Quando se deseja estudar algum período, além de livros de não-ficção e de documentários, uma ótima estratégia é buscar por obras que usem narrativas fictícias para explicar como funcionavam os hábitos, costumes e o contexto como um todo.
Com uma leitura mais rápida, dinâmica e lúdica, as histórias em quadrinhos permitem a imersão em um universo de uma forma diferente. Pensando nisso, separamos algumas HQs que misturam realidade e ficção sobre o Brasil em diferentes períodos. Confira abaixo:
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Angola Janga
Depois de 11 anos de uma pesquisa feita pelo ilustrador, professor e mestre em História da Arte Marcelo D’Salete, nasceu a HQ Angola Janga – Uma História de Palmares. O título da obra vem da língua kimbundu, um dos idiomas oficiais de Angola, e significa “pequena Angola”. Esse foi o nome dado a Palmares pelos próprios moradores do quilombo.
O foco da narrativa não se limita aos feitos da principal liderança da resistência, Zumbi, cuja morte em 20 de novembro de 1695 inspirou a criação do Dia da Consciência Negra. O autor estudou documentos, textos e imagens que, juntos, formaram um expressivo panorama da resistência negra no período colonial. Em uma mistura entre realidade e ficção, a obra trata de fatos históricos sem exagerar no didatismo. Clique aqui para comprar.
Os Brasileiros
Nesta HQ, as narrativas são fictícias, mas baseadas em um contexto real. Após a chegada dos portugueses, o Brasil foi considerado na Europa uma terra de oportunidades. Nesse contexto, os indígenas passaram a ser considerados um mero obstáculo para a colonização ou ainda uma mão-de-obra gratuita e abundante, à disposição dos europeus.
O foco da HQ está nessa relação entre indígenas e europeus. São sete histórias que apresentam contatos desde o século 16 até os dias de hoje. Você encontra Os Brasileiros, de André Toral, na Amazon. Clique aqui para comprar.
Castanha do Pará
Castanha, um jovem que vive na periferia de Belém (PA), cresceu em uma família na qual a violência se fez presente. Seu padrasto não poupava agressões físicas e verbais ao menino e à sua mãe. Após uma das discussões familiares, Castanha desaparece. Uma vizinha chama a polícia e, enquanto dá seu relato a um guarda, assume o papel de narradora da história.
A HQ traz diversas referências culturais, desde figuras do futebol, como Pelé, até personagens como Jaspion, herói japonês que fez sucesso na década de 1980. Em uma linguagem repleta de gírias e expressões típicas do Norte, os diálogos são fortemente marcados pela oralidade.
O trabalho do artista Gidalti Jr. foi o primeiro vencedor na categoria História em Quadrinhos, que estreou em 2017, na 59ª edição do Prêmio Jabuti, um dos prêmios literários mais importantes do Brasil. Clique aqui para comprar.
Chibata! João Cândido e a Revolta que Abalou o Brasil
A Revolta da Chibata (1910) foi uma revolta militar em que soldados da Marinha realizaram um motim para reivindicar melhores condições de trabalho. Publicado em 2008, a HQ apresenta tanto aspectos do período da República Velha, com diversas referências e explicações sobre o movimento, quanto a história de João Cândido, líder da revolta. Clique aqui para comprar.