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Engenharia de Pesca

O engenheiro de pesca trabalha com a cultura, a criação, a captura e a industrialização de organismos aquáticos

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 17 Maio 2019, 17h01 - Publicado em 21 Maio 2012, 16h01
Engenharia de Pesca
(GE/Guia do Estudante)

O engenheiro de pesca trabalha com a cultura, a criação, a captura e a industrialização de organismos aquáticos. Ele é preparado para aplicar novos métodos e tecnologias na localização, captura, beneficiamento e conservação de peixes, crustáceos e moluscos. Também se ocupa para que a exploração dos recursos pesqueiros seja feita de forma sustentável.

Pode, ainda, se dedicar à criação ou reprodução desses animais, em fazendas aquáticas. Suas atribuições incluem os aspectos administrativos e de gestão da pesca ou da aquicultura, bem como a instalação e a manutenção de equipamentos usados pela indústria pesqueira e de beneficiamento.

No setor público, o engenheiro da pesca pode atuar no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cuidando do ordenamento dos recursos pesqueiros e da política de fomento à pesca e à aquicultura no país, e na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), onde trabalha na inspeção do pescado e na prestação de assistência técnica ao produtor.

Fique de Olho

ENGENHARIA DE AQUICULTURA

A Engenharia de Pesca e a Engenharia de Aquicultura são cursos semelhantes, com quase a mesma base. A principal diferença é que a primeira tem foco na pesca extrativa e nos aspectos relativos ao ordenamento pesqueiro, ecologia, dinâmica de populações e navegação, enquanto a segunda centra-se, exclusivamente, na produção, ou seja, não existe atividade pesqueira.

O currículo de Engenharia de Aquicultura abrange a produção de quase todas as espécies cultiváveis (peixes, camarões, rãs, algas etc.), além da construção de complexos aquícolas.

O que você pode fazer

Administração e economia pesqueira: planejar, implantar e gerenciar empresas pesqueiras.

Aquicultura: projetar fazendas e viveiros e desenvolver técnicas para a criação de organismos marinhos e de água doce. Estudar a viabilidade econômica, técnica e jurídica de empreendimentos de aquicultura e dar consultoria em fazendas aquáticas.

Ecologia aquática: estudar ecossistemas aquáticos a fim de garantir a exploração sustentável dos recursos.

Extensão pesqueira: orientar comunidades de pescadores para aumentar a produtividade e o desenvolvimento econômico e social da região de maneira sustentável.

Investigação, planejamento e tecnologia pesqueira: pesquisar o potencial pesqueiro de uma região e elaborar programas para seu desenvolvimento. Criar técnicas de localização e captura de animais aquáticos.

Produção: desenvolver técnicas de criação de peixes (piscicultura), mariscos (maricultura), camarões (carcinicultura) e plantas aquáticas.

Tecnologia do pescado: fazer o controle sanitário e inspecionar a conservação, o beneficiamento e a industrialização do pescado, agregando valor e desenvolvendo novos produtos.

Mercado de Trabalho

O Brasil possui um litoral com 7,4 mil quilômetros de extensão e abriga 12% de toda a água doce do planeta. Por isso, o país tem grande potencial para a produção do pescado.

Este engenheiro encontra espaço tanto na indústria de beneficiamento de peixes, mariscos e moluscos quanto em órgãos públicos, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural).

As fazendas aquáticas são outra boa opção, já que, segundo a legislação, esses estabelecimentos devem ter a presença de um engenheiro de pesca como responsável técnico. Atividades de consultoria, ensino e pesquisa – particularmente as focadas em novas tecnologias de cultivo sustentável – absorvem profissionais.

No dia a dia, porém, sofrem com a concorrência de outros graduados que também atuam no setor, como oceanógrafos e biólogos.

Santa Catarina, principal polo pesqueiro do país com 25% da produção, tem o maior mercado. O Nordeste oferece perspectivas na área de aquicultura, no processamento de pescado e na produção de alevinos (filhotes de peixe). Na Região Centro-Oeste, frigoríficos e a piscicultura ganham espaço.

Curso

Disciplinas básicas, como cálculo, ecologia e zoologia, integram os anos iniciais, junto com biologia pesqueira, bioquímica, tecnologia de pesca, aquicultura, economia e administração pesqueira. As aulas práticas, em laboratório e a bordo de barcos, são abundantes. Nelas, o aluno aprende técnicas de navegação, captura e cultivo de peixes, moluscos e crustáceos.

Para se formar é preciso fazer estágio e apresentar um trabalho de conclusão de curso.

Atenção: algumas instituições oferecem o curso de Engenharia de Aquicultura; a UFMG possui um bacharelado em Aquacultura.

Duração média: 5 anos.

Outros nomes: Aquacultura; Eng. de Aquicultura.

 

Legenda:

Estrelas da Avaliação do Guia do Estudante

★★★★★ - Excelente

★★★★ – Muito bom

★★★ - Bom

CPC – Conceito Preliminar de Curso ① ② ③ ④ ⑤ 

O CPC é o indicador do Ministério da Educação que mede a qualidade dos cursos. Ele varia de 1 (menor valor) a 5 (maior valor). Ele está informado na ficha do curso para todas as graduações que tinham esse indicador disponível (fonte: site do Inep, anos 2014, 2013 e 2012). 

Cifrões – Referem-se às faixas de preço da mensalidade:

$ - Até 500,00 reais

$$ - De 500,01 a 750,00 reais

$$$ - De 750,01 reais a 1.000,00 reais

$$$$ - De 1.000,01 a 1.500,00 reais

$$$$$ - Acima de 1.500,01 reais

n/i - Valor não informado

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