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Vídeos retratam a diversidade dos 6 Biomas Brasileiros

Aprender sobre Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa é muito mais interessante com os vídeos elaborados pelo GUIA DO ESTUDANTE

Por Luccas Diaz
26 nov 2021, 19h21
Biomas brasileiros
 (Guia do Estudante/Divulgação)
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Biomas são comunidades formadas por organismos estáveis, desenvolvidas e bem adaptadas às condições ambientais de  uma determinada região. Isto é, são conjuntos de vida vegetal e animal que apresentam uma diversidade biológica própria e que pode ser identificada a partir de características comuns.

No Brasil, existem 6 grandes biomas continentais: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. Assista vídeos de cada um dos biomas nesta série produzida pelo GUIA DO ESTUDANTE em parceria com a JBS.

 

AMAZÔNIA

Características: A Amazônia é o maior bioma brasileiro. Com mais de 4 milhões de quilômetros quadrados, ocupa cerca de 49% do território nacional e está presente em 9 estados brasileiros. Ela está situada na região da linha do Equador e apresenta clima Equatorial úmido, caracterizado por ser quente, com bastante chuva e sem muita variação de temperatura.

Solos e Rios: O bioma abriga a maior bacia hidrográfica do mundo e estima-se que um quinto de toda a água potável do planeta esteja lá. É na Amazônia que se encontra o maior reservatório de água subterrânea do planeta, o Aquífero Alter do Chão. O solo não é o mais nutritivo, sendo salvo pelo húmus, uma camada de matéria orgânica em decomposição que se acumula no chão.

Fauna: Pelo menos metade das espécies vivas do mundo estão na Amazônia, fazendo do bioma a maior reserva biológica do planeta. Estima-se que existam cerca de 30 milhões de espécies animais. Dos animais brasileiros, o bioma concentra cerca de 73% de todos os mamíferos e 80% de todas as aves. Além de 75% de todos os peixes da América do Sul. São exemplos a onça-pintada, o peixe-boi-da-Amazônia e a anta.

Flora: A vegetação da Amazônia é geralmente alta e densa. As folhas são largas e absorvem mais energia solar, sendo classificadas como perenes, ou seja, não caem ao longo do ano. O bioma é composto por vários ecossistemas diferentes entre si. Em relação às matas, pode-se dizer que as 3 principais são: a de igapó (que fica em terrenos baixos e está quase sempre inundada), a de várzea (que só alaga de tempos em tempos na época das cheias) e a de terra firme (que se encontra nas partes mais elevadas e por isso não sofre com as inundações).

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Desafios: As principais causas do avanço desenfreado do desmatamento na Amazônia é a atividade predatória, como a expansão de indústrias, a mineração e a extração de madeira. As mudanças climáticas também têm desequilibrado o sistema hídrico da floresta, criando irregularidades nos períodos de seca e inundação, e impactando diretamente a qualidade do solo, das colheitas e a infestação de insetos e doenças.

Caminhos: A boa notícia é que cerca de 80% da Amazônia continua de pé! ONGs, centros de pesquisa e entidades brasileiras e internacionais mantêm o radar ligado na luta por medidas sustentáveis que freiem o desmatamento ilegal e as queimadas, além de lutarem pelos direitos da causa indígena e dos povos ribeirinhos.

 

CERRADO

Características: o Cerrado se concentra na região conhecida como Planalto Central e ocupa os estados da região centro-oeste e sudeste, mas há parcelas menores no norte, sul e nordeste do país, totalizando 2 milhões de quilômetros quadrados (uma área que equivale a 25% do país). O clima é classificado como Tropical Continental e registra, basicamente, duas estações por ano: um verão muito quente e chuvoso e um inverno frio e bem seco. O bioma desempenha um papel relevante para o agronegócio brasileiro. Segundo a Embrapa, 55% da produção de carne bovina no país vem de lá e também se destaca o plantio de soja, milho, feijão e café.

Solos e Rios: o bioma apresenta uma vegetação de savana, que é um tipo que ocorre em latitudes médias e em regiões de clima tropical. Há um período de estiagem prolongada e o solo é pobre e ácido. O Cerrado é tido como o “berço das águas do Brasil” por concentrar nascentes que alimentam boa parte das bacias hidrográficas, incluindo a Amazônica, a Tocantins-Araguaia e a do São Francisco.

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Fauna: os animais do Cerrado apresentam um nível de diversidade alto e há muitas espécies endêmicas, como o Morceguinho-do-Cerrado e a Rolinha-do-Planalto. Outros animais típicos são o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra e o lobo-guará. O avanço urbano e a criação de rodovias são uma das principais causas do aumento do número de animais em extinção no bioma.

Flora: é comum nas paisagens do cerrado a presença de planaltos, chapadas, veredas, matas ciliares e ribeirinhas. O bioma é rico em habitats internos e é possível encontrar uma variedade de paisagens bem diferentes entre si. A paisagem é composta por campos tropicais, savanas e florestas estacionais.

Desafios: o Cerrado é considerado um dos 25 hotspots mundiais. O uso intenso de agrotóxicos e fertilizantes contribui para a contaminação das águas e do solo. A interferência humana vem causando um aumento no número de queimadas. O Cerrado é um bioma que pega fogo naturalmente, mas nos últimos anos isso tem se agravado. No período entre janeiro e agosto de 2021, houve um aumento de 13,7% em relação ao número de focos de incêndios do mesmo período em 2020, segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Caminhos: o bioma é o lar de comunidades tradicionais que conseguem usufruir do bioma de maneira sustentável. São povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e que vivem ao norte de Minas Gerais, os chamados geraizeiros, que conhecem profundamente a biodiversidade do lugar. Um exemplo sustentável é a produção e venda de frutas típicas, como o pequi, o buruti, a mangaba e o cajuzinho-do-cerrado.

 

CAATINGA

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Características: a Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro. Ocupa cerca de 10% do território nacional e é na região Nordeste onde se encontra a sua porção maior. Trata-se de uma região seca, de clima semiárido e que conta com vegetação majoritariamente xerófita, ou seja, plantas que vivem com pouca água. O bioma chega a passar 9 meses do ano em total seca e as precipitações anuais médias não passam de 800 milímetros, sendo a região com a média de chuva mais baixa do Brasil. A Caatinga apresenta uma variedade de paisagens que não se resumem apenas à porção agreste. Isso acontece por conta do seu relevo irregular, que também contribui para a presença de chapadas, serras, planaltos e depressões.

Solos e Rios: na caatinga predominam os solos rasos, pobres em nutrientes e de difícil penetração das raízes, o que influencia ainda mais a evaporação da água da chuva, fazendo com que alguns rios do bioma sejam intermitentes, ou seja, eles desaparecem no período de seca.

Fauna: as espécies animais estão adaptadas para sobreviver ao clima seco. A maioria possui uma couraça mais robusta, são acostumados a se deslocar para regiões mais úmidas e têm um ciclo reprodutivo mais acelerado. São animais típicos o jacaré-de-papo-amarelo, o macaco-prego, o mocó, o sapo-cururu e a ararinha-azul.

Flora: as vegetações da Caatinga podem apresentar cascas grossas, troncos tortuosos e folhas que caem durante o período de seca, chamadas de caducifólias ou decíduas. A presença de suculentas é frequente, por justamente conseguirem armazenar água para o período de estiagem e possuir caules, folhas e raízes ricos em água. Uma árvore muito importante para o ciclo econômico da Caatinga é a carnaúba, da qual se extrai um óleo usado pela indústria de cosméticos, tintas e eletrônicos.

Desafios: o bioma sofre com desertificações, queimadas e desmatamento. Com a perda da vegetação natural, o solo da região fica exposto e comprometido pela erosão e pela salinização. Esses processos alteram o regime de rios, tornando o abastecimento das comunidades e da agricultura familiar mais difícil.

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Caminhos: há um enorme potencial de desenvolvimento sustentável para a Caatinga, mas o que acontece na prática é a falta de marcos regulatórios e de uma política ambiental que combata o desmatamento avançado no bioma. Uma das soluções seria aumentar as unidades de conservação, que ainda são poucas. A criação de novas áreas de proteção pode contribuir para a sustentabilidade do bioma e evitar maior perda da fauna e da flora.

 

MATA ATLÂNTICA

Características: a Mata Atlântica está presente em quase todo o litoral brasileiro, representando cerca de 13% do território nacional. É bioma o mais povoado do Brasil, com cerca de 145 milhões de pessoas residindo em regiões com presença de Mata Atlântica. O clima predominante é o Tropical Úmido e uma peculiaridade do bioma é que ele está geograficamente espalhado e acaba ocorrendo uma sobreposição com outros biomas fronteiriços. Cerca de 80% de toda a produção econômica nacional encontra-se em áreas de Mata Atlântica. Hoje restam apenas 12,4% da vegetação original e o bioma é classificado como um hotspot.

Solos e Rios:  Como o próprio nome atesta, o bioma beira boa parte do Oceano Atlântico e essa proximidade contribui para o alto volume de chuvas. As montanhas e serras que delimitam a Mata Atlântica fazem com que as chuvas não se espalhem e fiquem concentradas. Todo esse volume de água sustenta a vida nas florestas e abastece 7 bacias hidrográficas. O solo costuma ser raso, úmido, pouco ventilado e recebe pouca luz, com a maior parte da luminosidade sendo absorvida pelas folhas das árvores mais altas.

Fauna: mais da metade dos animais ameaçados de extinção no Brasil vive na Mata Atlântica. Por lá, são encontradas espécies bem conhecidas, como a onça-pintada, o tatu-canastra, a jararaca e o bicho-preguiça. Uma característica importante é que uma parte da biodiversidade ocorre nas alturas. Pelo fato de ter árvores muito altas e densas, forma-se uma espécie de segundo andar na floresta, chamado de dossel. Nesse espaço, os galhos e as folhas das árvores se misturam e é onde animais como macacos, bichos-preguiça e cobras vivem a maior parte do dia.

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Flora: a flora da Mata Atlântica apresenta uma grande biodiversidade e é composta por ecossistemas como restingas, manguezais, campos de altitude e também por florestas estacionais e ombrófilas. No geral, as plantas do bioma se adaptam bem a terrenos úmidos e calcula-se que existam cerca de 20 mil espécies. Desse montante, porém, 42% estão ameaçadas; como a Palmeira-Juçara e o Jequitibá-Rosa.

Desafios: a Mata Atlântica está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico do Brasil. O preço para o progresso foi caro e o bioma é o mais desmatado do país. Segundo os dados da ONG S.O.S. Mata Atlântica e do INPE, de 2019 a 2020 cerca de 13 mil hectares do bioma foram desmatados – número que equivale a 10 vezes a cidade do Rio de Janeiro. O comércio ilegal de espécies da fauna e da flora também representam ameaças à biodiversidade local.

Caminhos: os desmatamentos, apesar de tudo, vêm caindo ano a ano. Iniciativas públicas e privadas têm conseguido restaurar a vegetação nativa de algumas áreas. Os caminhos para a preservação passam pela criação de políticas ambientais, marcos regulatórios e incentivos ao trabalho sustentável.

 

PANTANAL

Características: o Pantanal ocupa aproximadamente 2% do território nacional. No Brasil, está concentrado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas há ainda a presença do bioma na Bolívia e no Paraguai. Uma vez que o Pantanal é diretamente influenciado por outros biomas, a paisagem pode ser considerada heterogênea e contém características e animais da Amazônia, da Caatinga, do Cerrado e da Mata Atlântica. Com um clima tropical, o Pantanal é a maior planície inundável do planeta.

Solos e Rios: durante boa parte do ano, as áreas mais baixas ficam alagadas pelas cheias dos rios. De outubro a março ocorre a estação úmida: um verão chuvoso com enchentes que cobrem o território. De abril a setembro, o período da seca: um inverno com pouca presença de água e o desaparecimento dos rios. Este regime é chamado pelos cientistas de “pulso de inundação”, e um dos motivos para o fenômeno seria a própria formação geológica que cerca o bioma, com serras e chapadas que contribuem para a concentração da água. Tudo isso resulta em campos planos que ficam alagados, criando um mosaico de rios, lagoas e ilhas florestais.

Fauna: a fauna do Pantanal pode ser entendida quase que como uma grande mistura brasileira. Há poucas espécies endêmicas e a maioria dos animais são encontrados ou oriundos de outros biomas. Exemplos: onça-pintada, arara-azul, capivara, jacaré e a sucuri. E com tamanha quantidade de água, é de se esperar uma grande variedade de peixes. O bioma concentra espécies como o Pacu, o Dourado, o Pintado e o Jaú, que pode chegar a um metro e meio e pesar mais de 100 quilos.

Flora: na flora do bioma, são encontradas principalmente gramíneas, plantas rasteiras e árvores de médio porte. Quando as águas sobem e engolem a vegetação, parte dela se decompõe e se torna material orgânico, que depois vira um lodo nutritivo para as espécies que brotam. A dinâmica favorece bastante as plantas aquáticas, como Camalotes, Batumes, Vitórias-Régias e Aguapés.

Desafios: processos de desmatamento, destruição das nascentes, ocupações humanas e o uso inadequado do solo impactam diretamente a planície pantaneira e ameaçam a vida no bioma. Outra grande preocupação são as queimadas. Em 2020, associadas às mudanças climáticas e ao desmatamento intensivo, elas transformaram o Pantanal em um verdadeiro cemitério de carcaças de animais carbonizados.

Caminhos: o ecoturismo pode ser um importante aliado. Isso porque o turismo de observação é uma maneira de gerar empregos e negócios sem agredir a biodiversidade local. É aquela máxima: conhecer é preservar.

PAMPA


Características: O Pampa gaúcho é só um pedacinho de uma região muito maior: mais de 70% do bioma se encontra na Argentina e no Uruguai. A paisagem é composta por um grande tapete verde de plantas baixas; as poucas ondulações, geralmente cobertas por pastagens, são chamadas de coxilhas. Não há período de seca no bioma e o índice pluviométrico é considerado constante. As estações são bem marcadas entre verão e inverno. O Pampa é considerado a união perfeita de uma série de características propícias à criação de gado. Além do relevo plano, existe a abundância de espécies de gramíneas e leguminosas, dieta ideal para a pecuária de corte.

Solos e Rios: o solo é raso e com tendência natural à arenização. Ainda assim, tem uma boa fertilidade e muitos nutrientes provenientes de material orgânico – o que influencia a criação do gado. Encontram-se no bioma duas bacias hidrográficas importantes para a América do Sul: a do Atlântico Sul e a do Rio da Prata, ambas com um grande potencial hidrelétrico. E debaixo de tudo isso, há ainda um dos maiores reservatórios de água doce do planeta, o Aquífero Guarani.

Fauna: a fauna do Pampa não se resume ao que se vê na pecuária. Só de aves são cerca de 500 espécies. No grupo dos mamíferos, encontram-se animais típicos de regiões de clima subtropical. De espécies endêmicas, pode-se citar o Tuco-Tuco e os peixes Rivulídeos.

Flora: a maior presença vegetal no Pampa é de gramíneas e arbustos de médio porte. São cerca de 3 mil espécies, a maior parte classificada como herbácea ou arbustiva. Há também pequenas formações florestais, principalmente associadas às matas ciliares, junto aos rios. Outro destaque são as leguminosas: são aproximadamente 150 espécies e algumas têm grande relevância econômica, como a Babosa-do-Campo.

Desafios: milhares de cabeças de gado pastando diariamente, a longo prazo, podem comprometer o equilíbrio e a biodiversidade da região. Além da pecuária, a plantação intensiva de monoculturas, como a da soja, e a importação de espécies não-nativas para o uso da indústria, como o eucalipto, também contribuem para a degradação do bioma.

Caminhos: o Pampa só ganhou o status de bioma em 2004! Segundo o Ibama, em 2008 restavam apenas 36% da vegetação nativa e estima-se que apenas 3% da área do Pampa esteja protegida sob o guarda-chuva de alguma Unidade de Conservação. Um dos caminhos para a preservação do bioma é criar novas áreas de conservação para manter o Pampa firme, forte e garantir novos estudos.

Ficha técnica

Pesquisa, redação e locução: Luccas Diaz

Edição: Alexandre Melo e Fabrício Brasiliense

Produção: Alavanca Criatividade Corporativa

Patrocínio: JBS

 

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