Antoni Gaudí e a comunidade autônoma da Catalunha
Durante a juventude, o arquiteto aderiu ao Movimento Nacionalista da Catalunha
Em 10 de junho de 1926, dávamos adeus a Antoni Gaudí, um dos arquitetos mais geniais do planeta. Ele nasceu na Catalunha, uma comunidade autônoma da Espanha, em 1852. A maioria de suas obras está espalhada pela cidade de Barcelona, capital da Catalunha e a segunda maior cidade espanhola.
Ele fez parte do movimento modernista europeu, e usou influências góticas em seu trabalho. Sua obra-prima é a Sagrada Família, catedral que começou a ser construída em 1882 e até hoje permanece inacabada. A construção foi suspensa em 1936 devido à Guerra Civil Espanhola e estima-se que só vá acabar por volta de 2026, quando será comemorado o centenário de morte do arquiteto.
Mas, antes de se aproximar da Igreja Católica, durante a juventude Gaudí bateu de frente com os mais conservadores. Aderiu ao Movimento Nacionalista da Catalunha, que defende que a Catalunha é uma nação oprimida pela Espanha desde sua ocupação pelas tropas da dinastia dos Bourbon em 1714. A identidade catalã é bem forte e o sentimento de nação cresce a cada geração na região.
Em 2006, 74% dos eleitores catalães endossaram em referendo o novo Estatuto de Autonomia, aprovado pelo Parlamento local. O texto declara a região como uma “nação”. Isso foi um grande passo, mas os nacionalistas ainda querem que a Catalunha seja declarada um Estado. Em dezembro de 2013 foi marcado um novo referendo para decidir sobre isso. Ele está agendado para acontecer em novembro desse ano. Se a maioria optar por “sim, queremos ser Estado”, haverá uma segunda pergunta, sobre a sua independência. É claro que o governo espanhol não gostou nada disso e prometeu vetar essa consulta popular. Vamos acompanhar…