Educadora, filantropa e ativista, Dorina Nowill foi pioneira na luta pela acessibilidade para cegos no Brasil, em especial no que se refere à educação. Na data em que completaria 100 anos, o Google a homenageia com um doodle especial nesta terça, 28 de maio.
Desde que perdeu a visão, aos 17 anos, Dorina dedicou sua vida ao ativismo pela inclusão de pessoas cegas, até mesmo no campo da legislação. Em 1956, contribuiu para a elaboração da lei de integração escolar. Antes disso, as medidas para inclusão de crianças e adolescentes cegos na escola eram isoladas e não institucionalizadas.
Dorina também foi responsável pela criação da Fundação para o Livro do Cego no Brasil, que expandiu a publicação de livros em braille no país. Ao longo de sua carreira acadêmica, se especializou em educação para cegos em grandes universidades internacionais como a Universidade Columbia (EUA) e posteriormente aplicou esses conhecimentos por aqui, atuando junto à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e no governo federal, no Ministério da Educação.
A educadora brasileira é reconhecida mundialmente e presidiu o Conselho Mundial dos Cegos — no qual atuou por mais de 60 anos — além de representar o Brasil em uma Assembleia Geral da ONU em 1981. A Fundação para o Livro do Cego no Brasil passou a se chamar, em 1991, Fundação Dorina Nowill e, até hoje, imprime edições em braille e distribui livros em áudio para o mundo todo.