
Já se pegou falando a frase “quando eu poder” e achou que alguma coisa estava soando estranha? Bem, não foi só impressão. Trocar o “puder” pelo “poder” – ou vice-versa – é um deslize bem comum e que muita gente comete.
Mas fique tranquilo: você não está inventando palavra que não existe! As duas formas fazem parte da língua portuguesa e são mais próximas do que se pensa, já que se referem ao mesmo verbo. Aqui, é tudo uma questão de conjugação. Explicamos melhor.
Poder
Vamos do começo. O verbo “poder“, de acordo com o dicionário Michaelis, significa ter a capacidade ou a possibilidade de realizar algo. “Poder” é a forma infinitiva do verbo e, portanto, deve ser usado em frases que não requerem conjugação, como quando o sujeito é indefinido, em frases imperativas ou no caso de “construções perifrásticas”, que ocorrem quando usamos dois verbos juntos para expressar uma única ideia.
Veja alguns exemplos:
- Gostaria muito de poder fazer algo para contribuir com a causa, mas não tenho tempo.
- Imagine só ser intolerante à lactose e não poder comer queijo!
Puder
O “puder” tem tudo a ver com o “poder”. Isso porque ele é a conjugação deste verbo, mas em uma pessoa (1ª ou 3ª do singular) e tempo diferente (futuro do subjuntivo).
O futuro do subjuntivo se refere a ações que tem a possibilidade de acontecer no futuro – ou que deseja-se que aconteçam.
Portanto, quando estiver em dúvida sobre o uso de “poder” ou “puder”, vale interpretar a frase como um todo: você está falando de uma possibilidade no futuro? O sujeito da frase é “eu” ou “ele e ela”? Se a resposta for sim, você provavelmente deve usar o “puder”.
Confira exemplos:
- Se eu puder, tenha certeza que comparecerei à festa.
- Se ela puder frequentar as aulas se mostrará uma excelente aluna.
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