Qual o feminino de bicho-preguiça?
A resposta é simples, mas não está em qualquer dicionário. E agora?! O GUIA DO ESTUDANTE te conta

Você está assistindo a um documentário sobre mamíferos e, de repente, o narrador começa a falar sobre o bicho-preguiça. Você descobre que os filhotes permanecem com a mãe por vários meses até se tornarem independentes. Mas afinal, como chamar a fêmea dessa espécie? Bicha preguiça?
Para indicar o gênero de um bicho-preguiça é só dizer “bicho-preguiça fêmea” – ou, para os mais preguiçosos, simplesmente “preguiça”. O GUIA DO ESTUDANTE pediu a ajuda da professora de Português Claudia Pavanello, que dá aulas no Colégio Universitário (PR) da Inspira Rede de Educadores, e ela explicou a origem dessa regra. Confira!
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Afinal, “bicho-preguiça” tem feminino?
De acordo com o dicionário Michaelis, “bicho-preguiça” é a denominação comum dada aos mamíferos xenartros da família dos bradipodídeos e da família dos megaloniquídeos, que vivem nas florestas das Américas do Sul e Central.
O nome desses animais vem da forma lenta como se movimentam. Eles possuem pelagem densa e longa, cauda rudimentar e patas com dois ou três dedos que terminam em uma grande garra curva.
Até aí tudo bem, mas como indicar que estamos falando de um macho ou de uma fêmea?
Segundo a professora Claudia Pavanello, basta dizer “a preguiça” ou “bicho-preguiça fêmea”, já que o nome do animal é uma expressão invariável. “Acontece que a palavra bicho – que poderia provocar concordância – não consegue fazer isso”, explica, já que não existe a palavra “bicha” com este sentido.
Ela ainda indica o único dicionário que aborda o gênero desse animal e é usado por quem faz pesquisa na Língua Portuguesa: o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP). O livro recomenda utilizar apenas “preguiça” no lugar de “bicho-preguiça” caso a identificação de gênero da animal seja necessária.
Para além do bicho-preguiça
Muitas vezes a Língua Portuguesa não apresenta uma diferenciação de gênero para espécies animais. É o caso de “baleia”, “peixe-boi”, “mico-leão-dourado”, “avestruz”, “aranha”, entre outros.
Estes são substantivos epicenos, ou seja, tem apenas um gênero gramatical, independentemente do sexo do animal – diferentemente de quanto o nome muda para identificar o gênero, como em “cavalo” e “égua”, “boi” e “vaca”, entre outros.
Exemplos
- O bicho-preguiça desce das árvores apenas uma vez por semana para fazer suas necessidades.
- Com seus movimentos lentos e aparência simpática, o bicho-preguiça conquista o coração de muita gente.
- O habitat natural do bicho-preguiça está ameaçado pelo desmatamento das florestas tropicais.
- Apesar de parecer indefesa, a preguiça tem garras fortes que ajudam a proteger seus filhotes.
- Durante a visita ao zoológico, as crianças ficaram fascinadas ao ver um bicho-preguiça fêmea abraçada por um filhote.
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