Assine Guia do Estudante ENEM por 15,90/mês
Estudo

VOLTAIRE

A defesa do livre pensamento foi o pilar da filosofia de Voltaire

por Guia do Estudante Atualizado em 18 ago 2017, 16h10 - Publicado em
16 ago 2017
12h39

» VOLTAR PARA A HOME DO ESPECIAL FILOSOFIA

Períodos Históricos  •  Correntes Filosóficas  •  Principais Autores  •  Filosofia e Atualidades  •  Glossário

Voltaire

ORIGEM

Paris (1694-1778)

CORRENTE FILOSÓFICA

Iluminismo/ Liberalismo Político

Continua após a publicidade

PRINCIPAIS OBRAS

Tratado sobre a Tolerância; Cândido ou O Otimismo; A Princesa da Babilônia; Cartas Filosóficas

FRASE-SÍNTESE

Continua após a publicidade

“Devemos cultivar nosso jardim.”


BIOGRAFIA

Voltaire é o pseudônimo de François-Marie Arouet, que nasceu em 21 de novembro de 1694, em Paris. O contato prematuro com o ambiente libertino da intelectualidade parisiense, como o círculo formado pela Société du Temple, foi fundamental para a sua formação – aos 21 anos, já tinha a reputação como a inteligência mais arguta de Paris. Influenciado pelo grupo, escreveu em 1717 a sátira em versos sobre o trabalho do francês Philippe d’Orléans. Considerada ofensiva, a obra leva-o à prisão por um ano na Bastilha. Em 1723 voltou a ser preso por ofensas ao príncipe Rohan-Chabot. Espancado e preso na Bastilha, Voltaire aprendeu a buscar a proteção dos ricos e poderosos, vivendo em diversas cortes.

Continua após a publicidade

Exilou-se na Inglaterra, onde conheceu as ideias iluministas. No retorno a Paris, publicou Cartas Filosóficas, ou Cartas Inglesas (1734), em que compara a tolerância religiosa e a liberdade de expressão na Inglaterra com o atraso do clero e da sociedade franceses. Em 1788, aos 84 anos, três meses antes de sua morte, Voltaire teve um busto seu inaugurado em homenagem à sexagésima representação da peça Irene.

“O que é fé? É acreditar naquilo que é evidente? Não. É perfeitamente evidente na minha mente a existência necessária, eterna e suprema de uma inteligência criadora. Isso não é uma questão de fé, mas de razão.”

A FILOSOFIA DE VOLTAIRE

Retrato de Voltaire
Retrato de Voltaire (Reprodução/Reprodução)

Voltaire foi um grande entusiasta da filosofia do século XVII, apaixonado pela razão e admirador de filósofos como Descartes, Newton e, sobretudo, Locke, que Voltaire acreditava ser o “Aristóteles moderno”. Ao contrário de Montesquieu, Voltaire nunca deixou uma obra sistemática como o Espírito das Leis, mas foi um homem de ação, grande agitador e propagandista do espírito das luzes e crítico ferrenho de sua época, publicando inúmeros poemas e romances. Ele sempre encarou o mundo e o homem com um humor inteligente, divertido e engajado.

A defesa do livre pensamento foi o pilar da filosofia de Voltaire. Ela pode ser sintetizada em uma frase que lhe é comumente atribuída: “Não concordo com uma palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la”. Apesar de não haver certeza de que a frase seja mesmo de Voltaire, ela expressa bem seu pensamento.

Continua após a publicidade

A Igreja Católica e a monarquia francesa foram seus dois alvos prediletos. Voltaire não era ateu e reconhecia Deus como princípio explicativo do universo: “Se Deus não existisse seria necessário inventá-lo”. Também acreditava que Deus é uma verdade rigorosamente demonstrável: “Eu existo, logo algo necessário e eterno existe”. Mas o pensador parisiense atacava a superstição, a crença nos milagres e a repressão da Igreja. A figura do clérigo era sempre satirizada por Voltaire: “Acreditem em Deus, mas não acreditem nos padres”. Muitas de suas correspondências terminavam com expressões dirigidas contra a Igreja Católica, como nas Cartas Inglesas, na qual se refere a ela com sua máxima: “Esmagai a Infame!”.

Essencialmente burguês e um reformista moderado, Voltaire era admirador da Constituição Inglesa, defendendo a ideia de que os reis deveriam ser também filósofos, simpático ao que posteriormente se chamou de “despotismo esclarecido”, isto é, que os reis adotassem preceitos iluministas. As prisões arbitrárias, a tortura, a pena de morte e os altos impostos eram sempre atacados pelo parisiense.

Voltaire hoje

Voltaire tem como um dos pilares de sua obra a defesa da liberdade de expressão, que só se realiza, perceba, quando há também a defesa das liberdades do outro. Quando, atualmente, são proferidos discursos de ódio, há uma evidente distorção da noção iluminista da liberdade de pensamento: quando o discurso defende a supressão dos direitos do outro, não se trata de liberdade de expressão, mas de um discurso de ódio.

Publicidade

VEJA OUTROS FILÓSOFOS DO ILUMINISMO

Busca de Cursos

Tags Relacionadas
VOLTAIRE
Estudo
VOLTAIRE
A defesa do livre pensamento foi o pilar da filosofia de Voltaire

Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se você já é assinante faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR
OFERTA

Plano Anual
Plano Anual

Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

a partir de R$ 15,90/mês

Plano Mensal
Plano Mensal

R$ 19,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.