Fuvest: inspire-se nas dicas dos primeiros colocados
Saiba como foi a preparação dos candidatos que encabeçaram a lista de aprovados em cursos concorridos na Universidade de São Paulo (USP)
Como os primeiros colocados no concorrido vestibular da Fuvest se prepararam? Será que eles têm alguma dica para dar a você?
Foram exatamente essas as perguntas que fizemos para os candidatos que encabeçaram a lista de aprovados na Universidade de São Paulo (USP), nos dois últimos processos seletivos (2016 e 2015), em carreiras concorridas. João Vitor, Douglas e Henrique prestaram a Fuvest 2016; Ana Luísa, Marcos e Victor prestaram a Fuvest 2015. Originalmente, esses depoimentos foram publicados na edição impressa do GUIA DO ESTUDANTE FUVEST, edições 2017 e 2016. Confira as respostas e se inspire!
“Acordava às 5h da manhã para ir ao cursinho. Aproveitava o trajeto, no transporte público, para ler.”
Como ele se preparou
“Estudei em escola pública e fiz um ano de pré-vestibular. Acordava às 5h da manhã para ir ao cursinho. Aproveitava o trajeto, no transporte público, para ler. Terminei a leitura das obras obrigatórias nos quatro primeiros meses de aula. Ficava no cursinho estudando até às 20h. Dedicava mais tempo às áreas em que tinha menos facilidade. Quando eu não conseguia avançar em determinado assunto, mantinha a motivação intercalando com exercícios de matérias que eu dominava melhor.”
Dica
“A preparação psicológica é tão importante quanto estar afiado nos conteúdos cobrados. Busque técnicas para manter-se estável emocionalmente. É importante tornar o estudo algo divertido, não desgastante. Não deixe de sair, praticar algum esporte ou separar um tempo para fazer coisas que lhe afastem um pouco do universo dos estudos e do cursinho.”
“Não desista. Mesmo nas horas mais difíceis, tente mais um pouco.”
Como ele se preparou
“Sempre estudei em escola pública e fiz cursinho por dois anos – no primeiro, passei na USP em minha segunda opção (Engenharia Naval), mas desisti da vaga. No segundo ano, decidi parar de trabalhar para me dedicar somente aos estudos. Ia para as aulas de manhã e, à tarde, aproveitava para estudar. Resolvia bastante exercícios e procurava distribuir o tempo de maneira uniforme entre os conteúdos, dando prioridade às matérias que tinha mais dificuldade, sem deixar assuntos acumulados.”
Dica
“Procure achar um método de estudo que seja bom para você. Não é porque determinada coisa funcionou para alguém que também vai valer no seu caso. Faça tudo com dedicação e empenho. Dê seu melhor, mantendo seu sonho sempre em mente. E, por fim, não desista. Mesmo nas horas mais difíceis, tente mais um pouco. Se alguém sabe aquilo é porque é possível para você também.”
“Dedique maior tempo para as matérias em que tem mais dificuldade. São elas que acabam decidindo nosso desempenho nos vestibulares.”
Como ele se preparou
“Durante o 3º ano, que cursei no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), fiz cursinho, além de aulas particulares de Geografia e redação. Após o Enem, cursei outro intensivão. Além disso, utilizei bastante os Guias do Estudante, pelos quais estudei grande parte das matérias. Também usei sites e provas antigas, focando nos conteúdos que tinha maior dificuldade, mas sem me esquecer dos demais.”
Dica
“Seu método de estudos deve ser elaborado de acordo com suas preferências, dificuldades e rotina, sem tentar copiar o de outras pessoas. Dedique maior tempo para as matérias em que tem mais dificuldade. Elas que acabam decidindo nosso desempenho nos vestibulares. Mas o mais importante é nunca desistir, não importa o quão difícil ou longo seja o caminho. Nenhuma conquista vem com pouco esforço, e as decepções servem como exemplo e experiência para se alcançar grandes vitórias.”
“Concentre-se de verdade nas aulas e não as troque por seu celular!”
Como ela se preparou
“Quando eu estava no 2º ano do Ensino Médio, no Colégio Militar de Salvador (BA), comecei a fazer cursinho junto com o colégio. Como eu ficava em sala de aula das 7h às 19h, e só chegava em casa às 21h, eu me dedicava aos estudos entre 22h e 1h da manhã. No terceiro ano, eu me formei no colégio no meio do ano e passei a ter as manhãs livres. Estudava então das 6h até as 11h30, e depois à noite. Não segui um programa pré-definido. Eu repassava as matérias que sentia vontade de estudar no dia, em geral as dadas nas aulas, e fazia os exercícios. Não deixava acumular assunto em nenhuma das disciplinas.”
Dica
“Tenha o apoio de seus amigos e familiares e conheça o melhor método de estudo para você – não tente apenas imitar exemplos de sucesso. Tire sempre as dúvidas com seus professores e acredite em si mesmo. Saiba seus limites e se cuide para não ficar doente por falta de sono ou por excesso de estresse. Mantenha-se atualizado, faça muitas provas antigas e treine bastante redação. E, por fim, concentre-se de verdade nas aulas e não as troque por seu celular!”
“Você tem que estudar por conta própria e buscar saber sempre mais.”
Como ele se preparou
“Estudei muito durante todo o Ensino Médio, mas no 3º ano eu intensifiquei o ritmo, apesar de não fazer cursinho. Fiz escola técnica estadual e tinha aula de manhã e, à tarde, eu revisava todos os conteúdos, lia as teorias e fazia resumos. Depois, treinava com vários exercícios da primeira fase do vestibular. À noite, ia para o curso técnico. Como tinha muita facilidade com matemática e física, priorizei os conteúdos sobre os quais possuía menos conhecimento, como biologia e geografia.”
Dica
“Você não deve depender só do que aprende no colégio. A educação das escolas muitas vezes é falha, principalmente no ensino público. As aulas não abordam todo o conteúdo cobrado nos grandes vestibulares, por isso é fundamental ter autonomia nos estudos. Você tem que estudar por conta própria e buscar saber sempre mais.”
“Vá para o exame conhecendo a prova que vai enfrentar.”
Como ele se preparou
“Eu estudei a vida inteira em escola particular, mas com bolsa integral, já que minha mãe era funcionária do colégio. No último ano do Ensino Médio, eu fiz seis meses de cursinho. Passava as manhãs e tardes na escola e no cursinho. À noite, me preparava para as provas da escola ou revisava o que não tinha entendido ou fixado direito. Estudava aos finais de semana, principalmente em períodos de provas. Com as exatas, fazia muitos exercícios, e com as humanas, escrevia bastante. No final do ano, passei a estudar principalmente as matérias que me interessavam e as que a escola dava de forma reduzida, por meio do próprio material didático, que era bem completo. Buscava informações complementares na biblioteca da escola e na internet.”
Dica
“Você deve encontrar suas próprias formas de estudar, que podem ou não ser parecidas com a minha ou com a de outras pessoas que foram aprovadas. Não se estresse com os estudos. Vá para o exame conhecendo a prova que vai enfrentar. Por último, não subestime nem superestime a prova nem os concorrentes e, principalmente, você mesmo.”
*Idade declarada na data da apuração da reportagem – início de 2015 e início de 2016, respectivamente, para os aprovados na Fuvest 2015 e Fuvest 2016.