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Programa de Alimentos da ONU vence Nobel em momento crítico de fome

Com a pandemia, e com menos comida disponível, programa se tornou ainda mais merecedor do prêmio

Por Juliana Morales
Atualizado em 9 out 2020, 15h02 - Publicado em 9 out 2020, 13h56

O Nobel da Paz, anunciado nesta sexta-feira (9), foi concedido ao Programa Mundial de Alimentos da ONU, pelo trabalho de combate à fome. 

Criado em 1961, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, o programa é a maior organização humanitária do mundo. Anualmente, distribui 15 bilhões de refeições, segundo dados da própria organização.

No ano passado, atendeu 97 milhões de pessoas em 88 países. Seus esforços se concentram na assistência de emergência, alívio e reabilitação. Dois terços do trabalho são realizados em países afetados por conflitos. Nesses locais, as pessoas têm três vezes mais probabilidade de ficar subnutridas do que quem vive em países sem conflitos.

De acordo com a organização do prêmio Nobel, com a crise mundial de saúde devido à covid-19, e com menos comida disponível, o programa se tornou ainda mais merecedor do prêmio. Na pandemia, “o programa da ONU demonstrou uma habilidade impressionante de intensificar seus esforços”, disse o comitê.

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DADAAB, Quênia – 24 de julho de 2011: Uma refugiada da Somália segura uma ração de biscoito de alta energia na entrada da área de registro do campo de refugiados de Dadaab, no Quênia. (Oli Scarff/Getty Images)

 

Na pandemia, mais fome

Segundo informações do próprio programa da ONU vencedor do Nobel, o número de pessoas com fome deve mais que dobrar no mundo até o fim do ano.  Estima-se que 270 milhões de pessoas podem passar fome nos países em que opera. Além das 800 milhões que sofrem de segurança alimentar, ou seja, não têm segurança sobre a próxima refeição, como aponta a reportagem da Exame.

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Segundo o documento O Vírus da Fome: como o coronavírus está potencializando a fome em um mundo faminto, lançado pela Oxfam, 122 milhões de pessoas podem ser levadas à beira da fome este ano com a crise gerada pelo coronavírus. O risco maior se concentra em 10 países: Iêmen, República Democrática do Congo (RDC), Afeganistão, Venezuela, Sahel da África Ocidental, Etiópia, Sudão, Sudão do Sul, Síria e Haiti.

Fome no Brasil

O levantamento da Oxfam aponta que o Brasil está entre os prováveis epicentros da fome no mundo, juntamente com Índia e África do Sul.

Em 2014, o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome. Mas pesquisa do IBGE, divulgada em setembro deste ano, analisou dados de junho de 2017 e julho de 2018 e concluiu que o número de brasileiros que passam fome voltou a aumentar. Em cinco anos,  cresceu em cerca de 3 milhões o número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica. Assim, o país chega a cerca de 10,3 milhões de habitantes nessa condição.

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++ Estes dados mostram que a fome ainda é um problema no Brasil – Revista Superinteressante

 

O que é a ONU?

(ricochet64/iStock)

A Organização das Nações Unidas, popularmente conhecida como ONU (ou no idioma inglês como UN), é uma organização internacional cuja principal missão é promover a paz.

Foi criada em 24 de outubro de 1945, depois de duas grandes guerras causadas por atritos internacionais terem destruído diversos países e feito milhões de vítimas. Havia um sentimento comum entre vários países sobre a necessidade da busca pela paz. Principalmente depois da II Guerra Mundial, essa sensação ganhou urgência.

Em 1948, foi a responsável por criar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que serviu de base para constituições e leis em diferentes países.

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A chave da questão quando se trata da ONU são os seus países-membros, que são muitos. Pensando nessa diversidade, a Carta das Nações Unidas determinou que; para a melhor comunicação dos membros, de toda a parte do mundo, haveria seis idiomas oficiais: inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo.

Afinal, a presença desses países é essencial, pois são eles que definem políticas, escolhem como agir em determinadas situações e financiam a organização. Esse financiamento é protocolo a partir do momento em que o país entra para a organização e é definido de acordo com a riqueza e o nível de desenvolvimento de cada um.

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