O Ministério da Educação divulgou na última quinta (28) que a prova do Revalida finalmente voltará a ser aplicada em 2020. O exame é o que valida o diploma de médicos formados em outros países para que eles possam exercer a profissão no Brasil. O último ano de aplicação foi 2017, e estima-se que 15 mil médicos aguardam para revalidar seus diplomas.
O anúncio veio na mesma semana em que o senado aprovou um projeto de lei que institui a aplicação semestral do Revalida. Algumas mudanças serão feitas em relação aos exames que aconteciam antes. Agora, quem reprovar na segunda fase do processo, que tem uma etapa teórica e uma prática, poderá fazer apenas a prática pelos dois semestre seguintes caso queira tentar novamente.
Uma outra mudança é que a atual gestão do MEC quer fazer uma prova “a custo zero para os cofres públicos”. Com isso, quem arcará com todas as despesas de aplicação da prova serão os candidatos, que pagarão taxas mais altas que as das últimas edições. Em 2017, a inscrição para a primeira etapa do Revalida era de R$ 150 e para a segunda R$ 450. Agora, a primeira etapa passa a custar 10% do valor mensal da bolsa do médico-residente (R$ 330) e a segunda R$ 3.300.
Além disso, a partir de 2020, universidades privadas com avaliação 4 e 5 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) também poderão aplicar as provas, o que antes era exclusividade das públicas.