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MEC escolhe aliada do Escola sem Partido para área de livros didáticos

Relembre a discussão sobre o movimento Escola sem Partido e entenda por que a nomeação gerou críticas

Por Juliana Morales
Atualizado em 12 mar 2021, 11h11 - Publicado em 11 mar 2021, 17h44
Sandra Ramos é professora do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e aliada do movimento Escola sem Partido (Sandra Ramos Facebook/Reprodução)
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Sandra Ramos, professora do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e aliada do movimento Escola sem Partido, foi a escolhida pelo Ministério da Educação para coordenar a área de materiais didáticos. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União na terça-feira (10).

Há menos de um ano, em vídeo com fundador do Escola sem Partido, Miguel Nagib, Ramos disse que existe uma “minoria ruidosa” que se mantém na posição de defesa de ideologias político-partidárias na educação.

Como mostra reportagem do Estadão, a professora também já criticou a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – documento que traça objetivos de aprendizagem para o ensino público no país– a partir de uma “perspectiva conservadora cristã”. Em uma das publicação no Blog De olho no livro didático, ela chegou a defender que as escolas tratem da diversidade das espécies a partir também da teoria criacionista, e não só da teoria da evolução de Darwin. 

A nomeação do MEC recebeu críticas de entidades estudantis, que consideraram a escolha um retrocesso. 

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Escola Sem Partido

O movimento Escola sem Partido foi fundado em 2004 pelo procurador de Justiça de São Paulo Miguel Nagib. Em 2014, ganhou força quando se transformou no Projeto de Lei 2974/2014, apresentado na Assembleia Legislativa Estadual do Rio de Janeiro (Alerj).

O movimento é contrário ao que chama de “doutrinação ideológica” nas escolas e disponibilizou modelos de projetos de lei, estadual e municipal, a fim de que a iniciativa fosse replicada em outros locais do país. Nos últimos anos, essa perspectiva ganhou espaço no debate público, e gerou polêmica entre a comunidade escolar. O tema ficou em evidência no início do mandato do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a incentivar a gravação de professores em sala de aula, como forma de controlar o conteúdo repassado. 

Mas, no final de 2018 mesmo, o projeto de lei Escola sem Partido foi arquivado. Em agosto de 2019, o movimento decidiu parar suas atividades. A justificativa para o fim do projeto, segundo o fundador e então coordenador, Miguel Nagib, foi a falta de apoio de Bolsonaro, que não colocou mais o debate em pauta. 

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Em vídeo, o Politize!, parceiro do GUIA, traz os argumentos contra e a favor do debate da Escola sem Partido. Confira!

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