No Rio de Janeiro foi um sucesso, chegando a 1,4 milhão de visitantes. Agora, a exposição “Egito Antigo: Do Cotidiano à Eternidade” está em São Paulo até 11 de maio. Com entrada gratuita, a mostra, de curadoria do historiador Pieter Tjabbes, junto com Paolo Marini, pode ser prestigiada no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro da cidade paulista.
São 140 itens emprestados do Museu Egípcio de Turim, na Itália: 137 peças egípcias originais e três réplicas. Entre elas esculturas, caixões e uma múmia real. A exibição é dividida em três seções, vida cotidiana, religião e eternidade, e começa de cima para baixo (do 4º andar até o subsolo do edifício).
Além de um passeio interessante, é mais uma forma de se preparar para o vestibular. A cultura, religião e os modos de produção no Egito Antigo são temas recorrentes nos exames. Por isso, indicamos cinco pontos importantes que você pode estudar a partir de objetos que estão na exposição.
O rio Nilo
A mostra retrata o cotidiano da civilização egípcia antiga, que permaneceu nas margens do rio Nilo entre os anos de 3200 a.C e 32 a.C., quando o Egito passou a ser uma província romana. As águas do rio permitiram o surgimento de um extenso e opulento império em meio ao deserto do Saara, na África. Por estar nesse ambiente, o Nilo passou a ser fundamental para o desenvolvimento da civilização egípcia: era utilizado como via de transporte, pessoas e mercadorias.
Além disso, a economia egípcia era baseada principalmente na agricultura, que era realizada nas margens do fértil Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e artesanato. Como a sociedade estava dividida em castas, os trabalhadores rurais eram responsáveis por prestarem diversos tipos de serviços em obras públicas para o faraó (canais de irrigação, pirâmides, diques, templos etc).
Escrita egípcia
Os visitantes poderão participar de atividades lúdicas, como escrever o nome em hieróglifo. A escrita egípcia era de grande importância para os egípcios, já que ela permitia a comunicação e divulgação de ideias, além do controle de impostos.
Dentro das paredes internas das pirâmides era possível ver textos sobre a vida do faraó, mensagens e orações. Outro meio em que os hieróglifos eram registrados era o papiro, produzido a partir de uma planta que levava o mesmo nome.
Práticas funerárias
A crença na ressurreição era muito forte e criou um estilo de vida dos egípcios. A preocupação com o retorno à vida levou a civilização egípcia a desenvolver técnicas de mumificação e à construção das pirâmides, que abrigavam o corpo do faraó mumificado e seus pertences.
A principal finalidade da mumificação era a preservação dos corpos das pessoas mortas. Quando elas retornassem à vida, seus corpos estariam preservados. A múmia de Tararo, uma mulher de 1,5 m que viveu em cerca de 700 a.C., é uma das grandes atrações da exposição. Ela não pertencia à realeza, mas tinha um status social alto.
No ritual de mumificação, os órgãos internos eram retirados, tratados e guardados em vasos canópicos (objetos da foto acima). Os egípcios acreditavam que era preciso preservá-los para assegurar a vida eterna.
Napoleão e o Egito
A mostra também traz interatividade com o público: há uma simulação de escavação e vários quadros que mostram o papel de Napoleão Bonaparte no conhecimento que temos do Egito Antigo. O imperador, quando quis dominar o país, levou mais de 300 cientistas para o local. Eles fizeram um trabalho minucioso no território e revelaram boa parte da história.
Politeísmo egípcio
Os egípcios eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses, que tinham características de homens misturados com animais (antropozoomorfismo). No império, a religião tinha um peso ainda maior, já que o governo era teocrático. Dessa forma, o faraó era visto como uma divindade, e sua leis e modo de governar condiziam com os costumes e leis religiosas.
Na mitologia egípcia, Sekhmet possui cabeça de leão, como podemos ver na foto, e é conhecida como a deusa da guerra e protetora do Egito nas batalhas.