Assine Guia do Estudante ENEM por 15,90/mês
Continua após publicidade

Em pronunciamento, Milton Ribeiro comemora ações do governo

Ministro classificou o reajuste salarial dos professores como uma "homenagem do governo Bolsonaro". Especialistas em educação criticaram o tom do discurso

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 2 fev 2022, 13h36 - Publicado em 2 fev 2022, 12h54

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez um pronunciamento em rede nacional nesta terça-feira (1º) para divulgar ações do Governo Federal na área da educação, em especial o reajuste no piso salarial de professores da educação básica. O ministro afirmou que trata-se do maior reajuste da história. Ele também mencionou a medida provisória do governo que permitirá aos estudantes inadimplentes renegociarem as dívidas do Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil.

O discurso do ministro ecoou o do presidente Jair Bolsonaro, que em 27 de janeiro, quando o reajuste dos professores foi aprovado, comemorou a ação nas redes sociais. Ambos afirmam que a medida beneficiará mais de 1,7 milhão de professores dos estados e municípios. Segundo Milton Ribeiro, essas e outras medidas recentes são “grandes homenagens que o governo do presidente Bolsonaro presta aos estudantes, aos professores e à educação brasileira.”

Especialistas da educação, no entanto, criticaram o tom positivo do pronunciamento. Em publicação nas redes sociais, Salomão Ximenes, professor de Direito e Políticas Públicas da UFABC e membro da Ação Educativa, afirmou que o mérito do reajuste não é do governo Bolsonaro, e sim da lei de 2008 que instituiu o piso para professores do Ensino Básico. Trata-se de uma lei que vincula o reajuste salarial dos professores ao chamado valor aluno, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “A verdade é que o piso é uma política de estado tão efetiva na valorização do magistério que consegue induzir até um delinquente a agir conforme a lei”, escreveu Ximenes.

Já o ex-ministro da Educação e autor da lei, Cristovam Buarque (Cidadania), disse em entrevista ao UOL que o reajuste não alcança todos os professores, mas apenas aqueles que recebem abaixo do piso. Também lembrou que o ônus do reajuste recai sobre os estados e municípios, responsáveis pela maior parte da folha de pagamento dos professores.

Busca de Cursos

Continua após a publicidade

“Ficou faltando uma outra lei, que foi o projeto que deixei, que esse piso deveria ser pago pelo governo federal. Os prefeitos têm razão de dizer ‘como é isso’? O presidente determina o salário que nós vamos ter que pagar com nossos recursos?'”, afirmou o ex-ministro. Desde que o reajuste do piso foi anunciado pelo governo federal, prefeitos e governadores ameaçam ir à justiça e classificam a medida como uma “bomba fiscal”.

+ Entenda o novo Fundeb, aprovado na Câmara dos Deputados em 2020

Prepare-se para o Enem sem sair de casa. Assine o Curso PASSEI! do GUIA DO ESTUDANTE e tenha acesso a todas as provas do Enem para fazer online e mais de 180 videoaulas com professores do Poliedro, recordista de aprovação nas universidades mais concorridas do país.

Publicidade
Em pronunciamento, Milton Ribeiro comemora ações do governo
Notícia
Em pronunciamento, Milton Ribeiro comemora ações do governo
Ministro classificou o reajuste salarial dos professores como uma "homenagem do governo Bolsonaro". Especialistas em educação criticaram o tom do discurso

Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se você já é assinante faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

DIGITAL
DIGITAL

Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

A partir de R$ 9,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.