Enem: 5 dicas de estudo de quem passou em Medicina
Usar métodos, estudar com um amigo e focar na teoria. Veja algumas estratégias que funcionaram para estes estudantes
Existem diferentes maneiras de aprender e a melhor delas é a que funciona para você. Seja escolhendo um método popular para seguir, criando um grupo de estudos ou cortando distrações, o importante é testar até descobrir o que faz sentido. Foi o que fizeram estes estudantes que participaram do Enem 2023 (Exame Nacional do Ensino Médio). Eles foram aprovados em Medicina depois de encontrar estratégias de estudo adaptadas para suas rotinas.
Sempre lembrando, é claro, da importância de criar uma rotina onde você tenha tempo para descansar, usando este intervalo para deixar seu cérebro absorver o conteúdo.
Abaixo, confira as dicas dos cinco ex-alunos da Plataforma Professor Ferretto e inspire-se para o Enem deste ano!
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Organize seus estudos através de um método
Raimundo Neto, de 20 anos, foi aprovado em quatro universidades de medicina: UFC (Universidade Federal do Ceará), UECE (Universidade Estadual do Ceará), UNIFOR (Universidade de Fortaleza) e UNICHRISTUS (Centro Universitário Christus). O estudante conta que enfrentou três anos de cursinho até passar no vestibular e, no segundo, se deu conta que o método aplicado até ali não estava surtindo efeito.
“Antes de começar a me preparar novamente, comecei a procurar estratégias eficazes no meu estudo, para identificar o que estava fazendo de errado. Depois disso, comecei a montar cronogramas semanais e diários para otimizar a minha preparação para o vestibular” , relembra.
Aqui no GUIA DO ESTUDANTE já explicamos diferentes técnicas que podem ser adaptadas pelos vestibulandos. É possível, por exemplo, equilibrar o estudo passivo e ativo, sendo que o primeiro consiste em absorver o conteúdo por meio de leituras e aulas, e o segundo na prática de exercícios e escrita.
Outra opção é o método de estudo Robinson, que é divido em apenas cinco passos e acelera o aprendizado. Fugindo do óbvio, outra estratégia é usar um Bullet Journal, um sistema de planejamento diário para anotar tarefas e compromissos.
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Crie um grupo de estudos
Diogo Prestes, 24 anos, foi aprovado na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), e conta que durante um tempo estudou junto com um amigo que também queria entrar em Medicina. Estudar em grupo – ou dupla – pode ser vantajoso, desde que os envolvidos tenham disciplina. É possível, por exemplo, colocar algumas técnicas de estudo em ação, como o Método Feynman, cujo um dos passos é explicar o conteúdo para outra pessoa.
Além disso, um estudante com maior facilidade na área de Humanas ou em Ciências Exatas pode contribuir esclarecendo possíveis dúvidas dos colegas. Por fim, Diogo relembra que também costumava fazer simulados junto com o amigo – uma ótima maneira de manter a motivação e não fugir da tarefa. “Eu tive um desempenho melhor naquele ano por conta desse apoio”, diz.
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Controle o uso das redes sociais
Maria Eliza Munhoz, que aos 18 anos conquistou o primeiro lugar em Medicina na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro), conta que, durante o período de preparação, deixava o celular de lado. “Quando decidi que meu foco era entrar na faculdade, desinstalei minhas redes sociais como Instagram e TikTok. Usava apenas periodicamente, para distração e lazer, e evitava ao máximo ver vídeos ou posts sobre vestibular, porque quando usava era realmente para distrair um pouco a cabeça e relaxar “, conta.
Desinstalar os aplicativos de redes sociais do celular pode ser um aliado da aprovação, já que a dependência digital pode prejudicar não só os estudos, mas também a saúde. O uso excessivo dos smartphones pode levar à distúrbios do sono, por exemplo, o que influencia diretamente o aprendizado, já que dormir melhor ajuda a memorizar o conteúdo e a privação do sono piora a atenção e a concentração.
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Tenha uma boa base
A estudante Ana Clara Oliveira, de 23 anos, foi aprovada em Medicina na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Para ela, é importante ter conhecimento teórico antes de ir para a prática.
“Estudava em escola pública e percebi que a base estava muito fraca, então durante dois anos da minha preparação para o vestibular corri atrás das matérias que não tive durante a escola, e só em 2023 – ano da aprovação – foquei nas questões porque já tinha uma boa base” relembra.
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Aprenda sobre redação desde a teoria
Outra estudante que focou na teoria foi Leticia Fernandes, de 20 anos. Ela alcançou nota mil na redação e foi aprovada em Medicina na UFG (Universidade Federal de Goiás). A dica da jovem é aprender como se escreve um texto de verdade. “Pode parecer estranho, mas a redação tem teoria, ela é 30% baseada em elementos além do desenvolvimento, então buscava sempre responder na redação ‘o que’, ‘quem’, ‘porque’ e ‘como’”, explica.
Na hora do treino, sempre usava o mesmo repertório: “O Estado deve garantir o bem-estar social”, do sociólogo Thomas Hobbes. Além disso, a estudante também aconselha ter um repertório cultural na manga junto com temas do cotidiano, para complementar o desenvolvimento. E claro, ela sempre revisava tudo no final.
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