As ‘Profissões do Futuro’ de 10 anos atrás: o que acertaram e o que ficou pelo caminho
De médicos a arqueólogos espaciais, veja como eram as previsões para o mercado de trabalho em 2015, e quais delas se concretizaram
O ano era 2015. Estados Unidos e Cuba reatavam relações diplomáticas, o Brasil vivia o início do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, e o mosquito Aedes aegypti dominava as manchetes – assim como os cursos de Engenharia dominavam as escolhas universitárias. Naquela época, as previsões sobre as profissões do futuro mesclavam carreiras tradicionais e possibilidades que pareciam saídas de ficção científica.
Mas será que essas apostas acertaram? Confira abaixo quais eram as profissões mais promissoras previstas em 2015 e como elas se encaixam no cenário atual.
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As ‘Profissões do Futuro’ em 2015
Em 2015, as discussões sobre o mercado de trabalho do futuro já começavam a ganhar destaque. Embora Inteligência Artificial e Dados fossem temas emergentes, muitas previsões ainda estavam ancoradas em profissões tradicionais ou em tendências sociais da época. Veja algumas das principais apostas feitas pelos futurologistas Graeme Codrington e Joe Tankersley em entrevista à Fast Company na época:
1. Profissões Essenciais na Saúde
Médicos, enfermeiros, terapeutas e farmacêuticos foram apontados como indispensáveis, principalmente devido ao envelhecimento da população global. A demanda por esses profissionais permanece alta até hoje.
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2. Direito Internacional
Advogados especializados em direito internacional também estavam entre os destaques, acompanhando a expansão das empresas globalizadas e a necessidade de regulamentações transnacionais.
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3. Criadores de Conteúdo Digital
Em um momento em que influenciadores digitais ainda engatinhavam, a profissão já era vista como promissora. Hoje, criadores de conteúdo são uma realidade consolidada no mercado.
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4. Marketing e Gestão de Pessoas
Especialistas em marketing e profissionais focados na gestão humana foram destacados como fundamentais para empresas que buscariam se adaptar às novas transformações digitais.
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5. Educação Online
Professores continuariam sendo essenciais, mas com um modelo diferente: autônomos ou independentes, voltados para cursos online e educações alternativas. A previsão, sem dúvidas, antecipou o crescimento exponencial do ensino remoto que vemos hoje.
6. Agricultura Sustentável
Agricultores focados na comercialização de produtos da agricultura familiar também eram apontados como cruciais para um futuro mais sustentável.
Tendência prevista: mercado sob demanda
Outra tendência prevista foi a transformação das relações de trabalho. Joe Tankersley acreditava que muitas dessas profissões seriam exercidas sob demanda, com profissionais autônomos em vez de empregados fixos.
Essa previsão se concretizou com a ascensão da gig economy (economia sob demanda), que abrange desde motoristas de aplicativos até freelancers digitais.
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Previsões mais ousadas
Algumas ideias extrapolavam o senso comum e apostavam em cenários mais ousados. Steve Tooze, especialista em tendências de mercado, listou em entrevista à BBC, em 2016, algumas funções mais futuristas que surgiriam nos próximos anos.
- Arqueólogos de Lixo Espacial: profissionais responsáveis por localizar e explorar destroços em órbita terrestre;
- Especialistas em Memória: focados no armazenamento não apenas digital, mas também humano;
- Designers de Partes do Corpo Humano: voltados para criar próteses ou melhorias corporais personalizadas.
- Estrategistas Ambientais: profissionais dedicados à recuperação da natureza.
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Acertos e erros
Embora algumas previsões tenham sido certeiras – como o crescimento dos criadores de conteúdo digital e a educação online –, outras ainda parecem distantes ou limitadas a nichos específicos.
De qualquer forma, as profissões essenciais à saúde e à sustentabilidade continuam sendo pilares do mercado de trabalho atual.
A pergunta que fica agora é: qual profissão de 2025 ainda será uma ‘profissão do futuro’ em 2035?
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