Se você pensou que o feminino de cavaleiro seria simplesmente cavaleira, pode não estar completamente enganado — mas a forma mais usada e reconhecida é amazona. Sim, aquela mesma palavra ligada às guerreiras da mitologia grega! Já o termo cavaleira existe, mas é considerado antigo e pouco comum.
“Nem todas as palavras seguem a regra geral de flexão de gênero, que consiste em substituir o ‘o’ final por ‘a’ (como em aluno/aluna). No caso do feminino de cavaleiro, amazona é classificada como uma heteronímia, ou seja, a formação é feita por uma palavra de radical (ou tema) completamente diferente. A razão para isso é histórica e cultural”, explica Evelin Faro, professora de Língua Portuguesa do Colégio Meta, parceiro da plataforma Amplia em Indaiatuba (SP).
De onde vêm essas palavras?
A história por trás do vocabulário é bem interessante. “Cavaleiro vem do latim ‘caballarius’, derivado de ‘caballus’ (“cavalo”), e designava originalmente aquele que montava ou cuidava de cavalos”, afirma Samuel Eugenio Pimenta, professor de Língua Portuguesa do Colégio Copérnico, também parceiro da Plataforma Amplia.
Já amazona vem da mitologia grega: um povo de mulheres guerreiras, conhecidas por sua habilidade com cavalos e coragem em batalhas. Nada mais simbólico para se tornar o feminino de cavaleiro.
Como usar na prática
Aqui vão alguns exemplos de frases:
- A amazona destemida venceu o campeonato de hipismo.
- Vestindo seu uniforme impecável, a amazona conduziu o cavalo com graça e precisão.
- Naquela competição, a amazona mais jovem impressionou a todos com sua habilidade.
- A lenda falava de uma cavaleira que defendia o reino com bravura.
- No século 18, a cavaleira ergueu a espada contra o invasor, tornando-se símbolo de coragem.
As aparições na literatura
O feminino de cavaleiro também deixou sua marca nos livros. A professora Evelin lembra de um trecho clássico de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis:
“Pois aquela menina, senhora amazona e tudo, era o que se me figurava a alma daquela casa”.
Já o professor Samuel aponta para “Romanceiro da inconfidência”, de Cecília Meireles, em que surge a palavra cavaleira:
“E aquela figura altaneira,
com ar de cavaleira antiga,
que vinha erguendo a bandeira
ao vento da tarde amiga”.
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