Dia do Meio Ambiente: 8 sinais de que a catástrofe ambiental já começou

Aquecimento global, destruição da camada de ozônio, altas emissões de CO2, poluição. É comum que essas palavras venham à mente quando o assunto é devastação do meio ambiente. Mas você sabe como cada um destes elementos afetam, na prática, a vida no planeta?

Foram-se os tempos em que a catástrofe ambiental era coisa de filme hollywoodiano e de distopias: os efeitos da ação humana já estão ocorrendo, hoje, em diferentes partes do globo. Estar ciente deles é o primeiro passo para tentar frear as mudanças climáticas.

E para quem presta os principais vestibulares do país também vale saber: meio ambiente é um dos temas que aparecem com maior frequência. Para se ter uma ideia, segundo um levantamento feito pelo Sistema de Ensino Poliedro, “questões ambientais” é o assunto que mais cai no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na disciplina de Geografia. 

• Enem: quais são os temas mais recorrentes de Ciências Humanas 

Pensando em tudo isso, o GUIA DO ESTUDANTE reuniu oito notícias que mostram esses impactos e alertam que a catástrofe ambiental já é realidade. 

Mais da metade dos maiores lagos do mundo estão secando

Um estudo publicado em maio deste ano na revista Science apontou que mais da metade dos maiores lagos e reservatórios do mundo estão secando. As principais causas são o consumo insustentável e as mudanças climáticas. Vale lembrar que esses espaços armazenam 87% da água doce do planeta.

Além disso, essa seca não é um caso isolado em determinada região, pois foram registradas perdas tanto em lagos tropicais úmidos na Amazônia, como no Ártico.

Últimos oito anos foram os mais quentes já registrados

Os anos de 2015 a 2022 foram os oito mais quentes já registrados, segundo o relatório Estado do Clima Global 2022, da Organização Meteorológica Mundial (OMM). O mesmo estudo aponta que, por conta disso, o gelo do mar antártico recuou para sua menor extensão já registrada e o derretimento de algumas geleiras europeias superou o esperado.

38°C: Círculo Polar Ártico bate recorde de temperatura

Em junho de 2020, a temperatura no Ártico bateu um recorde e atingiu a marca de 38°C. A notícia foi divulgada meses depois de uma ilha na Antártida também sair dos padrões: foi a primeira vez na história que a região superou os 20°C.

Com o aumento das temperaturas, a camada de gelo abaixo do solo começa a derreter mais rápido e liberar na atmosfera gases nocivos ao ambiente que estavam retidos ali. Isso acelera o efeito estufa, o derretimento das geleiras e o aumento do nível dos oceanos. 

Cientistas encontram microplásticos em recém-nascidos

Uma pesquisa realizada por cientistas italianos e publicada na revista Environment International detectou as primeiras evidências da presença de microplástico em placenta humana. Foram identificados 12 fragmentos do material em quatro das seis análises concedidas por mulheres saudáveis que tiveram gestações normais. 

+ Microplásticos: entenda os impactos no meio ambiente e na saúde humana 

Europa enfrenta pior seca em 500 anos

O último verão europeu deixou dois terços do continente em estado de alerta por conta da seca, que bateu um recorde em pelo menos 500 anos. Segundo o relatório do Observatório Europeu da Seca, órgão da UE (União Europeia), divulgado em agosto de 2022, a mudança no clima e a consequente seca desencadeou a redução do transporte fluvial, da produção de eletricidade e dos rendimentos de safras.

Quantidade de plástico nos oceanos aumenta de forma rápida e sem precedentes

Um estudo publicado na revista científica PLOS ONE em março de 2023 aponta que a quantidade de plástico nos oceanos tem aumentado de maneira rápida e sem precedentes desde 2005. Os cientistas analisaram amostras coletadas dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico e no Mar Mediterrâneo. A conclusão foi que há cerca de 171 trilhões de partículas de plástico nas águas, que pesam em torno de 2,3 milhões de toneladas.

Se não houver uma política urgente para resolver o problema, a expectativa é que esta quantidade aumente até 2,6 vezes até 2040.

Seca recorde no Chifre da África

Desde o fim de 2020, países do Chifre da África (Etiópia, Eritreia, Somália, Djibouti, Quênia e Sudão) encaram a pior seca da região em quatro décadas. De acordo o relatório do grupo WWA (World Weather Attribution), uma rede mundial de cientistas, a mudança climática influenciou na elevação das temperaturas, acelerando a evaporação de água do solo para a atmosfera que resultou nesse ressecamento recorde dos solos e das plantas.

O abril mais quente da Ásia

Em abril deste ano, a temperatura em mais de 12 países da Ásia ultrapassou a marca de 40°C. Como consequência do calor, diversas regiões registraram mortes, internações e fechamento de escolas. A energia elétrica também foi um problema: com cada vez mais residências e industrias usando ar condicionado, o governo precisou cortar o fornecimento e começar a racionar o uso. 

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