5 erros que você não pode cometer ao se preparar para o vestibular
Muitas vezes, você pode achar que está arrasando nos estudos quando, na verdade, está apenas desperdiçando seu tempo
Estudar 10 horas por dia o ano inteiro é sinônimo de aprovação? E passar noites em claro fazendo exercícios? Será que se afastar dos seus amigos no ano de vestibular garante seu nome na lista? A resposta para tudo isso é: não necessariamente.
É fácil encontrar mil e uma dicas sobre o que fazer para ser aprovado, a questão é que poucas delas explicam quais fatores podem te afastar da tão sonhada vaga. Às vezes, você pode estar se dedicando intensamente aos estudos, mas de uma maneira desgastante que não tem efeitos práticos e muito menos produtivos.
Que tal rever alguns pontos e analisar o que você pode estar fazendo de errado? Conversamos com J.P. Ferreira, diretor pedagógico da Oficina do Estudante, e João Pitoscio Filho, coordenador do Grupo Etapa, e eles deram algumas dicas. Confira:
Fazer redações sem avaliá-las depois
Quanto mais se escreve, melhor se escreve. Por isso, a recomendação é fazer, no mínimo, uma redação por semana ao longo do ano. Segundo J.P., isso melhora as argumentações que você consegue fazer com o repertório que tem. Mas apenas cumprir essa meta não é o suficiente.
“Essa redação precisa ser corrigida e devolvida para que o estudante avalie os erros que cometeu para não cometê-los novamente”, diz João. Além disso, tente fazer a mesma proposta considerando pontos que foram levantados na correção.
Focar apenas em atingir a nota de corte
Se um estudante vai fazer apenas o Enem, treinar apenas testes é uma boa estratégia. Mas um vestibulando que almeja passar em outros vestibulares, que têm segunda fase, deve mesclar os estudos com questões dissertativas.
“O estudante sempre deve pensar que atingir a nota de corte é só um primeiro passo. Para entrar mesmo na faculdade é preciso superar a segunda fase – que são de provas dissertativas”, dia J.P. O coordenador faz um alerta: nada de resolver as dissertativas apenas mentalmente. “Há uma certa preguiça em pegar a caneta e criar palavras-chave para contextualizar aquela questão. Quando eu falo praticar significa sentar e escrever, escrever, escrever”, afirma.
João também ressalta que as questões escritas têm um grau de dificuldade um pouco mais elevado, então resolvê-las faz com que o estudante se aprofunde um pouco mais no assunto, o que o ajuda na hora de resolver um teste sobre o mesmo tema.
Deixar o que gosta de fazer de lado
Para J.P. o estudante não deve focar a vida inteira dele somente no vestibular. É preciso ter uma vida social, um hobby e uma forma de se distrair. Segundo João, o estudante não vai conseguir aproveitar o ano de preparação sem estudo e lazer. “Um cérebro que não descansa e não é feliz não aprende”, completa.
Focar nas matérias específicas desde o começo do ano
As matérias específicas estão concentradas na segunda fase e para realizá-la é obrigatório passar na primeira. “O que mais importa é o equilíbrio. Mas isso não significa estudar todas as matérias do mesmo modo, dividindo o tempo igualmente. É preciso que sua rotina seja bem feita”, diz J.P. Vale lembrar que seus concorrentes diretos serão também muito bons nas suas matérias específicas. E o seu diferencial estará nas outras disciplinas, lembra o coordenador.
“Nessa matéria eu sou bom, então não preciso mais estudá-la”
“Ninguém está totalmente pronto. É preciso refinar o seu aprendizado naquelas matérias em que você tem mais controle, para não perder pontos garantidos”, diz J.P. Ele explica que você não pode errar questões básicas das matérias que domina e que as complexas irão te diferenciar dos concorrentes.
“Se ele perder o contato com essas matérias, deixando-as totalmente de lado, para estudar só aquilo que ele não sabe, vai ficar mediano em todas. O ideal é sempre dividir o tempo de modo a estudar todas as matérias ao longo do ano”, diz João.