Saiba por que se dedicar aos estudos é o melhor investimento
Grandes líderes utilizam seu tempo para buscar conhecimento
O que o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o fundador da Microsoft, Bill Gates, e o investidor Warren Buffet têm em comum? Os três dedicam tempo diário para estudar. Seja lendo trinta minutos por dia, seis horas por dia, ou um livro por semana: eles reconhecem a importância de buscar conhecimento. E, mesmo tendo as rotinas mais ocupadas, encontram tempo para aprender.
Não são só eles, muitos líderes declaram ler com consistência – e até dedicam pelo menos parte do seu sucesso a este hábito. De fato, pesquisas de várias partes do mundo comprovam que a leitura melhora as habilidades sociais e os resultados dos processos de aprendizado.
No entanto, para o empreendedor Michael Simmons, ler e estudar é ainda mais valioso do que parece, principalmente na era da tecnologia em que vivemos. Criador da Empact, companhia que procura disseminar a cultura de empreendedorismo em comunidades no mundo todo, ele considera que, atualmente, o conhecimento é o melhor investimento que qualquer um pode fazer.
O aprendizado sempre foi importante, mas, segundo ele, o capital intelectual – soma da inteligência, habilidade e conhecimentos humanos – hoje, vale mais do que o capital financeiro. Isso porque a tecnologia desvaloriza rapidamente bens e serviços. Um exemplo claro é o dos smartphones, que englobam funcionalidades que totalizariam cerca de $900 mil dólares nos anos 80.
Uma pesquisa da consultoria estratégica McKinsey & Company mostrou que, até 2030, cerca de 14% dos trabalhadores globais podem ter que trocar de ocupação em função da automação. Outro estudo, da PricewaterhouseCoopers, é ainda menos otimista e aponta que 30% das funções correm risco de serem automatizadas, até o mesmo ano.
De acordo com Michael, a falta de pessoas com as habilidades e conhecimentos necessários está se tornando o principal problema do mercado. “Assim como o dinheiro, o conhecimento serve, frequentemente, como meio de troca e armazenamento de valor”, diz ele.
“Mas, ao contrário do dinheiro, quando você usa o conhecimento ou o cede, você não o perde. A transferência de conhecimento em qualquer lugar do mundo é gratuita e instantânea.”
Ritual de aprendizado
Se as pessoas mais ocupadas do mundo conseguem manter hábitos de estudo diários, é possível para todos. Michael sugere três etapas indispensáveis para criar um ritual de aprendizado eficiente:
1. Encontrar tempo para ler, independentemente das circunstâncias diárias
2. Criar consistência na utilização do tempo para estudo, sem procrastinar ou se distrair
3. Aumentar os resultados do processo de aprendizado utilizando técnicas que o facilitam e aplicando o que entender
Como buscar conhecimento efetivamente
Ler não é a única forma de buscar conhecimento. Estudando a rotina de grandes líderes, Michael percebeu que seus hábitos de aprendizado se dividiam em duas categorias principais, além da leitura.
A reflexão é uma delas. Michael conta que o CEO da AOL, Tim Armstrong, insistia que sua equipe sênior utilizasse quatro horas da semana para reflexão e que o CEO do LinkedIn, Jeff Weiner, programa duas horas por dia para este fim. Os empresários bilionários Ray Dalio e Sara Blakely também dedicam tempo para refletir sobre os acontecimentos.
Experimentar é o terceiro modo eficaz de buscar conhecimento, para Michael. Ele exemplifica esta prática contando que o Google permitia aos funcionários que 20% do tempo de trabalho fosse utilizado para experimentação. O Facebook também encoraja e até dedica uma maratona para testes – a hackathon.
“Assim como temos doses recomendadas de vitaminas, passos por dia e minutos de exercícios aeróbicos para manter a saúde física, precisamos ser rigorosos quanto à dose mínima de aprendizado deliberado.”
Mesmo pequenos passos dão resultado: 15 minutos de dedicação por dia, por exemplo, somam mais de 100 horas em um ano. Por isso, para Michael, tempo e energia não deveriam ser considerados empecilhos, mas, sim, desafios completamente superáveis.
Esta matéria foi publicada originalmente no portal Na prática, da Fundação Estudar.