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MEC anuncia cronograma para o Novo Ensino Médio e alterações no Enem

A mudança começa a ser implementada em 2022 e estará completa em 2024

Por Luccas Diaz
Atualizado em 14 jul 2021, 17h33 - Publicado em 14 jul 2021, 16h29

O Ministério da Educação (MEC) anunciou o Cronograma Nacional de implementação para o Novo Ensino Médio, além de mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nesta quarta-feira (14).

A reforma no modelo tradicional do Ensino Médio prevê a escolha de disciplinas pelos jovens e foi anunciada em 2017.  O Novo Ensino Médio começa a ser implementado em 2022, para o 1º ano do ensino médio. Em 2023, as mudanças atingirão o 1º e 2º anos, e até 2024 atingirá os três anos do ensino médio, segundo informa o MEC.

Seguindo o anúncio feito pelo governo no ano passado, o Enem 2024 será atualizado com as novas diretrizes da Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

“Nosso governo tem a missão de terminar o que os outros começaram. Quando cheguei no MEC, encontrei um monte de coisas começadas e não terminadas. Hoje, estamos aplicando algo criado em 2017. É uma promessa que estamos pagando, mas foi outro que fez”, disse o ministro da Educação, Milton Ribeiro.

O anúncio foi feito durante a cerimônia de lançamento do Cronograma Nacional de implementação para o Novo Ensino Médio, em Brasília, que contou com a participação do secretário da Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, além ministro da Educação.

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Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro cancelou sua participação após ser internado no Hospital das Forças Armadas para tratar de dores abdominais e soluços persistentes. 

O que muda?

O novo Ensino Médio prevê a mudança de ensino regular para ensino integral, o que implica o aumento na carga horária de aulas, subindo de 800 para mil horas anuais. A meta final do MEC é chegar a 1.400 horas. Além disso, a nova base curricular viabiliza uma maior flexibilidade para os alunos, que poderão escolher diferentes áreas para estudo de sua preferência.

O currículo deve ser 60% preenchido pelas disciplinas ofertadas pela BNCC. Os 40% restantes serão destinados aos chamados itinerários formativos, em que o estudante poderá escolher entre cinco áreas de estudo. O projeto prevê que os alunos poderão escolher a área na qual vão se aprofundar já no início do ensino médio.

As escolas não são obrigadas a oferecer aos alunos todas as cinco áreas, mas deverão oferecer ao menos um dos itinerários formativos. No conteúdo optativo, o aluno poderá se concentrar em uma das cinco áreas abaixo:

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  1. Linguagens e suas tecnologias
  2. Matemática e suas tecnologias
  3. Ciências da natureza e suas tecnologias
  4. Ciências humanas e sociais aplicadas
  5. Formação técnica e profissional 

Além disso, as novas diretrizes da BNCC e do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) não devem complementar temas tidos como “ideológicos” pelo governo federal.

Durante sua fala, o ministro afirmou que “tudo na vida tem a época certa” e que “não podemos chegar para uma criança de 6 anos e dizer você nasceu menino, mas se quiser pode ser menina. Isso é um compromisso de valores que nosso governo tem e a gente não vai abrir mão”.

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