e Antonio Freitas, pró-reitor na FGV, também são outros possíveis nomes para o Ministério. Deles, o que mais se aproxima da ala ideológica do governo, como eram os ex-ministros Vélez e Weintraub, é Sérgio Sant’Ana.

Além disso, outros nomes surgem como favoritos de outras alas: a bancada evangélica defende a escolha do presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior), Benedito Aguiar, a ala militar defende Marcus Vinicius Rodrigues, ex-presidente do Inep, e uma parte do legislativo fala no senador Rodrigo Pacheco (DEM-RO).

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