Entrar na faculdade é um dos seus objetivos para este ano, certo? Então, para começar a se familiarizar com o assunto, preparamos este “manual” para você. Veja os principais termos que envolvem os cursos de graduação.
1) Tipos de instituição
Elas não são todas iguais. Conheça as principais diferenças entre elas:
Universidades: Desenvolvem atividades de ensino, pesquisa e extensão (atendimento à comunidade) em várias áreas do conhecimento. Podem abrir cursos novos, por exemplo, sem a necessidade de autorização do Ministério da Educação (MEC).
Centros universitários: Atuam em uma ou em diversas áreas do conhecimento. Não têm a obrigação de realizar atividades de pesquisa e extensão. Assim como as universidades, têm autonomia para criar cursos.
Faculdades: Atuam em uma ou várias áreas de conhecimento. São similares a institutos e escolas superiores. Não têm autonomia para abrir cursos, dependendo de autorização do MEC.
Institutos Federais e Cefets: Institutos e Centros Federais de Educação Tecnológica são equiparados às universidades federais.
Distribuição das instituições por tipo
Universidades |
8% |
Faculdades
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84% |
Centros Universitários |
6% |
IFs e Cefets |
2%
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Fonte: MEC, 2015
Distribuição das instituições entre públicas e privadas
Públicas |
12,5% |
Privadas
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87,5% |
Fonte: MEC, 2015
2) Tipos de cursos de graduação (cursos superiores)
Há três possibilidades:
Bacharelado: Tipo de curso mais tradicional, que oferece uma formação abrangente para atuar nos diversos setores do mercado de trabalho.
Licenciatura: Curso para formação de professores, ou seja, para quem quer lecionar um conteúdo específico (como História, Geografia, Matemática, Física, Química etc) ou ser pedagogo.
Tecnológico – Curso focado na prática profissional (que prepara para o desempenho de uma atividade mais específica no mercado de trabalho) e de duração mais curta que o bacharelado.
Distribuição dos cursos por titulação
Bacharelados | 62% |
Licenciaturas | 19% |
Tecnológicos | 19% |
Fonte: Levantamento do Guia do Estudante, 2016
3) Modalidades de ensino
Elas dizem respeito à educação presencial ou a distância.
Educação presencial: É a modalidade clássica de ensino. Alunos e professores frequentam o mesmo espaço físico, a sala de aula. Até 20% de um curso presencial pode ser ministrado a distância, segundo o MEC.
Educação a distância (EAD): Caracteriza-se pelo emprego de meios e tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino e aprendizagem, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. É a modalidade de ensino que mais cresce no país.
Na EAD, a maior parte da carga horária é cumprida fora da instituição, em geral, por meio do ambiente virtual de aprendizagem, acessado pela internet. O estudante geralmente vai à faculdade para realizar atividades práticas e fazer as avaliações. Para a oferta de EAD, as instituições devem ter um credenciamento especial do MEC.
Matrículas por modalidade de ensino
Educação presencial | 82,6% |
Educação a distância | 17,4% |
Fonte: MEC, 2015
4) Ingresso
O Enem já é o principal processo seletivo do país, mas muitas instituições mantêm seus vestibulares próprios, combinados ou não com a nota do exame.
Enem: O Exame Nacional do Ensino Médio foi criado em 1998, pelo MEC, com o objetivo inicial de avaliar o desempenho dos estudantes ao final do Ensino Médio. Mas passou a ser usado como vestibular para grande parte das universidades federais e estaduais, por meio do Sisu, e tem seu resultado considerado no processo seletivo de mais de 1,4 mil instituições privadas.
Sisu: O Sistema de Seleção Unificada é uma plataforma informatizada do MEC por meio da qual cerca de 130 instituições públicas (federais e estaduais) de Ensino Superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem.
Conheça os principais processos seletivos para o Ensino Superior
Lei de Cotas: A partir de 2016, segundo a Lei de Cotas, as universidades e institutos federais devem destinar 50% de suas vagas a alunos que cursaram o Ensino Médio integralmente na rede púbica. Metade desse percentual (25%) deve ser reservada para estudantes que têm renda familiar mensal per capita de até 1,5 salários mínimos (1.405 reais, em 2017). Também são destinadas vagas a pretos, pardos e indígenas de acordo com o percentual desses grupos em cada estado, segundo o IBGE.
5) Bolsas e financiamentos
Os principais programas são:
ProUni: O Programa Universidade para todos oferece bolsas de estudo em instituições de ensino superior particulares a alunos que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas, entre outras condições. O valor é uma doação e não precisa ser devolvido.
Para concorrer ao benefício é preciso ter tirado 450 pontos no Enem e não ter zerado na redação. Há dois tipos de bolsas: as integrais (para quem tem renda familiar por pessoa de até um salario mínimo e meio – 1405 reais) e as parciais (de 50% da mensalidade; para quem possui renda familiar per capita de até três salários mínimos – 2.811 reais).
Fies: O Fundo de Financiamento Estudantil financia até quase 100% da mensalidade em instituições privadas. Como se trata de um financiamento (e não de uma bolsa), o valor precisa ser devolvido após a conclusão do curso, com juros de 6,5% ao ano. Para solicitar o Fies é preciso ter obtido 450 pontos no Enem, não ter zerado na redação e possuir renda familiar per capita de até 3 salários mínimos (2.811 reais). O valor do financiamento depende da renda familiar per capita e de quanto o valor da mensalidade compromete essa renda.