Pequeno dicionário de “economês” para você se preparar para o vestibular
Quer entender as notícias de economia do país e fazer bonito na hora da prova de atualidades? Então entenda aqui os conceitos mais importantes
Com as recentes notícias do universo econômico tomando os holofotes do Brasil inteiro – vide reforma tributária, taxas de juros elevadas, inflação dos produtos do mercado – é normal que muita gente se sinta um pouco perdida. Afinal, são tantas as siglas e conceitos usados o tempo todo que é inevitável ficar confuso. Ninguém nasce sabendo falar “economês” – e esse não é um idioma que se ensina na escola.
A Economia é uma ciência social aplicada. Segundo a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP), ela é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando a produção, distribuição e o consumo de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida.
Para te ajudar a entender um pouco mais sobre o universo econômico e ficar por dentro de todas as atualidades que estão acontecendo, o GUIA DO ESTUDANTE criou um pequeno dicionário de Economia para te ajudar a navegar o noticiário. Confere aí!
PIB
O Produto Interno Bruto, ou PIB, é um indicador econômico que soma de todos os produtos e bens finais produzidos por um determinado país durante um período de tempo, normalmente durante um ano.
A função do PIB é analisar o crescimento econômico do país e identificar quais setores de produção geram mais renda. Ele é calculado ao somar apenas os produtos e serviços finais (para evitar dupla contagem), como um carro, por exemplo, mas não o ferro produzido para construir o carro. Também são contabilizados investimentos feitos na área de produção e gastos governamentais. para a população.
Atenção: o PIB não é um indicador de riqueza do país (como o tesouro nacional, por exemplo), mas sim um indicador de produção.
+ Você sabe como o PIB é calculado?
Impostos
Os impostos são um tributo do Estado para custear o funcionamento geral das máquinas do governo, sejam serviços para a população, como um sistema de saúde ou de transporte, por exemplo, ou para a própria máquina estatal, como o pagamento de servidores públicos.
Existem cinco tipos de tributos, mas os mais importantes são os impostos e as contribuições sociais, pois são os que mais arrecadam recursos para o governo. A verba para a educação pública, por exemplo, vem de recursos de impostos estaduais e municipais, em sua grande maioria.
Para entender mais a fundo o que são impostos e por que a noção popular de que o brasileiro paga muito imposto é verdade apenas em parte acesse este texto do GUIA DO ESTUDANTE.
+ Brasileiro paga muito imposto? Entenda como funciona a tributação no país
IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA, tem como objetivo medir a variação dos preços dos produtos e serviços comercializados para a família brasileira mês a mês.
A média salarial utilizada para cálculo do IPCA é entre 1 e 40 salários mínimos, pois o objetivo do IPCA é abranger o poder de compra de 90% das famílias brasileiras.
O IPCA é calculado entre os dias 1 e 30 de cada mês de cálculo, e a coleta dos preços é feita nos próprios estabelecimentos comerciais.
Inflação
A inflação representa o aumento no preço dos produtos comercializados no país. Ela é calculada através dos índices de preços oficiais dos produtos do comércio, o IPCA, que explicamos acima. O contrário de inflação é a deflação, que se categoriza quando há uma queda nos preços dos produtos.
A inflação, infelizmente, é uma velha conhecida dos brasileiros, graças ao longo período de aumento descontrolado de preços que tivemos nos anos 1980. A inflação outro conceito importante de termos em mente pois, quando seu índice está muito alto, ele “come” o poder de compra da população (não só no mercado, mas também em outros produtos e serviços), já que os preços sobem de maneira muito rápida, mas a renda não acompanha. Por isso a inflação está diretamente ligada ao poder de compra.
+ Tire suas dúvidas sobre inflação e deflação
Juros
Os juros são uma espécie de remuneração feitos pelos empréstimos, financiamentos e disponibilizações de limites de crédito nos cartões por parte dos bancos. Basicamente, é uma taxa extra cobrada por quem empresta dinheiro – seja na hora de pagar empréstimos de banco, seja na hora de quitar um boleto atrasado, por exemplo. A lógica é a seguinte: “Você gastou o que não tinha? Tudo bem, pode pagar depois, mas vai ter que pagar a mais pelo atraso”.
A taxa Selic influencia diretamente nos juros, pois é a taxa mínima para todos os bancos vigentes no país.
Taxa Selic
A taxa Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, e á a taxa básica de juros da economia brasileira. A taxa Selic influencia todas as taxas de juros dos bancos do país, como as de empréstimos, investimentos financeiros e financiamentos.
A taxa Selic é uma das principais ferramentas do governo para conter a inflação do país. Para entender as notícias é importante estar atento à esta taxa, junto com a inflação. Eis o motivo: quando a inflação está muito alta, o Banco Central (responsável por regular a taxa Selic) aumenta a Selic. Isso torna os empréstimos mais caros – e acaba desestimulando o consumo. Com menos pessoas consumindo, a tendência é que os preços das mercadorias diminuam para atrair mais clientes – e a inflação acabe caindo.
Com a taxa Selic alta, os juros sobre os cartões de crédito, financiamentos e empréstimos de bancos também aumentam.
+ O Copom subiu a Selic. E você com isso?
Copom
O Comitê de Política Monetária, ou Copom, é a junção de representantes do Banco Central, que a cada 45 dias se reúne para definir qual será a taxa Selic para o próximo período.
Ou seja, são eles vão definir qual será a taxa básica de juros para os bancos, de acordo com as análises da inflação, do cenário econômico (o PIB) durante aquele período, os gastos públicos e também a influência do cenário político global.
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