*Texto Renata Costa

Os cursos da área de Saúde e Bem-estar da Universidade de São Paulo, primeira colocada na área, entre as universidades públicas, contam com uma ampla estrutura de serviços de saúde nos quais os alunos da graduação têm a oportunidade de aprender na prática. A Faculdade de Medicina, que oferece os cursos de Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, tem suas aulas práticas realizadas no Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior complexo hospitalar da América Latina. Além dele, há mais oito institutos especializados, como o Instituto do Coração (InCor), o Instituto da Criança (ICr) e o Instituto de Psiquiatria (IPq), dois hospitais auxiliares (Cotoxó e Suzano) e uma unidade de cuidados ambulatoriais para pacientes com HIV/Aids. A faculdade se encontra ao lado desse grande complexo hospitalar, facilitando o deslocamento dos alunos.

O curso de Enfermagem, que também fica no complexo da saúde – juntamente com as faculdades de Medicina e de Saúde Pública – passou por uma mudança de currículo em 2010, dando um foco maior para o ser humano e não só para a doença. O bacharelado e a licenciatura foram repensados e hoje são estruturados em três ciclos: necessidades do paciente, cuidados e prática profissional. No primeiro ciclo, os alunos vão para as unidades básicas de saúde e cursam disciplinas teóricas e práticas para conhecer melhor o território de atuação, as moradias e necessidades dos pacientes do sistema público de saúde, e ainda conhecem as estruturas públicas de atendimento à saúde. No segundo ciclo, a partir do terceiro semestre, os alunos começam a ter acesso aos pacientes em UBS e a realizar os primeiros atendimentos. A partir do quarto semestre, começam os atendimentos especializados, como saúde mental, saúde da mulher, pediatria, entre outros. No quinto semestre, os estudantes podem optar pelo bacharelado ou bacharelado e licenciatura e cursar até o nono semestre para sair com ambos os diplomas. E, os últimos semestres são os de prática profissional, em que os estudantes ficam alocados nos serviços de saúde estagiando. “Além de oferecer essa sólida formação, estamos também preocupados com o aluno. Cada docente faz a tutoria de um grupo de alunos para acompanha-los também em suas necessidades e cuidados. Se não cuidamos das fragilidades dos alunos fica difícil eles despertarem para o sofrimento dos pacientes”, diz Vilanice Alves de Araújo Püschel, professora do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica.

Já o curso da Faculdade de Odontologia fica em um prédio dentro da Cidade Universitária, estrategicamente ao lado do Hospital Universitário, onde os alunos realizam estágios e algumas disciplinas. “Temos investido cada vez mais nas disciplinas de Odontologia Hospitalar, um mercado em crescimento. No Hospital Universitário, os graduandos realizam as atividades no campo cirúrgico, de tratamento de traumas e deformidades”, explica Waldyr Antônio Jorge, diretor da Faculdade de Odontologia e diretor superintendente do Hospital Universitário. Na Odonto, além do atendimento hospitalar, os alunos contam com clínica própria onde são realizados mais de 25 mil atendimentos anualmente.

O curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, no campus Leste da USP, ainda o único oferecido no Brasil, conta com parceria com casas de parto, centros de parto normal em hospitais e unidades básicas de saúde onde, a partir do terceiro semestre, os alunos iniciam os estágios.

Além da parte prática do ensino, a produção científica resultante de pesquisa também é bastante significativa, graças à totalidade de professores doutores dedicados a ensino, pesquisa e extensão. Os pesquisadores da Faculdade de Medicina – professores, alunos de pós-graduação e de iniciação científica – são responsáveis por 14% de toda a produção científica brasileira em Ciências Médicas (artigos e livros), o que representa um total de 4% de toda a produção científica brasileira. Na Medicina, são 200 núcleos de pesquisa e 62 laboratórios de investigação médica. Na Odontologia, são 30 laboratórios, entre eles um dedicado a pesquisa com células-tronco e outro ao desenvolvimento de novos materiais a serem usados pelos profissionais da área.

Na Escola de Educação Física e Esporte, a pesquisa também tem destaque. Cerca de 75% dos professores dão aula na graduação e na pós, o que mantém os cursos sempre atualizados em relação às pesquisas sendo feitas. Além disso, os alunos contam com toda a estrutura do Centro de Práticas Esportivas da USP (CEPEUSP), com piscina, quadras, campos de futebol, pista de atletismo, velódromo, bem como a raia olímpica para prática e ensino de remo e canoagem.

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