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Estados do Brasil: conheça as principais características de cada um

O Brasil é formado por 26 estados e o Distrito Federal, agrupados em cinco regiões. Conheça a capital, população, sigla e outras informações

Por Paulo Zocchi
Atualizado em 8 dez 2023, 13h39 - Publicado em 8 dez 2023, 11h55

Você já se deu conta de que o nome oficial do nosso país é República Federativa do Brasil? Mas por quê? É que “federar” quer dizer “reunir”, “agrupar” – ou seja, refere-se ao conjunto de estados reunidos para compor o nosso país. A evolução histórica deu origem aos atuais 26 estados do Brasil e Distrito Federal – os 27 “entes federativos”.

O GUIA DO ESTUDANTE reuniu, neste texto, as principais informações que você precisa saber sobre os estados brasileiros, passando pelas capitais, população, relevo, PIB e muito mais.

As regiões do Brasil

Para adotar certas políticas administrativas, os estados são agrupados nas cinco regiões nas quais se divide o Brasil, por critério geográfico, claro, mas também por semelhanças econômicas e sociais entre seus componentes. As regiões e seus integrantes são:Região Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Região Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Região Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Região Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

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Região Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

mapa político do brasil dividido por estados

A seguir, veja as principais características dos 26 estados e do Distrito Federal, relacionados por ordem alfabética.

Acre

bandeira do acre
(Wikipedia/Reprodução)

Última porção anexada ao território brasileiro, em 1903, o Acre (AC) fica na região Norte e no extremo oeste do país. É o único estado totalmente situado no fuso horário de duas horas a menos que a hora de Brasília.

A intensa atividade extrativista do látex, matéria-prima da borracha, que atingiu o auge no início do século 20, atraiu milhares de imigrantes, principalmente do Nordeste. Do contato de suas tradições com as dos povos indígenas locais surgiu uma cultura diversificada. Em pratos que levam desde a carne de sol ao pirarucu, peixe nativo da Amazônia, a culinária acriana reflete essa riqueza.

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O meio de transporte mais importante no estado é o fluvial, sobretudo entre novembro e junho, época em que as chuvas podem deixar as rodovias intransitáveis.

Isso é o Acre

Habitante: acriano.

Capital: Rio Branco (rio-branquense).

População: 830 mil habitantes (2022).

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Cor e raça: amarelos (0,3%), brancos (22,2%), indígenas (4%), pardos (66,6%), pretos (6,9%) (2013).

Área: 164.123 km².

Relevo: depressão na maior parte do território e planície estreita ao norte.

Vegetação: floresta amazônica.

Municípios com mais habitantes: Rio Branco (365 mil), Cruzeiro do Sul (92 mil), Tarauacá (43 mil) (2022).

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Produto Interno Bruto: R$ 16,4 bilhões (0,2% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 23.569 (2020).

Mortalidade infantil: 16,1 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 19,5 por 100 mil habitantes (2021).

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Alagoas

bandeira de alagoas
(wikimedia/Reprodução)

Segundo menor estado da federação em área, Alagoas (AL), na região Nordeste, tem sua história marcada pelo coronelismo das oligarquias locais e pela resistência à escravidão, com o quilombo dos Palmares.

Alagoas apresenta um litoral rico em belezas naturais – com áreas de mangue e lagoas, como sugere o seu nome –, delimitado ao sul pela foz do rio São Francisco. O clima é úmido na parte leste do estado, com temperaturas entre 18 ºC e 26 ºC e chuvas concentradas no inverno. O sertão alagoano integra o Polígono das Secas, com vegetação de caatinga e clima semiárido. Indicadores sociais como analfabetismo e mortalidade infantil estão entre os mais baixos do Brasil.

Isso é Alagoas

Habitante: alagoano.

Capital: Maceió (maceioense)

População: 3,1 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,3%), brancos (26,4%), indígenas (0,3%), pardos (65,1%), pretos (7,9%) (2013).

Área: 27.778 km².

Relevo: planície no litoral, planalto a norte e depressão no centro.

Vegetação: mangues no litoral, floresta tropical (mata atlântica) e caatinga.

Municípios com mais habitantes: Maceió (958 mil), Arapiraca (235 mil), Rio Largo (94 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 63,2 bilhões (0,8% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 22.662 (2021).

Mortalidade infantil: 12,0 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 24,9 por 100 mil habitantes (2022).

Amapá

Bandeira do amapá
(Wikimedia/Reprodução)

Isolado do restante do Brasil pelo rio Amazonas e pela floresta amazônica, o Amapá (AP), na região Norte, não possui ligação por estrada com outros estados – o acesso só é possível por embarcações ou aeronaves. Sua ocupação e seu desenvolvimento são relativamente recentes.

Com a maior parte de sua área no Hemisfério Norte, tem uma vasta fronteira a oeste com a Guiana Francesa, território colonial da França. Para parte dos estudiosos, Amapá quer dizer “Terra que Acaba” em um dialeto tupi.

A Floresta Amazônica cobre todo o estado, mantendo-se preservada em sua quase totalidade.

Isso é o Amapá

Habitante: amapaense.

Capital: Macapá (macapaense).

População: 733 mil habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (24,7%), indígenas (0,3%), pardos (64,6%), pretos (10,1%) (2013).

Área: 142.828 km².

Relevo: planície com mangues e lagos no litoral e depressão na maior parte do território, com ocorrências de planaltos.

Vegetação: mangues no litoral, campos gerais e floresta amazônica.

Municípios com mais habitantes: Macapá (443 mil), Santana (108 mil), Laranjal do Jari (35 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 18,5 bilhões (0,2% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 22.902 (2021).

Mortalidade infantil: 18,0 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 29,7 por 100 mil habitantes (2022).

Amazonas

bandeira do amazonas
(Wikimedia/Reprodução)

Maior estado brasileiro em área, o Amazonas (AM), na região Norte, é quase totalmente coberto pela floresta amazônica. Mais de 60% de seu território é protegido por unidades de conservação e reservas indígenas. A Amazônia é um foco de atenção mundial, por sua importância para o clima global e por sua riqueza em biodiversidade.

A bacia do Amazonas corta a região com rios navegáveis, fazendo das embarcações o principal meio de transporte local. No rio Negro, ficam os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo, Mariuá e Anavilhanas. Localiza-se também no estado, no planalto ao norte, o ponto mais alto do Brasil: o pico da Neblina (2.993 metros de altitude), na fronteira com a Venezuela.

Com baixa densidade demográfica, o Amazonas possui mais da metade de sua população na capital, Manaus. O estado abriga o maior número de indígenas do Brasil: 490,9 mil, segundo o Censo de 2022, 29% do total do país. Diferentes etnias ocupam áreas que se estendem a países vizinhos.

Influências indígenas e nordestinas estão presentes na cultura e na culinária amazonense, à base de peixes, vegetais e frutos. O festival folclórico de Parintins, em junho, com a disputa dos bois Garantido e Caprichoso, é a principal festa do estado e possui renome nacional.

Isso é o Amazonas

Habitante: amazonense.

Capital: Manaus (manauara).

População: 3,9 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,4%), brancos (21,8%), indígenas (3,9%), pardos (70,7%), pretos (3,9%) (2013).

Área: 1.559.159 km².

Relevo: depressão na maior parte, faixa de planície próximo ao rio Amazonas e planalto ao norte.

Vegetação: floresta amazônica.

Municípios com mais habitantes: Manaus (2,1 milhões), Itacoatiara (104 mil), Manacapuru (102 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 116,0 bilhões (1,5% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 30.803 (2021).

Mortalidade infantil: 13,9 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 34,0 por 100 mil habitantes (2022).

Bahia

bandeira da bahia
(wikimedia/Reprodução)

Maior estado do Nordeste, a Bahia (BA) recebeu grande influência histórica da cultura africana na formação de sua identidade, na religião, na culinária, na música, nas artes plásticas e nos costumes.

O estado tem a maior proporção de pretos do país em sua população – 17,1%, segundo o IBGE –, que, somados à parcela parda, fazem da população negra bastante majoritária, com 78,7% do total dos baianos.

A Bahia é o principal destino turístico do Nordeste e tem o mais extenso litoral do Brasil. Em cerca de mil quilômetros de litoral, destacam-se as praias do Espelho, de Taipu de Fora e de Moreré, na ilha de Boipeba. O Carnaval baiano é um dos mais concorridos do país.

Isso é a Bahia

Habitante: baiano.

Capital: Salvador (soteropolitano).

População: 14,1 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (20,8%), indígenas (0,3%), pardos (61,6%), pretos (17,1%) (2013).

Área: 564.733 km².

Relevo: planície no litoral, depressão a norte e a oeste, planície no centro.

Vegetação: mangues no litoral, floresta tropical (mata atlântica), caatinga e cerrado.

Municípios com mais habitantes: Salvador (2,4 milhões), Feira de Santana (616 mil), Vitória da Conquista (371 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 305,3 bilhões (4,0% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 23.530 (2021).

Mortalidade infantil: 14,3 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 35,7 por 100 mil habitantes (2022).

Ceará

bandeira do ceará
(wikimedia/Reprodução)

O clima semiárido predomina no Ceará (CE). As secas são periódicas, e, desde que a ocupação territorial foi consolidada, a população enfrenta a escassez de água. O território cearense abrange grande área de sertão, com a ocorrência de serras. Ao sul, a chapada do Araripe apresenta uma das maiores concentrações mundiais de fósseis do período Cretáceo. A vegetação de caatinga cobre 85% do estado. Nos 573 quilômetros de litoral predominam a restinga e as salinas.

O Ceará é um dos principais destinos turísticos do Brasil, pelo clima ensolarado durante o ano todo, praias com dunas e águas claras e quentes. No interior cearense, os autores de cordéis, assim como os repentistas e poetas populares, especialistas no improviso com rimas, estão presentes e ativos, seguindo uma tradição de influência portuguesa.

Isso é o Ceará

Habitante: cearense.

Capital: Fortaleza (fortalezense).

População: 8,8 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (30,3%), indígenas (0,2%), pardos (65,5%), pretos (3,9%) (2013).

Área: 148.920 km².

Relevo: planícies, planaltos e várzeas (a leste e oeste).

Vegetação: caatinga em quase todo o território, vegetação de restinga e salinas na faixa litorânea.

Municípios com mais habitantes: Fortaleza (2,4 milhões), Caucaia (356 mil), Juazeiro do Norte (286 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 166,9 bilhões (2,2% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 21.090 (2021).

Mortalidade infantil: 11,6 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 33,1 por 100 mil habitantes (2022).

Distrito Federal

bandeira do distrito federal
(wikimedia/Reprodução)

O Distrito Federal (DF) está encravado no estado de Goiás, no Planalto Central, a uma altitude média de 1,1 mil metros. Nele, fica Brasília, a capital do país e o centro institucional da União. O Distrito Federal apresenta uma organização única: não é um estado, mas uma “unidade da federação”; não possui municípios, mas 31 regiões administrativas (Brasília e 30 cidades-satélites); é dirigido por um governador (Executivo) e possui uma Câmara Distrital (Legislativo).

Projetada pelo urbanista Lucio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer, Brasília possui renome internacional por sua concepção modernista. O traçado de seu Plano Piloto lembra o formato de um avião, com ruas largas e superquadras ajardinadas convergindo para um corpo central – o Eixo Monumental, onde ficam os principais edifícios públicos do país –, e exibe construções notáveis de concreto armado que valorizam as formas curvas. Inaugurada em 1960, no governo de Juscelino Kubitschek, Brasília abriga as sedes dos poderes Executivo (Palácio do Planalto), Legislativo (Congresso Nacional) e Judiciário (Supremo Tribunal Federal).

Isso é o Distrito Federal

Habitante: brasiliense.

Capital: Brasília.

População: 2,8 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,6%), brancos (44,1%), indígenas (0,3%), pardos (47,4%), pretos (7,6%) (2013).

Área: 5.780 km².

Relevo: planalto de topografia suave.

Vegetação: cerrado.

Produto Interno Bruto: R$ 265,8 bilhões (3,5% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 92.732 (2021).

Mortalidade infantil: 9,8 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 9,8 por 100 mil habitantes (2022).

Espírito Santo

bandeira do espírito santo
(wikimedia/Reprodução)

O litoral do Espírito Santo (ES) espelha a diversidade de paisagens no estado, com trechos recortados por serras e morros, comuns no Sudeste, e áreas planas, com dunas e palmeiras, típicas do Nordeste. A estreita faixa litorânea teve ocupação antiga, enquanto as serras acolheram grande parte dos imigrantes alemães, italianos, suíços, holandeses e açorianos que chegaram à região a partir do século 19. A capital, Vitória, localiza-se numa ilha costeira. Ao sul, Guarapari é conhecida pelas praias de areia monazítica. No litoral norte está o Parque Estadual de Itaúnas, com praias de dunas altas. Com 2.892 metros, o Pico da Bandeira, na serra do Caparaó, é o terceiro ponto mais alto do Brasil.

Isso é o Espírito Santo

Habitante: capixaba.

Capital: Vitória (vitoriense).

População: 3,8 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (39,2%), indígenas (0,2%), pardos (50,9%), pretos (9,5%) (2013).

Área: 46.095 km².

Relevo: baixada litorânea e serras.

Vegetação: floresta tropical (mata atlântica) e vegetação litorânea.

Municípios com mais habitantes: Serra (521 mil), Vila Velha (468 mil), Cariacica (354 mil), Vitória (323 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 138,4 bilhões (1,8% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 45.353 (2021).

Mortalidade infantil: 9,8 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 26,2 por 100 mil habitantes (2022).

Goiás

bandeira de goiás
(wikimedia/Reprodução)

Goiás (GO), o mais central dos estados brasileiros e o mais populoso da região Centro-Oeste, tem origem na descoberta do ouro no final do século 17. O centro histórico de sua antiga capital, a cidade de Goiás, é considerado Patrimônio Mundial pela Unesco. O relevo de chapadões e planaltos é coberto pelo cerrado, que tem sido destruído progressivamente pela agropecuária. No extremo nordeste, o distrito espeleológico de São Domingos revela conjuntos de cavernas que estão entre os maiores do Brasil. Nas imediações fica o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A culinária tem influência mineira e paulista, com pratos como o empadão goiano e o peixe na telha. Em Pirenópolis, a Festa do Divino Espírito Santo, realizada há quase dois séculos, é patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Isso é Goiás

Habitante: goiano.

Capital: Goiânia (goianiense).

População: 7,1 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,4%), brancos (39,8%), indígenas (0,1%), pardos (53,6%), pretos (6,1%) (2013).

Área: 340.111 km².

Relevo: planalto, chapadas e serras, com depressão ao norte.

Vegetação: cerrado com faixas de floresta tropical (mata atlântica).

Municípios com mais habitantes: Goiânia (1,4 milhão), Aparecida de Goiânia (528 mil), Anapólis (399 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 224,1 bilhões (2,9% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 37.414 (2021).

Mortalidade infantil: 11,4 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 16,8 por 100 mil habitantes (2022).

Maranhão

bandeira do maranhão
(wikimedia/Reprodução)

Localizado na região brasileira mais próxima da Europa, o Maranhão (MA) foi alvo de disputa, no período colonial, entre portugueses, franceses e holandeses. As influências dos colonizadores, somadas às de índios e negros, resultaram numa identidade própria, que dá ao estado um lugar particular na cultura brasileira.

A principal manifestação popular maranhense é o Bumba Meu Boi, declarado patrimônio cultural do Brasil em 2011. Há também o tambor de crioula. A religiosidade no estado é marcada pelos rituais afro-brasileiros, como o tambor de mina. Na culinária, doces portugueses dividem a mesa com os de frutas nativas, como bacuri e jenipapo; um prato típico é o arroz de cuxá, feito com a vinagreira, planta de origem africana.

Coberto em boa parte pela mata de cocais, o Maranhão fica na zona de transição entre a caatinga e a floresta amazônica, que ocupa o oeste de seu território. Na zona de cerrado, ao sul, cresce a produção agrícola. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no norte, abrange 155 mil hectares de dunas, rios, lagos e manguezais. Na divisa com o Piauí está o delta do rio Parnaíba, o maior do Brasil.

Isso é o Maranhão

Habitante: maranhense.

Capital: São Luís (ludovicense).

População: 6,8 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,4%), brancos (19,8%), indígenas (0,4%), pardos (67,2%), pretos (12,2%) (2013).

Área: 331.937 km².

Relevo: costa recortada, planície litorânea com dunas e planaltos no interior.

Vegetação: mangues no litoral, mata de cocais a leste, floresta amazônica a oeste e cerrado no sul.

Municípios com mais habitantes: São Luís (1 milhão), Imperatriz (273 mil), São José de Ribamar (245 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 106,9 bilhões (1,4% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 17.471 (2021).

Mortalidade infantil: 13,7 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 25,1 por 100 mil habitantes (2022).

Mato Grosso

bandeira do mato grosso
(wikimedia/Reprodução)

Terceiro maior estado em área, o Mato Grosso (MT) tem a menor densidade demográfica do Centro-Oeste. Com rica diversidade biológica, possui matas nativas de três dos biomas nacionais – Amazônia, Cerrado e Pantanal. O relevo é pouco acidentado e alterna grandes chapadas, no planalto mato-grossense, com altitudes entre 400 e 800 metros, e áreas inundáveis da planície pantaneira. Ao norte, está o Parque Indígena do Xingu, criado há mais de 50 anos, onde diferentes povos indígenas preservam suas línguas e tradições.

A enorme expansão da pecuária e da agricultura atraiu imigrantes de todas as regiões a partir da década de 1990. Por isso, Mato Grosso está entre os estados que mais desmataram a vegetação nativa no período recente.

Isso é o Mato Grosso

Habitante: mato-grossense.

Capital: Cuiabá (cuiabano).

População: 3,7 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,4%), brancos (33,6%), indígenas (0,1%), pardos (57,2%), pretos (8,6%) (2013).

Área: 903.366 km².

Relevo: planalto e chapadas no centro, planície a oeste depressões ao sul e planaltos ao norte.

Vegetação: cerrado na metade leste, floresta amazônica a noroeste e pantanal a oeste.

Municípios com mais habitantes: Cuiabá (651 mil), Várzea Grande (300 mil), Rondonópolis (245 mil) (2021).

Produto Interno Bruto: R$ 178,6 bilhões (2,3% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 65.426 (2021).

Mortalidade infantil: 12,1 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 25,2 por 100 mil habitantes (2022).

Mato Grosso do Sul

bandeira mato grosso do sul
(Wikimedia/Reprodução)

Cortado ao sul pelo Trópico de Capricórnio, Mato Grosso do Sul (MS) abriga, a oeste, 60% do Pantanal Mato-Grossense, a maior planície alagável do mundo, com 150 mil km2. Patrimônio natural da humanidade pela Unesco, o bioma tem sido ameaçado pela produção de carvão vegetal e pela expansão de pastagens e indústrias. Sua biodiversidade reúne rica variedade de peixes, pássaros, répteis, como sucuris e jacarés, e mamíferos, como a onça-pintada e a capivara. Como destaque turístico há também as grutas e os rios cristalinos de Bonito, na serra da Bodoquena. Corumbá, às margens do rio Paraguai, tem sua área portuária e casarões tombados pelo patrimônio histórico brasileiro. A agropecuária é favorecida pelas férteis terras roxas, a leste, e pela proximidade com São Paulo e Minas Gerais. Próximo de Corumbá, no maciço de Urucum, há uma expressiva jazida de ferro e manganês.

Isso é o Mato Grosso do Sul

Habitante: sul-mato-grossense.

Capital: Campo Grande (campo-grandense).

População: 2,8 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,8%), brancos (46,2%), indígenas (0,7%), pardos (46,9%), pretos (5,4%) (2013).

Área: 357.145 km².

Relevo: planície a oeste, depressão ao sul e planaltos a leste.

Vegetação: cerrado na área central, pantanal a oeste, floresta tropical (mata atlântica) a leste e sul.

Municípios com mais habitantes: Campo Grande (899 mil), Dourados (243 mil), Três Lagoas (132 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 122,6 bilhões (1,5% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 50.086 (2021).

Mortalidade infantil: 10,9 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 18,0 por 100 mil habitantes (2022).

Minas Gerais

bandeira de minas gerais
(wikimedia/Reprodução)

Com a maior área da região Sudeste, Minas Gerais (MG) é também o estado com a altitude média mais elevada no Brasil. Mais da metade de seu território fica acima de 600 m, com uma paisagem marcada por montanhas, grutas e vales. Na serra da Canastra estão as nascentes do rio São Francisco, que percorre 2,7 mil quilômetros antes de desaguar no litoral nordestino.

Minas Gerais possui o mais rico conjunto nacional de arquitetura e arte coloniais, em cidades históricas como Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Sabará, São João del Rei e Diamantina, heranças do Ciclo do Ouro, no século 18. Centro da Inconfidência Mineira, em 1789, quando se chamava Vila Rica, Ouro Preto abriga o mais completo e bem-conservado conjunto de obras de Aleijadinho, o principal escultor brasileiro do período barroco. A cozinha traz na origem a cultura nômade dos tropeiros, com pratos baseados em carne de porco, servida com feijão, couve, quiabo, milho e mandioca.

Além da forte tradição em pecuária de corte e de leite, a economia de Minas Gerais se vale de extensos recursos minerais, principalmente com a mineração de ferro. O estado tornou-se também o grande produtor nacional de café. Nas últimas décadas, o estado expande a sua indústria.

Isso é Minas Gerais

Habitante: mineiro.

Capital: Belo Horizonte (belo-horizontino).

População: 20,5 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (43,2%), indígenas (0,2%), pardos (47,3%), pretos (9,1%) (2013).

Área: 586.522 km².

Relevo: planaltos com escarpas e depressão na área central.

Vegetação: floresta tropical (mata atlântica) no centro-sul e leste e cerrado ao norte.

Municípios com mais habitantes: Belo Horizonte (2,3 milhões), Uberlândia (713 mil), Contagem (622 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 682,8 bilhões (9,0% do PIB nacional).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 40.052 (2021).

Mortalidade infantil: 10,4 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 12,1 por 100 mil habitantes (2022).

Pará 

bandeira do pará
(Wikimedia/Reprodução)

Segundo maior estado brasileiro em área, o Pará abriga importantes recursos naturais. Seu território é coberto pelo bioma Amazônia, cortado por grandes rios, como Amazonas, Xingu, Tocantins e Tapajós. Suas reservas minerais tornam o estado líder nacional na extração de manganês, bauxita, cobre e caulim, e o segundo na de ferro. O Pará carrega uma herança de graves problemas sociais ligados à pobreza, e enfrenta conflitos por terras e devastação ambiental em larga escala.

Com quase quatro séculos de existência, Belém, a capital paraense, é a mais antiga porta de entrada para a Amazônia. Nesse período, o Pará construiu uma cultura diversificada, que combina as influências das nações indígenas e de antigos quilombos, com uma grande população vinda do Nordeste. A culinária é marcante, aromática e de gostos fortes, com a maniçoba (cozido com carne de porco e o sumo das folhas da mandioca) e o pato no tucupi (com molho de mandioca-brava). A procissão do Círio de Nazaré, em outubro, reúne milhões de devotos em Belém e é considerada patrimônio cultural brasileiro.

Isso é o Pará

Habitante: paraense.

Capital: Belém (belenense).

População: 8,1 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,3%), brancos (19,9%), indígenas (0,9%), pardos (70,1%), pretos (8,9%) (2013).

Área: 1.247.954 km².

Relevo: planície amazônica ao norte, planície litorânea a nordeste, planaltos ao centro e depressão ao sul.

Vegetação: mangues no litoral, campos na ilha de Marajó e floresta amazônica.

Municípios com mais habitantes: Belém (1,3 milhão), Ananindeua (479 mil), Santarém (332 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 215,9 bilhões (2,8% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 29.953 (2021).

Mortalidade infantil: 14,9 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 27,9 por 100 mil habitantes (2022).

Paraíba

bandeira da paraíba
(wikimedia/Reprodução)

O extremo leste do continente sul-americano está no litoral da Paraíba (PB): é a ponta do Seixas, próxima à capital, João Pessoa. Com 117 quilômetros de extensão, o litoral paraibano é quase todo de praias de águas tranquilas, areia fina e coqueirais. Fora da faixa litorânea, ou Zona da Mata, o estado é formado pelo semiárido – com o Agreste, área de transição, e o Sertão, onde predomina a caatinga. No interior, a cidade de Campina Grande se destaca pelo forró e por sua famosa Festa de São João. Sousa atrai visitantes com as pegadas de animais pré-históricos no sítio paleontológico do Vale dos Dinossauros.

Isso é a Paraíba

Habitante: paraibano.

Capital: João Pessoa (pessoense).

População: 4 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,3%), brancos (35,2%), indígenas (0,9%), pardos (58,1%), pretos (5,5%) (2013).

Área: 56.469 km².

Relevo: planície no litoral, planalto na área central e depressão a oeste.

Vegetação: mangues no litoral, pequena faixa de floresta tropical (mata atlântica) e caatinga na maior parte do território.

Municípios com mais habitantes: João Pessoa (834 mil), Campina Grande (419 mil), Santa Rita (150 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 70,3 bilhões (0,9% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 19.081 (2021).

Mortalidade infantil: 12,7 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 25,1 por 100 mil habitantes (2022).

Paraná

bandeira do paraná
(Wikimedia/Reprodução)

Localizado na região Sul e cortado pelo Trópico de Capricórnio, o Paraná (PR) possui temperaturas amenas, o que constituiu um dos fatores de atração de imigrantes europeus a partir do século 19. O cultivo de café nas férteis terras roxas deu base para a expansão de sua economia. O estado passa a ser, depois, grande produtor de grãos. Seu desenvolvimento ganha forte impulso a partir da construção da hidrelétrica de Itaipu, inaugurada em 1984.

O Paraná abriga a maior área de remanescentes das matas de araucária, típicas do sul do Brasil. O estado apresenta o Parque Nacional do Iguaçu, declarado patrimônio natural da humanidade pela Unesco. A cultura paranaense é marcada historicamente pelo tropeirismo. No litoral, com influência de imigrantes açorianos, de tropeiros e de indígenas, o barreado tornou-se um prato típico, preparado com carne bovina, toucinho e temperos, cozidos lentamente em panela de barro fechada.

Isso é o Paraná

Habitante: paranaense.

Capital: Curitiba (curitibano).

População: 11,4 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (1,1%), brancos (67,7%), indígenas (0,2%), pardos (28%), pretos (3,1%) (2013).

Área: 199.307 km².

Relevo: baixada no litoral, planaltos a leste e oeste, depressão na área central.

Vegetação: mangues no litoral, floresta tropical (mata atlântica) na Serra do Mar e a oeste e mata de araucárias na área central.

Municípios com mais habitantes: Curitiba (1,8 milhão), Londrina (556 mil), Maringá (410 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 487,9 bilhões (6,4% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 47.421 (2021).

Mortalidade infantil: 9,3 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 17,7 por 100 mil habitantes (2022).

Pernambuco

bandeira de pernambuco
(Wikimedia/Reprodução)

Com um passado turbulento, Pernambuco (PE) guarda as marcas do domínio holandês no século 17. Possui um vasto patrimônio histórico, artístico e arquitetônico e é o berço do frevo e do maracatu. O clima é tropical no litoral e semiárido no Agreste e no Sertão. A maior parte de seu território está na caatinga.

Pernambuco é um dos principais polos turísticos brasileiros. Além de Recife e Olinda, possui 187 quilômetros de praias de areia fina e águas claras, com destaque para Tamandaré e Porto de Galinhas, no litoral sul, e a ilha de Itamaracá ao norte. A mais de 500 quilômetros da capital fica o arquipélago de Fernando de Noronha, considerado patrimônio natural da humanidade, que integra o estado. A feira de Caruaru, no Agreste, é uma das mais famosas do Nordeste. Na culinária tradicional, destacam-se a carne de sol com macaxeira e manteiga de garrafa e o sarapatel.

Isso é Pernambuco

Habitante: pernambucano.

Capital: Recife (recifense).

População: 9,1 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (34,3%), indígenas (0,7%), pardos (58,8%), pretos (6,1%) (2013).

Área: 98.148 km².

Relevo: planície litorânea com várzeas e lagos, planalto no centro e depressão a leste e a oeste.

Vegetação: mangues no litoral, floresta tropical (mata atlântica) e caatinga.

Municípios com mais habitantes: Recife (1,5 milhão), Jaboatão dos Guararapes (644 mil), Petrolina (386 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 193,3 bilhões (2,5% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 22.823 (2021).

Mortalidade infantil: 11,6 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 36,5 por 100 mil habitantes (2022).

Piauí

bandeira do piauí
(wikimedia/Reprodução)

Apesar de possuir o litoral menos extenso do Nordeste, com apenas 66 quilômetros de extensão, o Piauí (PI) apresenta paisagens únicas. Há uma rica biodiversidade no delta do Rio Parnaíba, com ilhas, lagoas, igarapés, praias de areia fina, dunas e coqueirais. Com clima tropical no litoral e semiárido no interior, o estado enfrenta longos períodos de seca. Grande parte de sua área está na caatinga. Na divisa com o Ceará, uma área de 3 mil km2 está em disputa entre os dois estados desde o século 19, e é reivindicada pelo Piauí na Justiça a partir de 2011. O estado é um dos mais pobres do país. Em seu território, possui importantes sítios arqueológicos, como os do Parque Nacional Serra da Capivara, considerado patrimônio cultural da humanidade desde 1991.

Isso é o Piauí

Habitante: piauiense.

Capital: Teresina (teresinense).

População: 3,3 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (25,1%), indígenas (0,1%), pardos (68,3%), pretos (6,4%) (2013).

Área: 251.577 km².

Relevo: terrenos baixos e arenosos no litoral, planaltos na maior parte do território e depressão a sudoeste.

Vegetação: mangues no litoral, mata de cocais a oeste e caatinga na maior parte do território.

Municípios com mais habitantes: Teresina (866 mil), Parnaíba (162 mil), Picos (83 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 56,4 bilhões (0,7% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 19.465 (2021).

Mortalidade infantil: 13,9 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 24,0 por 100 mil habitantes (2022).

Rio de Janeiro

bandeira do rio de janeiro
(wikimedia/Reprodução)

Tendo como capital a mais conhecida cidade brasileira, o estado do Rio de Janeiro (RJ) apresenta paisagens exuberantes no litoral e na zona serrana e possui a terceira maior população do país, atrás de São Paulo e Minas Gerais. Em sua rica história, o Rio de Janeiro já testemunhou uma invasão francesa, abrigou a Corte Portuguesa por mais de uma década e a capital brasileira por 300 anos, centralizou o comércio de ouro e de escravos e tornou-se o centro político da construção do Brasil contemporâneo. A herança desse passado está registrada em seu patrimônio histórico, museus e bibliotecas.

O município do Rio de Janeiro é mundialmente famoso pela beleza da baía de Guanabara, por sua vida cultural – em particular, o Carnaval e o samba – e por seus contrastes sociais, expressos nas favelas encravadas nos morros cariocas em meio à cidade.

A atividade turística, fundamental na capital, é forte também em Búzios e em Cabo Frio, no litoral norte, e em Angra dos Reis e Paraty, no sul. Na região serrana, destacam-se Petrópolis e Nova Friburgo, de colonização alemã e suíça, com estâncias e pousadas, além do Parque Nacional de Itatiaia, o mais antigo do Brasil.

Isso é o Rio de Janeiro

Habitante: fluminense.

Capital: Rio de Janeiro (carioca).

População: 16,1 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (48,2%), indígenas (0,1%), pardos (38,1%), pretos (13,4%) (2013).

Área: 43.780 km².

Relevo: planície litorânea com morros, lagos, várzeas e dunas, e planalto a oeste e norte.

Vegetação: mangues no litoral e floresta tropical (mata atlântica).

Municípios com mais habitantes: Rio de Janeiro (6,2 milhões), São Gonçalo (897 mil), Duque de Caxias (808 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 753,8 bilhões (9,9% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 54.359 (2020).

Mortalidade infantil: 12,6 por mil nascidos vivos.

Violência: homicídios dolosos: 19,1 por 100 mil habitantes.

Rio Grande do Norte

bandeira rio grande do norte
(Wikimedia/Reprodução)

Sob a ação constante de ventos alísios, o litoral do Rio Grande do Norte (RN) se caracteriza pela presença de dunas e falésias, tornando-o um dos mais belos do país. A vegetação, no litoral, mistura áreas de mangue e de mata tropical, e, no interior, prevalece a caatinga.

Por sua posição estratégica, no extremo nordeste da costa brasileira, Natal abriga o forte dos Reis Magos, fundado no século 16. Pelo mesmo motivo, recebeu bases dos Estados Unidos – uma aérea e uma naval – na 2ª Guerra Mundial.

Atualmente, o estado é o maior produtor nacional de sal e de petróleo extraído em terra. Na culinária, destacam-se a carne de sol, os pratos com frutos do mar e a paçoca de arroz com carne-seca pilada e farinha de mandioca.

Isso é o Rio Grande do Norte

Habitante: potiguar.

Capital: Natal (natalense).

População: 3,3 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,3%), brancos (39,9%), indígenas (0,1%), pardos (54,1%), pretos (5,6%) (2013).

Área: 52.811 km².

Relevo: planície no litoral, com depressão no interior e planaltos ao sul.

Vegetação: mangues no litoral, faixa de floresta tropical (mata atlântica) e caatinga a oeste.

Municípios com mais habitantes: Natal (751 mil), Mossoró (265 mil), Parnamirim (253 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 71,6 bilhões (0,9% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 22.516 (2021).

Mortalidade infantil: 11,3 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 30,2 por 100 mil habitantes (2022).

Rio Grande do Sul

bandeira do rio grande do sul
(wikimedia/Reprodução)

Maior e mais populoso estado da região Sul, o Rio Grande do Sul (RS) abriga o extremo meridional do país, o arroio Chuí. O estado tem clima temperado, planícies litorâneas e planaltos a oeste e a norte. A vegetação é variada: os campos dos pampas, as matas de araucária e as restingas. A lagoa dos Patos, no litoral, é a maior do Brasil.

Por sua história e geografia, o gaúcho cultiva tradições em comum com uruguaios e argentinos. Entre elas, destacam-se o chimarrão, o churrasco e o uso de trajes típicos, como as bombachas (calças folgadas, de origem turca), lenço no pescoço e poncho.

Os principais colonizadores do estado foram os imigrantes italianos, que se fixaram, sobretudo, na região serrana do nordeste do estado, e os alemães, que ocuparam a região do Vale do Rio dos Sinos, ao norte da capital, Porto Alegre. Os indicadores gaúchos, tanto os de economia quanto os sociais, são melhores que os da maioria dos estados brasileiros.

Isso é o Rio Grande do Sul

Habitante: gaúcho.

Capital: Porto Alegre (porto-alegrense).

População: 10,9 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (80,1%), indígenas (0,3%), pardos (13,9%), pretos (5,7%) (2013).

Área: 281.730 km².

Relevo: planície no litoral com restinga e areia, depressão no centro e planaltos a oeste e ao norte.

Vegetação: campos (campanha gaúcha) a sul e a oeste, floresta tropical (mata atlântica) a leste, matas de araucária a norte e mangues no litoral.

Municípios com mais habitantes: Porto Alegre (1,3 milhão), Caxias do Sul (464 mil), Canoas (348 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 470,9 bilhões (6,2% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 50.693 (2021).

Mortalidade infantil: 8,6 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 17,0 por 100 mil habitantes (2022).

Rondônia

bandeira da rondonia
(wikimedia/Reprodução)

Localizado na região Norte, Rondônia (RO) torna-se estado em 1981. Quase toda a sua área é originalmente de floresta amazônica. Território de ligação entre o centro-sul do país e os rios da bacia do Amazonas, Rondônia vê sua economia crescer nas últimas décadas com a vinda de uma migração maciça de colonos ligados à atividade agropecuária e com a operação da hidrovia pelo rio Madeira, a partir da capital, Porto Velho. Atualmente, o estado é uma das mais dinâmicas fronteiras agrícolas nacionais, com a consequência de um desmatamento em larga escala e conflitos fundiários. O ponto mais alto do estado é a Serra dos Pacaás Novos, onde há um parque nacional. O clima é equatorial, com chuvas abundantes.

Isso é Rondônia

Habitante: rondoniano.

Capital: Porto Velho (porto-velhense).

População: 1,6 milhão de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (35,1%), indígenas (0,2%), pardos (57,7%), pretos (6,8%) (2013).

Área: 237.590 km².

Relevo: planície a oeste, depressões e pequenos planaltos a norte, planalto a sudeste.

Vegetação: cerrado a oeste, floresta amazônica.

Municípios com mais habitantes: Porto Velho (460 mil), Ji-Paraná (124 mil), Ariquemes (97 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 51,6 bilhões (0,7% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 32.044 (2021).

Mortalidade infantil: 13,0 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 33,3 por 100 mil habitantes (2022).

Roraima

bandeira de roraima
(Wikimedia/Reprodução)

Situado no extremo norte do país, Roraima (RR) faz fronteira com a Venezuela e a Guiana. Cortado pela linha do Equador, o estado fica quase inteiramente no hemisfério norte. Na serra Pacaraima estão os montes Caburaí, ponto mais ao norte no Brasil, e Roraima, pico mais alto do estado, com 2.734 metros.

O clima em Roraima é predominantemente equatorial, quente e úmido. Localizado no bioma Amazônia, é o estado menos populoso do Brasil. Mais de 50% de seu território é formado por reservas ambientais e 31 áreas indígenas. Entre elas, as reservas dos índios ianomâmis e dos waimiris-atroaris. O estado apresenta graves problemas sociais, sobretudo pelas disputas de terras entre índios, fazendeiros e garimpeiros – interessados em áreas com jazidas de ouro, cassiterita e pedras preciosas. A influência indígena está marcada na culinária, à base de peixes, e no artesanato. Roraima liga-se à Guiana pela ponte binacional sobre o rio Itacutu.

Isso é Roraima

Habitante: roraimense.

Capital: Boa Vista (boa-vistense).

População: 637 mil habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,1%), brancos (22,3%), indígenas (4,2%), pardos (63%), pretos (10,4%) (2013).

Área: 224.300 km².

Relevo: planalto ao norte e depressões no sul.

Vegetação: floresta amazônica, com pequena faixa de cerrado a leste.

Municípios com mais habitantes: Boa Vista (413 mil), Rorainópolis (33 mil), Alto Alegre (21 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 16,0 bilhões (0,2% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 27.887 (2021).

Mortalidade infantil: 19,2 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 27,2 por 100 mil habitantes (2022).

Santa Catarina

bandeira de santa catarina
(wikimedia/Reprodução)

Menor e menos populoso estado da região Sul, Santa Catarina (SC) apresenta enseadas e muitas ilhas no litoral, planaltos a leste e a oeste e clima subtropical. O estado recebeu grande influência dos imigrantes portugueses, alemães e italianos. A faixa litorânea inclui a capital, Florianópolis, e foi colonizada por açorianos, que contribuíram para uma culinária marcada pela presença de peixes e frutos do mar. No sul do estado, há pratos de origem alemã, e, no norte, a marrecada. O estado tem destaque na produção nacional de suínos, pescados e aves. A economia catarinense é forte e diversificada, com destaque para a agroindústria.

Isso é Santa Catarina

Habitante: catarinense.

Capital: Florianópolis (florianopolitano).

População: 7,6 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,2%), brancos (84,5%), indígenas (0,2%), pardos (12,3%), pretos (2,8%) (2013).

Área: 95.736 km².

Relevo: terrenos baixos, enseadas e ilhas no litoral, planaltos a leste e a oeste e depressão na região central.

Vegetação: mangues no litoral, mata de araucária na região central e faixas de floresta tropical (mata atlântica) a leste e a oeste.

Municípios com mais habitantes: Joinville (616 mil), Florianópolis (537 mil), Blumenau (361 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 349,3 bilhões (4,6% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 58.400 (2021).

Mortalidade infantil: 9,3 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 7,8 por 100 mil habitantes (2022).

São Paulo

bandeira de são paulo
(wikimedia/Reprodução)

São Paulo (SP) detém o maior parque industrial do país e lidera a produção econômica, respondendo por quase um terço do PIB nacional. Sua riqueza produz uma vida social, política e cultural dinâmica e rica, que exerce importante impacto sobre o conjunto do Brasil.

Até o fim do século 18, o estado recebe forte influência da cultura indígena nos hábitos cotidianos e na língua. Depois, causa enormes mudanças a chegada maciça de imigrantes italianos, portugueses, espanhóis, japoneses, judeus, sírios, libaneses e, num período mais recente, de nordestinos, que ajudam a construir sua prosperidade e seus costumes.

Da mistura das tradições de povos ibéricos com indígenas vêm as bases mais antigas da alimentação, em ingredientes como as farinhas de milho e mandioca e o trigo. Entre os pratos típicos, há o feijão tropeiro, o cuscuz e o virado à paulista. A partir da influência de imigrantes estrangeiros, São Paulo incorporou e aprimorou uma culinária diversificada, com grande variedade de pizzas, pastéis e tipos de macarrão.

Isso é São Paulo

Habitante: paulista.

Capital: São Paulo (paulistano).

População: 44,4 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (1%), brancos (63,1%), indígenas (0,1%), pardos (29,3%), pretos (6,4%) (2013).

Área: 248.222 km².

Relevo: planície litorânea estreita limitada pela Serra do Mar, planaltos e depressões no restante do território.

Vegetação: mangues no litoral, floresta tropical (mata atlântica) e algumas ocorrências de cerrado.

Municípios com mais habitantes: São Paulo (11,5 milhões), Guarulhos (1,3 milhão), Campinas (1,1 milhão) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 2,377 trilhões (31,2% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 58. 302 (2021).

Mortalidade infantil: 9,9 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 6,9 por 100 mil habitantes (2022).

Sergipe

bandeira de sergipe
(wikimedia/Reprodução)

Menor estado brasileiro, Sergipe (SE) apresenta clima tropical na Zona da Mata e semiárido no Agreste, região na qual predomina a caatinga. A capital do estado, Aracaju, é uma das primeiras cidades planejadas do Brasil. Na antiga capital, São Cristóvão, a praça central, do período colonial, é considerada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco.

A culinária litorânea oferece pratos como a moqueca de pitu, a caranguejada e o caldo de sururu. No semiárido, a paçoca de carne-seca pilada com farinha é característica da cultura sertaneja. Sergipe significa “rio dos siris” em tupi.

Isso é Sergipe

Habitante: sergipano.

Capital: Aracaju (aracajuano).

População: 2,2 milhões de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,4%), brancos (27,5%), indígenas (0,2%), pardos (63,8%), pretos (8%) (2013).

Área: 21.915 km².

Relevo: planície litorânea com várzeas e depressão no restante do território.

Vegetação: mangues no litoral, faixa de floresta tropical (mata atlântica) e caatinga na maior parte do território.

Municípios com mais habitantes: Aracaju (603 mil), Nossa Senhora do Socorro (192 mil), Itabaiana (103 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 45,4 bilhões (0,6% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 22.177 (2021).

Mortalidade infantil: 15,9 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 26,2 por 100 mil habitantes (2022).

Tocantins

bandeira de tocantins
(wikimedia/Reprodução)

O Tocantins (TO), estado mais recente do país, fica no centro do território nacional. Cortado pela bacia dos rios Tocantins e Araguaia, apresenta características climáticas e físicas tanto da zona central do Brasil quanto da Amazônia. O cerrado cobre quase 90% do território, sendo o restante ocupado por florestas. No sudoeste está a ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, que abriga o Parque Nacional do Araguaia e reservas indígenas, como a dos carajás. No município de Filadélfia, ao norte, encontra-se o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas, uma das maiores florestas fossilizadas do mundo.

Isso é Tocantins

Habitante: tocantinense.

Capital: Palmas (palmense).

População: 1,5 milhão de habitantes (2022).

Cor e raça: amarelos (0,4%), brancos (24,3%), indígenas (0,1%), pardos (67,7%), pretos (7,5%) (2013).

Área: 277.720 km².

Relevo: depressão na maior parte do território, planaltos a sul e nordeste, planície na região central.

Vegetação: floresta amazônica a norte, cerrado na maior parte do território.

Municípios com mais habitantes: Palmas (303 mil), Araguaína (171 mil), Gurupi (85 mil) (2022).

Produto Interno Bruto: R$ 43,6 bilhões (0,6% do PIB nacional) (2020).

Composição do PIB: agropecuária: 7,3%, indústria: 25,5%, serviços: 67,2% (2012).

PIB per capita: R$ 32.214 (2021).

Mortalidade infantil: 10,6 por mil nascidos vivos (2020).

Violência: homicídios dolosos: 27,5 por 100 mil habitantes (2022).

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