5 fatos que você precisa saber antes de ir estudar no Canadá
O país está há mais de 12 anos na 1ª posição do ranking dos destinos favoritos dos brasileiros para os estudos no exterior
![bandeira do canadá e passaporte](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2019/04/5-fatos-que-vocc3aa-precisa-saber-antes-de-ir-estudar-no-canadc3a1.png?w=1280&h=720&crop=1)
Quem pensa em estudar no exterior precisa, antes de tudo, fazer uma pesquisa extensa sobre os países onde poderá vir a morar. Para ajudar você nessa tarefa, o Guia do Estudante traz esta série de conteúdos em parceria com a Cambridge Assessment English, departamento sem fins lucrativos da Universidade de Cambridge especializado em certificações e avaliação da língua inglesa. O país da vez é o Canadá.
As baixas temperaturas, os campeonatos de hockey, as folhas secas do outono e as incríveis paisagens e montanhas do Canadá são alguns dos atrativos que levam os brasileiros a considerá-lo como opção para a extensão dos estudos após o Ensino Médio. Mas, uma série de outros fatores como a qualidade de vida, o incentivo à imigração e o câmbio mais favorável contribuem para manter o país há mais de 12 anos na primeira posição do ranking dos destinos favoritos dos brasileiros para os estudos no exterior da Associação das Agências de Intercâmbio (Belta), atualizado em 2018.
De portas abertas para o mundo, sua essência é multicultural. Isso vem da sua história, que resulta de tradições indígenas, britânicas e francesas, e se tornou ainda mais forte com a postura de abertura para a imigração. Em Toronto, por exemplo, metade dos residentes são originários de outras nacionalidades. Entre as nações que mais se instalam por lá estão os ingleses, os franceses, os irlandeses, os italianos, os portugueses e os alemães.
A principal porta de entrada para que isso seja uma realidade é a obtenção de um diploma expedido por uma instituição de ensino canadense.
Se esse também é o seu desejo, veja abaixo algumas particularidades que podem ser úteis no processo de decisão:
Receptividade e qualidade
Os números não mentem! Em 2017, o Canadá recebeu 494.525 alunos internacionais para todos os níveis de educação, segundo dados do departamento local de imigração, refugiados e cidadania. Esse total é 119% maior quando levamos em consideração o acumulado em um período de sete anos a partir de 2010, enquanto quando comparado apenas com 2016 o crescimento é de 20%. China e índia, respectivamente, estão no topo dos alunos imigrantes, com 28% e 25%. O Brasil representa 2% do total, mas isso é o suficiente para colocá-lo na lista dos seis países que tiveram um crescimento mais rápido em relação à origem dos estudantes.
A mesma pesquisa aponta que cerca de 51% dos alunos estrangeiros que se encontram no país dizem que pretendem solicitar um visto de residência permanente após finalizar os estudos. E de acordo com dados oficiais, entre 2006 e 2016, 18.697 brasileiros se mudaram definitivamente para lá.
Dentre as três razões que fazem com que as pessoas escolham o Canadá para estudar está a qualidade do seu sistema de ensino. O fato é comprovado ainda pela classificação de quatro instituições entre as 100 melhores do mundo de acordo com o Times Higher Education (Universidade de Toronto, University of British Columbia, McGill University e McMaster University).
College x University
No cenário educacional brasileiro pouco se fala sobre a diferença entre uma faculdade ou uma universidade. Entretanto, essa é uma questão bastante desenvolvida para as instituições internacionais. De forma geral, a university é bastante comum ao que conhecemos por aqui como universidade. Elas oferecem uma vasta opção de cursos de ensino superior e tem uma abordagem direcionada para a pesquisa e o desenvolvimento. Já os colleges são o nosso equivalente à faculdade ou cursos técnicos. Ou seja, instituições menores, que podem ou não fazer parte de uma universidade, e que oferecem cursos específicos de graduação mais voltados às ciências aplicadas, com foco na prática do que o mercado de trabalho espera de um profissional.
Especificamente no Canadá as universidades dão mais enfoque para quem busca a carreira acadêmica e, por consequência, é menos aberta para a comunidade internacional. Então, o college pode ser uma melhor via de acesso para os estudos, seja para um curso de graduação ou de pós-graduação, já que é bastante valorizado pelos empregadores e representa um diferencial se o plano é ainda trabalhar no país.
Processo seletivo analítico
Esqueça o vestibular ou o Enem! No Canadá, a admissão conduzida pelas instituições leva em conta não apenas o último ano dos estudos, mas sim o histórico total dos quatro últimos anos investidos na educação. Isso significa que se leva em consideração um mix entre as disciplinas cursadas e as notas obtidas. Então, veja: se sua pretensão é entrar para algo relacionado com física, suas chances aumentam exponencialmente se seu desempenho tiver sido satisfatório desde meados do 9º ano do Fundamental.
A outra notícia é que o inglês é fundamental. Ele é o idioma principal da população, que também domina o francês em função da colonização. Seja para a universidade ou para o college, dominá-lo significa uma maior segurança de que o indivíduo terá as habilidades necessárias para conseguir uma boa performance em relação às aulas, às atividades e à interação com professores e colegas. E isso é testado ainda na fase de seleção.
Primeiro, você precisa ser aceito pela instituição específica para a qual se inscreveu. E, em um segundo momento, deverá comprovar o domínio da língua por meio dos seus requisitos em particular. De forma geral, a ferramenta utilizada são as certificações internacionais de proficiência, que são emitidas por organizações isentas e que estão alinhadas ao Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR). O nível C1 é um dos mais solicitados para passar por essa fase. Nomes como as que figuram no Times Higher Education entre as 100 melhores (Universidade de Toronto, University of British Columbia, McGill University e McMaster University), além da Douglas College, por exemplo, são algumas das que levam esse parâmetro em consideração e, por isso, aceitam o exame Advanced, de Cambridge Assessment English, para admissão nos seus cursos.
Possibilidade de trabalhar enquanto estuda
Uma particularidade do Canadá sobre o mercado de trabalho é que as leis trabalhistas são iguais para nativos ou estrangeiros (o que não necessariamente significa que o valor do salário é o mesmo). No cenário macro, isso significa que alunos de Ensino Médio ou de cursos de idiomas não estão autorizados a atuar profissionalmente no país. Já quem cursa a faculdade ou a universidade está permitido a trabalhar por 20 horas semanais ou 40 horas semanais em caso de estágio.
Mas, não pense que é só chegar e trabalhar. Há uma série de outras regras que podem impactar a sua situação legal. Por isso, é essencial antes de começar o processo de imigração entender as particularidades de cada modalidade de visto e como eles melhor atendem aos objetivos de cada um. Ainda sobre o visto, para consegui-lo, o aluno estrangeiro precisará provar por meio de demonstrativos bancários que tem condições financeiras para se manter durante todo o período de estudos.
![istock-642333350](https://network.grupoabril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2018/07/istock-642333350.jpg?quality=100&strip=info&w=650)
Nem só as grandes metrópoles são boas
Não há como errar. Qualquer cidade canadense está pronta para receber bem os estrangeiros. Entretanto, o custo de cada uma e suas características podem ser mais atrativas do que outras para cada perfil de viajante. Se a ideia é durante o período longe aproveitar não apenas o conhecimento da sala de aula, mas também tudo o que a cultura local tem a oferecer, Toronto e Vancouver são as melhores opções. Em contrapartida, também são as mais caras para a experiência.
Como alternativa a aqueles que não abrem mão desses destinos, a região metropolitana que as cercam são mais em conta e é possível fazer o deslocamento até o centro facilmente via a malha de transporte público que é de ótima qualidade.
Outra opção pode ser Montreal, localizada na província de Québec. Por lá, em todas as esquinas é possível encontrar a influência internacional que se mistura às construções históricas. E essa também é uma chance de aprender o francês, que é amplamente falado pela população. Já a cosmopolita Ottawa é bastante ativa quando o assunto é lazer com seus inúmeros museus e festivais.
Para quem busca a neve e o gelo, Whistler é um bom reduto durante a temporada de esqui, enquanto na baixa temporada tem uma população de menos de 10 mil habitantes, o que representa uma boa chance de interação com os locais. Por outro lado, Calgary, sede das Olimpíadas de Inverno de 1998, oferece o mesmo tipo de atrativo, mas com um espírito faroeste!
Por fim, Victoria e Halifax podem ser escolhas certeiras para os amantes do oceano.
![Para quem tem vontade de fazer um intercâmbio acadêmico em inglês ou até mesmo um curso intensivo no exterior para se aperfeiçoar na língua, é natural pensar em ir para países anglófonos, como os Estados Unidos, Canadá e Austrália. No entanto, muitos outros países ao redor do mundo oferecem oportunidades para quem deseja estudar em inglês - mesmo se essa não for a língua oficial deles. Saiba mais a seguir. (Imagem: iStock) Para quem tem vontade de fazer um intercâmbio acadêmico em inglês ou até mesmo um curso intensivo no exterior para se aperfeiçoar na língua, é natural pensar em ir para países anglófonos, como os Estados Unidos, Canadá e Austrália. No entanto, muitos outros países ao redor do mundo oferecem oportunidades para quem deseja estudar em inglês - mesmo se essa não for a língua oficial deles. Saiba mais a seguir. (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles11.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Alemanha</strong>. Mais de dois terços da população alemã fala inglês, e o país oferece diversos programas para quem quer estudar em inglês. Além de as universidades da Alemanha terem uma ótima reputação, o país é um dos poucos que oferecem educação gratuita para estudantes internacionais. Apesar de a maioria dos programas em inglês ser direcionada para o nível de pós-graduação, existem também alguns cursos para quem ainda está na faculdade. (Imagem: iStock) <strong>Alemanha</strong>. Mais de dois terços da população alemã fala inglês, e o país oferece diversos programas para quem quer estudar em inglês. Além de as universidades da Alemanha terem uma ótima reputação, o país é um dos poucos que oferecem educação gratuita para estudantes internacionais. Apesar de a maioria dos programas em inglês ser direcionada para o nível de pós-graduação, existem também alguns cursos para quem ainda está na faculdade. (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles21.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Holanda. </strong>Segundo o próprio governo holandês, são oferecidos no país mais de 2100 programas em inglês, desde bacharelados até mestrados. Além disso, a comunicação com a população local não tem por que ser difícil para quem não fala holandês, já que 90% dos residentes no país falam inglês. A agência governamental Study in Holland possui, inclusive, um site para que os estudantes encontrem possam encontrar o curso ideal em inglês: https://www.studyinholland.nl/ (Imagem: iStock) <strong>Holanda. </strong>Segundo o próprio governo holandês, são oferecidos no país mais de 2100 programas em inglês, desde bacharelados até mestrados. Além disso, a comunicação com a população local não tem por que ser difícil para quem não fala holandês, já que 90% dos residentes no país falam inglês. A agência governamental Study in Holland possui, inclusive, um site para que os estudantes encontrem possam encontrar o curso ideal em inglês: https://www.studyinholland.nl/ (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles31.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Dinamarca. </strong>O país possui mais de 600 programas internacionalmente reconhecidos ensinados em inglês. Além disso, mais de 80% dos dinamarqueses falam inglês. (Imagem: iStock) <strong>Dinamarca. </strong>O país possui mais de 600 programas internacionalmente reconhecidos ensinados em inglês. Além disso, mais de 80% dos dinamarqueses falam inglês. (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles41.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Suécia. </strong>Mais um país em que grande parte da população é capaz de se comunicar em inglês. Mais de 900 programas em inglês são oferecidos pelas universidades suecas. (Imagem: iStock) <strong>Suécia. </strong>Mais um país em que grande parte da população é capaz de se comunicar em inglês. Mais de 900 programas em inglês são oferecidos pelas universidades suecas. (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles51.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Finlândia</strong>. As instituições finlandesas oferecem mais de 500 cursos em inglês gratuitamente para estudantes estrangeiros, sendo a maioria deles em universidades politécnicas e de ciências aplicadas. Há também um site para consultar todas as ofertas: https://www.studyinfinland.fi/ (Imagem: iStock) <strong>Finlândia</strong>. As instituições finlandesas oferecem mais de 500 cursos em inglês gratuitamente para estudantes estrangeiros, sendo a maioria deles em universidades politécnicas e de ciências aplicadas. Há também um site para consultar todas as ofertas: https://www.studyinfinland.fi/ (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles61.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Índia. </strong>Tanto em termos culturais quanto linguísticos, há uma grande diversidade na Índia: mais de 20 línguas são consideradas oficiais no país. Nas universidades indianas, no entanto, o inglês é amplamente utilizado, especialmente nos cursos de pós-graduação. Existem também cursos de inglês para falantes não-nativos que desejem se aperfeiçoar na língua. (Imagem: iStock) <strong>Índia. </strong>Tanto em termos culturais quanto linguísticos, há uma grande diversidade na Índia: mais de 20 línguas são consideradas oficiais no país. Nas universidades indianas, no entanto, o inglês é amplamente utilizado, especialmente nos cursos de pós-graduação. Existem também cursos de inglês para falantes não-nativos que desejem se aperfeiçoar na língua. (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles71.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Egito. </strong>Apesar de a língua oficial do Egito ser o árabe, o inglês é extremamente utilizado em locais e cidades turísticas - prova disso é que muitas placas nas ruas estão tanto em árabe quanto em inglês. Além disso, instituições como a British University in Egipt e a American University in Cairo utilizam o inglês em suas aulas. (Imagem: iStock) <strong>Egito. </strong>Apesar de a língua oficial do Egito ser o árabe, o inglês é extremamente utilizado em locais e cidades turísticas - prova disso é que muitas placas nas ruas estão tanto em árabe quanto em inglês. Além disso, instituições como a British University in Egipt e a American University in Cairo utilizam o inglês em suas aulas. (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles81.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Hong Kong. </strong>Um dos centros financeiros mais importantes do mundo, Hong Kong mistura as culturas ocidental e oriental e tem o inglês extremamente presente no cotidiano de seus habitantes. No ensino superior, isso não é diferente: quase todas as universidades oferecem cursos em inglês. (Imagem: iStock) <strong>Hong Kong. </strong>Um dos centros financeiros mais importantes do mundo, Hong Kong mistura as culturas ocidental e oriental e tem o inglês extremamente presente no cotidiano de seus habitantes. No ensino superior, isso não é diferente: quase todas as universidades oferecem cursos em inglês. (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles91.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Malásia. </strong>A Malásia vem se tornando cada vez mais uma opção popular entre os estudantes internacionais. Como reflexo disso, o país fez uma série de investimentos no setor da educação superior, inclusive permitindo a instalação de campus internacionais operados pela University of Nottingham, da Inglaterra, e pela Monash University, da Austrália. O inglês é amplamente utilizado em instituições particulares e também em algumas universidades públicas. Além disso, muitas instituições oferecem cursos de proficiência em inglês para quem deseja se aperfeiçoar no idioma. (Imagem: iStock) <strong>Malásia. </strong>A Malásia vem se tornando cada vez mais uma opção popular entre os estudantes internacionais. Como reflexo disso, o país fez uma série de investimentos no setor da educação superior, inclusive permitindo a instalação de campus internacionais operados pela University of Nottingham, da Inglaterra, e pela Monash University, da Austrália. O inglês é amplamente utilizado em instituições particulares e também em algumas universidades públicas. Além disso, muitas instituições oferecem cursos de proficiência em inglês para quem deseja se aperfeiçoar no idioma. (Imagem: iStock)](https://guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles101.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)