“Deu em nada” ou “não deu em nada”: qual é o certo?
Esse tipo de confusão não dá em nada… e a gente te explica o porquê
A entrevista de emprego que ela fez “deu em nada” ou “não deu em nada”? Aquele encontro que ele teve semana passada “deu em nada” ou “não deu em nada”?
Essa expressão é bem popular e usada para descrever uma ação que não teve consequências. E a dúvida sobre seu uso costuma surgir porque a forma “não dar em nada” tem uma dupla negação. Assim, a impressão que passa é que o “não dar em nada” significa “dar em alguma coisa”, mas não é bem assim.
A dupla negação
Embora a lógica esteja correta, esse tipo de formação, na língua, tem a função de reforçar, reiterar uma afirmação. É como se você quisesse dar ainda mais ênfase ao que está dizendo – e não há nada de errado nisso (está aí outra dupla negação: “não” e “nada”).
Ou seja, as duas formas estão corretas e você pode usá-las sem medo.
Exemplos
- Eu juntei toda a papelada, levei ao cartório, mas não deu em nada.
- Eles conversaram, tentaram resolver as coisas, mas não deu em nada.
- Choveu muito a noite toda, mas a luz não acabou, deu em nada.
- Deu em nada… tudo continuou do mesmo jeito.
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