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Estudantes ocupam coordenadoria de assistência social da USP para pedir melhorias na moradia da universidade

Estudantes pedem mais vagas no conjunto residencial universitário e o fim da vigilância de suas vidas pessoais

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h34 - Publicado em 18 mar 2010, 16h19

da redação

Moradores do Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (Crusp), situado no campus Butantã da USP, ocupam desde as 2h de hoje (18/03) a sala da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas) – órgão responsável pela moradia estudantil. Os estudantes reivindicam melhores condições habitacionais, mais apartamentos e o fim da vigilância de suas vidas pessoais pela guarda da USP.

A responsável pelo Coseas teve uma conversa informal com os manifestantes, mas o resultado da negociação não foi divulgado, informou a assessoria de imprensa da universidade.

DISCUSSÃO
Os alunos divulgaram uma carta afirmando que mais de cem novos alunos da USP solicitaram moradia emergencial para o início do ano letivo, mas estão sem “teto e sem condições materiais para estudar”. Os estudantes também alegam que a reitoria prometeu entregar novo bloco do Crusp em 2009 mas ele ainda está em obra.

A USP explicou que o número de solicitantes de moradia é sempre superior às 2.298 vagas oferecidas na capital e no interior do estado e, por isso, está construindo novos prédios em todos os campi. O novo prédio do Crusp terá 200 vagas e será inaugurado em meados de 2010, informou a assessoria da universidade.

A assessoria também afirmou que a maioria dos alunos que ficou sem o auxílio moradia (que pode ser uma vaga no Crusp ou uma bolsa de R$300) não se enquadra nos critérios socioeconômicos estabelecidos pela universidade. “Tem que atender a critérios, como ter renda familiar de até três salários mínimos”, completou.

Por enquanto, a USP ainda não comentou reivindicações que classifica como “subjetivas”, como o fim da vigilância das vidas pessoais dos moradores do Crusp. “Os porteiros e guardas anotam a hora em que entramos e saímos, quando chegamos com visita ou com compras. Nos tratam como criminosos sempre”, relatou uma moradora do Crusp.

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Confira a carta de reivindicações divulgada pelos moradores do Crusp que ocupam a sala da Coseas:

"Diante da falta de vagas na moradia que deixou neste ano de 2010 mais de cem inscritos para alojamento emergencial sem um teto e sem condições materiais p/estudar;

Diante do atraso da reitoria na conclusão da obra do novo bloco da moradia que, segundo acordo, deveria estar pronto no início de 2009;

Diante das expulsões arbitrárias (despejo) de estudantes moradores do CRUSP sem aviso prévio, sem direito de defesa e durante a madrugada, chegando ao ponto de barrar o acesso dos despejados a qualquer um dos blocos da moradia;

Diante do fim do Programa Bolsa Trabalho, que deixou muitos estudantes de baixa renda sem condições de concluir seus cursos sem apoio financeiro;

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Diante das irregularidades constatadas no processo de “seleção sócio-econômica” , realizadas pela Coordenadoria de Assistência Social da USP p/ concessão de bolsas;

Diante da tentativa de privatização do espaço da moradia cedido pela USP ao banco Santander sem consentimento dos estudantes e moradores do CRUSP;

Diante das péssimas condições a que são submetidos os trabalhadores dos restaurantes universitários administrados pela Coordenadoria de Assistência Social da USP e, principalmente dos restaurantes terceirizados por meio deste orgão e da reitoria desta universidade;

Considerando que a Coseas tem demonstrado por meio de suas políticas e provado, por meio de documentos (guardados a sete chaves), estar a serviço da vigilância e violência contra os moradores, por meio da elaboração de relatórios invasivos sobre a vida particular (práticas tipicas da ditadura militar);

Considerando, ainda, que a função de promover políticas de permanência estudantil não tem sido cumprida pela COSEAS, ao contrário, este órgão, a serviço da reitoria da USP, tem trabalhado sempre no sentido de dificultar o acesso do estudante aos programas de permanência;
Considerando que permanência estudantil e um direito!;

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Nós, estudantes, moradores do CRUSP e candidatos sem vaga na moradia, resolvemos ocupar o espaço do térreo do bloco G, que originalmente era nosso mas estava sendo utilizado pela Coordenadoria de Assistência Social. Retomamos o espaço, queremos:

MAIS VAGAS NA MORADIA!

TRANSPARÊNCIA NOS PROCESSOS SELETIVOS PARA OS PROGRAMAS DE PERMANÊNCIA!

CONTRATAÇÃO DE MAIS FUNCIONÁRIOS E MELHORIA NAS CONDIÇÕES DESUMANAS DE

TRABALHO E ATENDIMENTO NOS RESTAURANTES!

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FIM DAS EXPULSÕES ARBITRÁRIAS DE ESTUDANTES DA MORADIA!

FIM DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA E DA PRÁTICA DE VIOLÊNCIA IRREGULAR DA COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL!

AUTONOMIA DOS ESTUDANTES NO ESPAÇO DA MORADIA E NOS PROCESSOS SELETIVOS PARA OS PROGRAMAS DE PERMANÊNCIA!

CONCLUSÃO DAS OBRAS DO NOVO BLOCO DA MORADIA!"

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