Engenharia Ambiental e Sanitária
A principal função deste engenheiro é preservar os recursos naturais e proteger a saúde humana, reduzindo os danos causados ao meio ambiente
A principal função deste engenheiro é preservar os recursos naturais e proteger a saúde humana, reduzindo os danos causados ao meio ambiente pelas atividades humanas.
Na prática, o bacharel projeta, constrói e gerencia a operação de sistemas de obtenção e distribuição de água, de coleta e tratamento de esgoto e do descarte ou da reciclagem de resíduos sólidos. É responsável pelo diagnóstico, avaliação e prevenção da poluição do ar, do solo ou da água, causada por indústrias e construção de residências em áreas vulneráveis, como encostas e mananciais. Pode trabalhar em secretarias municipais e estaduais, ou em polos industriais.
O tecnólogo costuma trabalhar em parceria com o engenheiro, principalmente, na área de saneamento básico – na construção e na manutenção de redes de água, esgoto e coleta e disposição de lixo. Ambos podem lidar, ainda, com a construção de sistemas de drenagem, para prevenir enchentes. É possível ingressar na carreira com um curso superior de tecnologia.
Fique de Olho
ENGENHARIA AMBIENTAL OU ENGENHARIA SANITÁRIA?
A maioria das instituições denomina o curso como Engenharia Ambiental; outra parte, Engenharia Ambiental e Sanitária; e apenas duas escolas (Udesc e Ufam), Engenharia Sanitária.
Embora todas essas graduações tenham conteúdos relacionados à conservação e à recuperação de recursos naturais, em geral elas possuem algumas disciplinas específicas. Engenharia Ambiental vai focar mais nas questões ligadas à preservação do meio ambiente, ao licenciamento ambiental e à redução do impacto da poluição gerada por indústrias, por exemplo. Engenharia Sanitária vai ter mais matérias sobre abastecimento de água, coleta de lixo doméstico e tratamento de esgoto e resíduos industriais – mas pode não abordar licenciamento ambiental. Já Engenharia Ambiental e Sanitária vai combinar as duas áreas.
O que você pode fazer
Bioprocessos e biotecnologia: avaliar os efeitos de um processo ou produto sobre o meio ambiente.
Controle de poluição: reduzir o impacto de atividades industriais, urbanas e rurais sobre o meio ambiente. Monitorar a qualidade da água e fiscalizar a emissão de gases que prejudicam a qualidade do ar.
Geoprocessamento: realizar mapeamentos e levantamentos geográficos por meio de programas de computador.
Planejamento e gestão ambiental: elaborar relatórios de impacto ambiental e planos para o uso de recursos naturais. Assessorar empresas, órgãos públicos e ONGs. Estudar meios de reutilização de resíduos, para otimizar a produção e reduzir gastos.
Recuperação de áreas: criar e executar projetos que visam à recuperação de áreas degradadas ou afetadas pela poluição.
Recursos hídricos: racionalizar a exploração de rios, reservatórios e água subterrânea, controlando a qualidade e a quantidade de água consumida.
Saneamento: projetar, construir e operar sistemas de abastecimento de água e de coleta, transporte e tratamento de esgoto, lixo doméstico e resíduos industriais. Montar vários tipos de sistema de drenagem para prevenir enchentes e inundações.
Mercado de Trabalho
A preocupação com o ambiente e a cobrança das autoridades para que indústrias dos mais variados setores adotem ações de sustentabilidade, como programas de uso racional da água ou de tratamento de resíduos, eleva a procura pelo bacharel. A maior demanda parte de consultorias, onde este engenheiro é solicitado a atuar na área de licenciamento ambiental.
Muitos graduados também abrem seus próprios escritórios para trabalhar com a emissão de licenças. Grandes construtoras e empresas de energia procuram o profissional para avaliar e prevenir o impacto ambiental nas obras e cuidar da manutenção das operações de hidrelétricas e termelétricas.
Gestão hídrica, saneamento e recuperação de áreas degradadas são outros campos que necessitam do profissional.
Uma parte dos alunos é absorvida pelo setor público, para atuar em secretarias estaduais e municipais de meio ambiente e em agências reguladoras, como a Agência Nacional de Águas (ANA).
As oportunidades são maiores em capitais e cidades de médio porte, e em regiões com maior concentração de atividades industrial e agrícola, no Sudeste e Sul.
Curso
Algumas escolas oferecem o bacharelado apenas em Engenharia Ambiental, outras focam em Engenharia Sanitária e algumas, em Engenharia Ambiental e Sanitária.
O currículo, porém, é multidisciplinar, com matérias das áreas das Ciências Exatas e Biológicas. Aulas de física, química e estatística alternam-se com as de ecologia, geologia, hidrologia, topografa e hidráulica. A partir do terceiro ano, começam as disciplinas profissionalizantes, como tratamento de resíduos, cálculo de emissões na atmosfera, hidráulica ambiental e recursos hídricos e avaliação de impactos ambientais.
O estágio é obrigatório, bem como a apresentação de um projeto de conclusão de curso.
Atenção: Ufra-PA e a Fametro-AM têm enfoque em energias renováveis, e a UFF (RJ), em recursos hídricos.
Duração média: 5 anos.
Outros nomes: Eng. Amb.; Eng. Amb. e Energias Renováveis; Eng. de Energias e Meio Amb. (eng. amb.); Eng. de Rec. Hídricos e do Meio Amb.; Eng. Sanitária; Eng. Sanitária e Amb.
Legenda:
Estrelas da Avaliação do Guia do Estudante
★★★★★ - Excelente
★★★★ – Muito bom
★★★ - Bom
CPC – Conceito Preliminar de Curso ① ② ③ ④ ⑤
O CPC é o indicador do Ministério da Educação que mede a qualidade dos cursos. Ele varia de 1 (menor valor) a 5 (maior valor). Ele está informado na ficha do curso para todas as graduações que tinham esse indicador disponível (fonte: site do Inep, anos 2014, 2013 e 2012).
Cifrões – Referem-se às faixas de preço da mensalidade:
$ - Até 500,00 reais
$$ - De 500,01 a 750,00 reais
$$$ - De 750,01 reais a 1.000,00 reais
$$$$ - De 1.000,01 a 1.500,00 reais
$$$$$ - Acima de 1.500,01 reais
n/i - Valor não informado