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HQs abordam vida e história indígenas

Duas histórias em quadrinhos que abordam este tema são uma ótima maneira de ter uma ideia da dimensão dos choques de cultura!

Por Ana Prado
Atualizado em 3 out 2019, 16h58 - Publicado em 20 abr 2016, 19h16

Quando o território do Brasil foi descoberto e ocupado por europeus, havia aqui um processo de deslocamento e disputa territorial entre povos indígenas, como os tupiniquins e tupinambás.

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Imagem: Reprodução – Hans Staden

Sem conhecer o território, os caminhos nas matas e mesmo quais alimentos comer, os europeus tinham de obter auxílio de algum grupo indígena, ao mesmo tempo que impunham sua presença no território. Nesse contato de diferentes culturas, o choque e os confitos foram a tônica. Os hábitos cotidianos e costumes dos índios – morais, familiares, sexuais, alimentares – surpreendem e até chocam os europeus, como no caso do canibalismo.

Duas histórias em quadrinhos que abordam este tema são uma ótima maneira de ter uma ideia da dimensão dos choques. Hans Staden – Um Aventureiro no Novo Mundo é uma adaptação para quadrinhos de Duas Viagens ao Brasil. Trata-se do livro escrito por Hans Staden, viajante e mercenário alemão que naufragou no litoral paulista em 1550, e publicou sua aventura em 1557, na Alemanha. Nomeado comandante do forte português de Bertioga (SP), em 1553, Staden foi aprisionado por uma tribo tupinambá (aliada aos franceses), mantido refém durante quase um ano, período no qual sucessivos acontecimentos evitaram que ele fosse morto, assado e comido. Seu relato detalha costumes indígenas, principalmente o ritual de canibalismo. A HQ é impressa em preto e branco sobre papel creme, com traços de grande identidade visual.

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Outra HQ, Os Brasileiros, traz histórias de fcção em cores e em preto e branco, feitas pelo historiador, antropólogo e quadrinista paulistano André Toral. São sete histórias que se estendem do início da colonização até os dias atuais. As narrativas mostram as relações entre os índios e não índios. Suas histórias ilustram como a condição de ser “brasileiro” mudou ao longo da história. No início da colonização, não se podia falar de Brasil (só de América Portuguesa), nem de brasileiro como uma identidade coletiva.

As histórias de Toral retratam o tremendo confito cultural aberto com a chegada dos portugueses, mostram a presença indígena como parte integrante da formação populacional e cultural do país e chegam a problemas da atualidade entre os índios. O autor desenha quadros com perspectivas cinematográfcas – como planos gerais, closes e recortes – que tornam a leitura agradável e dinâmica.

Imagem: Reprodução - Hans Staden

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Hans Staden – Um Aventureiro no Novo Mundo
Autor: Jô Oliveira
Editora: Conrad Editora, 80 páginas, 2005, 35 reais

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Os Brasileiros
Autor: André Toral
Editora: Conrad Editora, 88 páginas, 2009, 44 reais

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