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‘Erupção Polar’? Entenda a onda de frio intenso que passa pelo país

Segundo meteorologistas, não há chances de o país atingir recordes de temperaturas

Por Luccas Diaz
Atualizado em 18 Maio 2022, 18h16 - Publicado em 30 jul 2021, 20h10

Nos últimos dias, uma massa de ar polar tem passado pelo Brasil derrubando as temperaturas, sobretudo, nas regiões sul e sudeste. Algumas cidades no extremo sul devem registrar neves nas serras e temperaturas abaixo de zero. Com o clima digno do continente europeu, fica a dúvida: por que isso está acontecendo no Brasil? É normal? O GUIA DO ESTUDANTE explica.

Direto do Polo Sul

Basicamente, o que tem provocado o frio intenso nesta semana são dois fatores: a passagem de um ciclone extratropical chamado Yakecan e a passagem de uma massa de ar polar vinda da Antártida. As massas de ar são como grandes “blocos” de ar que carregam as características próprias de umidade, pressão e temperatura do local onde elas foram formadas.

Essas características vão depender das diferentes regiões da superfície terrestre em que as massas se formam: caso ocorra nos polos, serão frias e secas; se se formarem nas áreas oceânicas tropicais, serão quentes e úmidas.

Por isso, é incorreto dizer que o atual cenário é consequência de uma “erupção polar”. Segundo meteorologistas, tal termo não existe, e o correto seria “massa de ar polar”. A possibilidade de um frio histórico no Brasil também já foi descartada, e as temperaturas naõ tem previsão de atingir recordes.

“Empurrou” o calor

Quando a borda de uma massa de ar frio avança em direção a outra mais quente, provocando quedas bruscas de temperatura, chama-se frente fria. Nada mais é do que um mecanismo natural da atmosfera para compensar as diferenças de temperatura no planeta.

O frio consegue “empurrar” o calor porque joga para cima a massa de ar quente, que é menos densa e mais leve. O ar frio seco é mais denso e avança com velocidades de até 30 km/h.

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Por que no sul e no sudeste?

No Brasil, as regiões mais atingidas pelo fenômeno de queda brusca de temperatura e geadas são o sul e sudeste.

Na América do Sul, a maioria das frentes frias se origina nas latitudes médias, ao extremo sul do continente. Com seu avanço, contudo, as frentes perdem energia e velocidade, e o contato com o solo quente reduz o frio das massas de ar.

Por isso, é tão raro uma frente fria chegar até as regiões norte e nordeste. Ainda assim, quedas de temperatura estão sendo observadas no extremo sul do Amazonas.

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RESUMO DE GEOGRAFIA

Tipos de climas

O clima da Terra é influenciado  por vários fatores, entre eles latitude, pressão atmosférica, altitude, relevo, vegetação, massas de ar, maritimidade (proximidade de um local em relação ao mar), continentalidade (distância de um ponto em relação ao mar) e correntes marítimas.

As áreas em torno da linha do Equador, que recebem forte insolação, têm predominantemente clima equatorial, marcado por altas temperaturas e umidade. Já as regiões de latitudes mais elevadas, próximas aos polos, registram clima frio ou polar, com invernos rigorosos e temperaturas baixas.

Abaixo, confira lista com os principais tipos de clima

1 – Polar

É o clima com as menores temperaturas do planeta: no inverno, ela permanece em torno de -30ºC e, no verão, a média é de 4ºC. está presente no extremo norte do Canadá, da Rússia e do Alasca, em parte da península Escandinava e na Antártica. A umidade relativa do ar é alta entre 70% e 80%, mas a precipitação, bastante reduzida: cerca de 100 milímetros de neve acumulados ao ano.

2 – Temperado

Apresentam as quatro estações bem definidas. Há diferenças entre os locais próximos e os que estão longe do mar. Se dividem, basicamente, em:

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a – Temperado Mediterrâneo

É o clima predominante no sul da Europa, golfo do México e sudeste da China, entre outras regiões. Os verões são quentes e secos – a temperatura chega a 30ºC – e os invernos, moderados e com um pouco de chuva. As mínimas de temperatura podem atingir 0ºC.

b – Temperado Continental

Também de latitudes médias, o temperado continental está presente nas áreas interiores da América do Norte, da Europa e do leste da Ásia. O inverno é muito rigoroso e o verão quente – as médias de temperatura são -5ºC e 24ºC, respectivamente. As chuvas são escassas, sobretudo no inverno. É interessante notar que, apesar de estarem ambos nas mesmas latitudes, os climas temperados oceânico e continental são muito diferentes, por causa da distância em relação ao mar. No temperado continental, é a continentalidade que justifica a umidade relativa do ar mais baixa e a grande amplitude térmica anual.

c – Temperado Oceânico

Presente nas regiões de litoral das latitudes médias, como o oeste e noroeste da Europa. As chuvas são abundantes durante o ano e as temperaturas não sofrem muita variação – os invernos são frios (média de -3ºC) e os verões, frescos (média de 15ºC). A proximidade com o mar (maritimidade) é um fator de influência nesse clima: a água, que demora mais para se aquecer e, depois, para se esfriar, mantém a amplitude térmica baixa no continente. As chuvas bem distribuídas no decorrer do ano também se devem à umidade da região litorânea, que recebe as massas de ar do oceano.

3 -Tropical

Fica nas áreas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, cobrindo grande parte do território brasileiro e do continente africano, Índia, península da Indochina e norte da Austrália. O clima é quente, com média anual superior a 20ºC. As chuvas são intensas no verão e, no estante do ano, ocorrem mais nas regiões próximas ao mar. No Sudeste Asiático, destacam-se as chuvas de monções, tempestades torrenciais provocadas pelo vento úmido que sopra do oceano. Quando começa o verão, o continente se esquenta rapidamente, formando uma zona de baixa pressão, e as massas de ar do oceano trazem as chuvas; essa dinâmica, comum em outros pontos do planeta, tem maiores proporções nessa região em virtude da vastidão da terra (o continente asiático) e de mar (os oceanos Índico e Pacífico) envolvida no fenômeno.

4 – Equatorial

Quente e úmido durante o ano todo, está presente na região da linha do Equador e nas áreas de baixa latitude, como a América Central, a Indonésia, a região central da África e o norte do Brasil. A umidade relativa do ar é elevada, com média anual de 90%, e a chuva é abundante durante o ano todo. A temperatura também é alta e estável, com média anual de 25ºC.

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5 – Subtropical

É o clima das regiões ao sul do trópico de Capricórnio: sul de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A quantidade de chuva não varia muito durante o ano, mas as temperaturas mudam bastante: o inverno é frio e o verão, quente.

6 – Tropical Árido

Ocorre em regiões como o Saara, o centro da Austrália, norte do México e sul dos EUA. O índice pluviométrico é baixíssimo: a média anual de precipitação é inferior a 250 milímetros, o equivalente a cerca de um mês de chuva no clima equatorial. A umidade relativa do ar também é muito baixa, cerca de 40%. A amplitude térmica diária é elevada: de dia a temperatura ultrapassa os 40ºC e, à noite, chega a graus negativos.

7 – Continental árido

Clima seco, presente nas regiões temperadas: Ásia Central (Cazaquistão, no interior da China e Mongólia), Patagônia e planalto oeste das Montanhas Rochosas (EUA). A precipitação é tão escassa quanto a do clima tropical árido, abaixo dos 250 milímetros por ano, mas, diferentemente deste, a temperatura apresenta grande variação no decorrer do ano: no verão, a média é de 17ºC e, no inverno, de -20ºC.

8 – Montanhoso

Ocorre nas cadeias de montanhas ao redor do globo: áreas elevadas dos Andes, Montanhas Rochosas, Alpes e Himalaia. É um clima frio, com temperatura que diminui 6ºC a cada mil metros de altitude. Acima dos 2 mil metros há neve constante. A umidade relativa do ar varia conforme o lado da cadeia: a média é de 90 do lado do vento (barlavento), caindo para até 30 do lado contrário (sotavento). A quantidade de precipitação também é variável, chegando a 2 mil milímetros por ano nas regiões tropicais.

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