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Enem não terá mais “treineiros” e certificação do ensino médio

Candidatos que usarem o benefício da isenção de taxa por três vezes perderão o direito na quarta vez

Por redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h35 - Publicado em 25 nov 2016, 10h18

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá mudanças significativas. O exame não servirá mais para tirar certificação do ensino médio, não aceitará “treineiros” (estudantes que fazem a prova para conhecer antes de prestar “para valer”) e, também, oferecerá o benefício da isenção de taxa somente por três vezes para um mesmo candidato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Brasil.

As decisões vêm sendo tomadas pelo Ministério da Educação (MEC) com a finalidade de baratear os custos da prova, que chegaram a R$ 650 milhões este ano. O anúncio oficial do novo Enem será feito após a segunda aplicação do exame, que será nos dias 3 e 4 de dezembro.

A prova passará a servir apenas como método de acesso ao ensino superior. Para tirar a certificação do ensino médio, o MEC reativará o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que havia sido substituído pelo Enem há três anos. Das 990 mil pessoas inscritas para esta finalidade no Enem 2016, apenas 7% conseguiu atingir os níveis mínimos para aprovação.

Além disso, o Enem não terá mais a possibilidade de prestar como “treineiro” – normalmente estudantes do 1º ou 2º anos do ensino médio que desejem testar seus conhecimentos e o formato da prova antes de prestar “para valer”. Foram 1 milhão de inscritos nesta categoria no último exame, todos incluídos nos gastos. A secretária executiva do Inep, Maria Helena Guimarães de Castro, afirmou que serão aplicados simulados específicos para os treineiros com base no modelo do Enem.

Outra medida que as alterações buscam atingir é a redução da taxa de abstenção do exame, que este ano atingiu 30% – número mais alto dos últimos anos.

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Reforma do ensino médio

De acordo com a reforma do ensino médio, parte da carga horária será voltada a um aprendizado comum, definido pela Base Nacional Comum Curricular, que ainda está em discussão; e, na outra parte, o estudante poderá escolher entre cinco direcionamentos: linguagens; matemática; ciências da natureza; ciências humanas; e formação técnica e profissional.

A intenção é adequar o Enem a esse modelo. Uma das possibilidades, cogitada por especialistas, é que haja modelos diferentes de Enem, mais direcionados para o que os estudantes aprenderam na etapa de ensino.

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