Engenharia Hídrica
É o setor da engenharia que cuida da exploração, do uso e da gestão dos recursos hídricos
É o setor da engenharia que cuida da exploração, do uso e da gestão dos recursos hídricos. Planejar e orientar a utilização das águas de bacias hidrográficas, prevenindo os impactos negativos que elas possam sofrer em consequência de atividades industriais, agrícolas e urbanas, é a principal função do engenheiro com essa formação.
Ele cuida da captação, do transporte, do emprego e do tratamento da água para atender a população e reduzir ou evitar eventuais danos ambientais. O profissional calcula a demanda e a disponibilidade hídrica nas bacias e auxilia na implantação de políticas de uso e controle de qualidade da água, bem como da manutenção e recuperação de mananciais. Também cabe a ele elaborar redes de água e esgoto, de irrigação e drenagem.
No setor de energia, atua na operação de reservatórios e no planejamento dos recursos hídricos. Ao lado dos engenheiros sanitaristas e ambientais, trabalha com a recuperação e a manutenção desses recursos. Com engenheiros civis, projeta canais, portos e barragens.
Fique de Olho
CRISE HÍDRICA GERA OPORTUNIDADES
Não é de hoje que o Brasil sofre com a escassez hídrica, mas nos últimos anos a falta de água se ampliou e passou a afetar regiões que normalmente não conviviam com esse problema. De acordo com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Regional, 872 municípios em todo o país estavam em situação de emergência por causa da estiagem em março de 2017.
A maioria se localiza nos estados da região Nordeste, mas municípios de Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso também aparecem na lista. Esse problema reforça a importância da conscientização sobre o uso racional do recurso, bem como de se investir em infraestrutura, em técnicas de reúso, em campanhas em prol da redução de desperdício e na preservação de mananciais.
Todas essas missões permeiam o trabalho do engenheiro hídrico, bem como o ambiental e o sanitário, indicando que esses profissionais são cada vez mais necessários.
O que você pode fazer
Estudos ambientais: elaborar projetos, programas e ações de proteção ambiental, que, por meio do estudo e monitoramento de parâmetros hidrológicos, sejam capazes de avaliar o impacto de obras de grande porte na natureza, como usinas hidrelétricas e estradas.
Gestão de bacias: planejar a utilização da água de bacias hidrográficas, visando à otimização qualitativa e quantitativa do recurso água, administrando tecnicamente questões de uso conflitante de recursos hídricos.
Operação de reservatórios: administrar o uso das águas de represas, aliando a geração de energia elétrica com atividades de irrigação, transporte e lazer.
Projetos: projetar sistemas e redes de irrigação, drenagem, bombeamento, tratamento e distribuição de água. Definir obras e estruturas hidráulicas em geral, como canais e portos.
Mercado de Trabalho
O mercado está favorável para os bacharéis com essa formação. A crise hídrica vivenciada por diversos municípios do país nos últimos anos, inclusive pela cidade de São Paulo, reforça a necessidade desse profissional em equipes responsáveis pela gestão dos recursos hídricos.
Para completar o cenário, o país guarda mais de 12% do total de água potável superficial do planeta e precisa preservar seus mananciais hídricos, como o Aquífero Guarani, um dos maiores depósitos subterrâneos de água do mundo.
O setor mais aquecido é o de projetos de sistemas de irrigação e bombeamento, que visam a garantir o abastecimento de água no meio rural e em centros urbanos. O bacharel ainda pode trabalhar no monitoramento, diagnóstico, manejo e gestão dos recursos hídricos, em condições naturais ou em estruturas artificiais. Ele também encontra vagas na área de desenvolvimento tecnológico de ferramentas para avaliação dos recursos hídricos e processos envolvidos com a água.
Sua atuação vai desde o planejamento até a execução de projetos na área ambiental e na de infraestrutura hídrica. Os setores elétrico, de saneamento básico, de portos e hidrovias também abrem vagas para o graduado.
Há oportunidades em todo o país, a maioria delas nas regiões sul, em companhias como a Itaipu Binacional, e sudeste. No entanto, as políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento do Nordeste têm aberto postos de trabalho nos estados daquela região.
Curso
O primeiro ano é focado num ciclo básico, com matemática, física, cálculo e química, além de matérias introdutórias, que fornecem um panorama do curso. A partir do segundo ano, começam as disciplinas específicas, nas quais o aluno conhece as principais formas de ocorrência e o uso das fontes hídricas e detalhes sobre geração de energia elétrica.
Há, ainda, aulas de microbiologia, ecologia, hidrologia, economia de recursos naturais e irrigação e drenagem.
Ética profissional e legislação ambiental fazem parte do currículo. Aulas em laboratório e atividades de campo, como visitas técnicas a usinas hidrelétricas, são promovidas durante o curso. Estágio e trabalho de conclusão são obrigatórios.
Duração média: 5 anos.
Legenda:
Estrelas da Avaliação do Guia do Estudante
★★★★★ - Excelente
★★★★ – Muito bom
★★★ - Bom
CPC – Conceito Preliminar de Curso ① ② ③ ④ ⑤
O CPC é o indicador do Ministério da Educação que mede a qualidade dos cursos. Ele varia de 1 (menor valor) a 5 (maior valor). Ele está informado na ficha do curso para todas as graduações que tinham esse indicador disponível (fonte: site do Inep, anos 2014, 2013 e 2012).
Cifrões – Referem-se às faixas de preço da mensalidade:
$ - Até 500,00 reais
$$ - De 500,01 a 750,00 reais
$$$ - De 750,01 reais a 1.000,00 reais
$$$$ - De 1.000,01 a 1.500,00 reais
$$$$$ - Acima de 1.500,01 reais
n/i - Valor não informado