O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou neste domingo (24) que não tem “vergonha de pregar o Evangelho”. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, as declarações de Ribeiro foram feitas na Igreja Jardim de Oração, em Santos (SP), onde Ribeiro também atua como pastor.
O ministro responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) depois de falas consideradas homofóbicas dadas em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo.
Durante o culto, Ribeiro teria citado o processo. “A Bíblia diz que chegaria um momento em que as pessoas confundiriam o certo e o errado. O inquérito que enfrento no STF tem a ver com isso, com algo que Jesus não teve receio de dizer que não é o caminho certo”, disse Ribeiro.
O ministro também afirmou que “nunca houve num governo do Brasil um grupo de ministros com três pastores”. “E uma das coisas que eu tenho feito questão de dizer é que não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Eu simplesmente não me envergonho. Eu simplesmente digo a todo lugar, a toda hora, a todo tempo, e fora de tempo, que eu creio, em quem eu creio e muitas vezes nas minhas reuniões no ministério falo a respeito da minha fé, daquilo que eu tenho por valor, por princípio”.
O Brasil é um Estado laico desde o Decreto 119-A, de 7 de janeiro de 1890. Ou seja, o país segue as diretrizes que afirmam que interesses religiosos não podem interferir nas decisões governamentais. Isso não quer dizer que o Estado seja contra as religiões. O Estado laico garante a liberdade religiosa aos seus cidadãos.
Em 2019, O STF determinou que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero passe a ser considerada um crime, assim como já acontece com o racismo.