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Covid-19: confirmada primeira reinfecção no Brasil

Não basta testar positivo duas vezes. Entenda como é confirmada a reinfecção

Por Juliana Morales
Atualizado em 11 dez 2020, 09h45 - Publicado em 10 dez 2020, 16h37

O Ministério da Saúde confirmou pela primeira vez um caso de reinfecção por coronavírus no Brasil. A paciente é uma médica de 37 anos moradora do Rio Grande do Norte, que também atua na Paraíba. A primeira infecção dela aconteceu em junho e a segunda, em outubro. 

De acordo com os governos do Rio Grande do Norte e da Paraíba a profissional da saúde foi infectada por duas linhagens diferentes do vírus. A conclusão se deu pelo método da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por sequenciamento genético.

Em reportagem publicada no portal da FioCruz, a pesquisadora Paola Cristina Resende, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, explica que como trata-se de um vírus que circula há pouco tempo em humanos, ele acumulou um número pequeno de mutações e os genomas são muito parecidos em todo o mundo. Ela aponta que “entre cerca de 30 mil bases que compõem o RNA [material genético] do novo coronavírus, observa-se que poucas bases diferenciam uma cepa da outra”.

“Isso ainda é muito pouco e não permite apontar alterações do fenótipo do vírus. No entanto, possibilita reconhecer e definir grupos genéticos virais que estão circulando ao redor do mundo”, afirma a especialista à Fiocruz. 

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Esse método monitora a ocorrência de variações genéticas que podem estar associadas à reinfecção, à gravidade da doença ou à resistência a medicamentos.

+ Coronavírus em mudança: conheça os tipos de mutações na Biologia

Reinfecção ou positivo para covid-19 prolongado?

Um ponto que pode gerar dúvida quando o assunto é reinfecção é se dois testes de covid-19 positivos são suficientes para indicar a reinfecção. A resposta é NÃO.

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A confusão pode acontecer porque resíduos do material genético do vírus ainda podem ser encontrados ao longo das semanas após a infecção. Nesses casos, se a pessoa refazer o teste pode dar positivo novamente. Ou seja, não trata-se de uma reinfecção, e, sim, de um processo de infeccioso prolongado.

Para que a reinfecção seja comprovada os vírus precisam ser de cepas virais diferentes. Para fazer essa verificação de alterações morfológicas dos vírus nos dois testes é necessário métodos mais complexos de sequenciamento genético, como o da Fiocruz, citado acima.

Em entrevista ao Bem Estar, publicada no G1, a imunologista e professora da Faculdade de Medicina e do Instituto de Medicina Tropical da USP, Ester Sabino, falou sobre a dificuldade de comprovar a reinfecção, tanto que a ciência ainda não conseguiu definir com qual frequência ela acontece.

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Na reportagem, a especialista apontou que “confirmar reinfecções acaba sendo difícil porque, na maioria das vezes, os cientistas não sabem o código genético do vírus que contaminou a pessoa pela primeira vez, para, então, compará-lo com o código do segundo vírus”.

+ Entenda como a mutação do coronavírus coloca à prova a eficiência de uma vacina para combater a doença

Não é comum, mas é possível

Felizmente, de acordo com a ciência, os casos de reinfecção são raros, mas acontecem como já foi relatado tanto no Brasil como em outros lugares do mundo. O primeiro deles confirmado foi em Hong Kong, em um paciente de 33 anos.

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No Brasil, antes do caso do Rio Grande do Norte, confirmado nesta quarta, em agosto, pesquisadores da Universidade de São Paulo (Usp) identificaram a recorrência da doença em uma técnica de enfermagem de 24 anos, que testou positivo para o novo coronavírus duas vezes no intervalo de 50 dias.

Em vídeo no canal COVID19 Divulgação Científica, o infectologista Fernando Belíssimo, da Universidade de São Paulo, explica que a reinfecção por covid pode acontecer por conta da mutação do vírus, mas também tem a possibilidade de ser causada por decaimento da imunidade ao longo do tempo, ou também, pela uma combinação desses dois fatores.

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Por isso, diante de todas essas informações, é necessário que todos – incluindo quem já pegou o vírus – continuem se protegendo, de acordo com as orientações dos pesquisadores e especialistas da saúde, que têm estudado arduamente para nos garantir informações, ferramentas e tratamentos para vencer a pandemia.

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