7 livros para conhecer o pensamento de Paulo Freire
No aniversário do pensador, saiba como ele deixou um legado para a Literatura e Educação brasileiras
Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro, nascido em Recife, Pernambuco. Dedicou sua vida a desenvolver novas formas de alfabetização de adultos baseadas no diálogo e na consciência crítica. Seu trabalho mais conhecido é a “Pedagogia do Oprimido“, mas o autor possui muitos outros livros que traduzem seu pensamento.
Perseguido pela Ditadura Militar, viveu anos no exílio. Ao retornar ao Brasil, participou da reconstrução democrática e continuou defendendo a educação como prática de liberdade. Sua obra inspira movimentos sociais, professores e pesquisadores em todo o mundo.
Abaixo, confira 7 livros para conhecer o patrono da educação no Brasil!
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1. Pedagogia do oprimido
“Pedagogia do Oprimido” é a obra mais conhecida de Paulo Freire e uma das mais citadas nas Ciências Humanas. Escrita durante seu exílio no Chile, entre 1964 e 1968, foi proibida pela Ditadura Militar no Brasil e publicada apenas em 1974. O livro analisa a relação entre opressores e oprimidos, mostrando como a libertação só é possível pelo diálogo e pela ação transformadora.
O texto denuncia a ordem social injusta que sustenta a violência e o medo da liberdade. Propõe a superação da alienação e a construção de uma sociedade baseada no amor, na esperança e no compromisso com a dignidade humana. É uma leitura fundamental para quem acredita em um mundo mais justo e solidário.
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2. A palavra boniteza na leitura de mundo de Paulo Freire
“A palavra boniteza na leitura de mundo de Paulo Freire” celebra o legado do patrono da Educação brasileira em um tempo de retrocessos sociais e políticos. O livro resgata a ideia de “boniteza” como algo além da aparência: um conceito que une ética, justiça social e esperança em um mundo mais justo.
Organizado por Nita Freire, viúva do autor, reúne quinze artigos de intelectuais brasileiros e estrangeiros que refletem sobre esse termo central na obra de Paulo Freire. A boniteza aparece como postura política e compromisso com direitos humanos, escola democrática, trabalho digno e vida com respeito.
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3. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa
“Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa” é o último livro publicado por Paulo Freire em vida, em 1996. Em poucas páginas, reúne lições sobre liberdade, ética e amorosidade, defendendo que ensinar exige respeito, curiosidade crítica e compromisso com a dignidade humana.
A obra vai além da sala de aula e propõe a formação de sujeitos autônomos, capazes de transformar a realidade com esperança e responsabilidade. Freire reafirma sua visão de uma educação voltada para a justiça social e para a construção de uma sociedade democrática. É um livro necessário em tempos difíceis, que motiva a resistir e a acreditar na mudança.
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4. A Importância do ato de ler
“A Importância do Ato de Ler” é um dos textos fundamentais de Paulo Freire sobre alfabetização e consciência crítica. A obra nasceu a partir da experiência do educador em São Tomé e Príncipe, país da África, onde desenvolveu projetos voltados para a educação de adultos e o fortalecimento da leitura popular.
Freire mostra que antes de ler a palavra, é preciso ler o mundo. Defende que a alfabetização deve ser um processo criador, em que o educando é sujeito da própria história. O livro destaca o papel do educador como mediador de uma prática concreta de libertação e transformação social.
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5. Educação como prática da liberdade
“Educação como prática da liberdade” foi escrito em 1967, durante o exílio de Paulo Freire no Chile. O livro propõe uma educação voltada para a libertação, que transforma o ser humano de oprimido em sujeito crítico, politizado e participante ativo da sociedade.
A edição conta com apresentação de Francisco C. Weffort, prefácio de Thiago de Mello e um apêndice com exemplos de situações existenciais que ajudam a compreender o conceito de cultura. A obra reafirma a importância da educação como prática de emancipação coletiva e de responsabilidade social.
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6. Conscientização
“Conscientização” apresenta um dos conceitos centrais do pensamento de Paulo Freire: a educação como caminho para a liberdade. Para o autor, aprender é um ato que rompe com a opressão e permite a construção de uma sociedade mais justa.
A obra mostra que conscientizar-se é assumir-se como sujeito da própria história, capaz de compreender e transformar a realidade. A educação, nesse sentido, é prática de libertação, fundada na ética, na crítica e no compromisso com a dignidade humana.
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7. Professora, sim; tia, não
“Professora, sim; tia, não” reúne dez cartas em que Paulo Freire discute o papel do educador e a importância de reconhecer sua função social. O autor critica o uso do termo “tia” no lugar de “professora”, apontando-o como uma forma de desvalorizar a profissão e ocultar seu caráter político.
A obra analisa as virtudes éticas que professores progressistas precisam cultivar para atuar como agentes de transformação e dialoga com o tema da redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2023, “os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, ao denunciar a colocação da professora no papel de “tia” pela sociedade.
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