Primeiro dia do Enem 2025 teve nível médio de dificuldade, avaliam professores
Prova manteve tradição em abordar temas sociais. Veja a avaliação por disciplina
O primeiro dia do Enem 2025 aconteceu no último domingo (9) e, segundo professores ouvidos pelo GUIA DO ESTUDANTE, a prova continuou fiel à proposta interdisciplinar, combinando reflexão social, análise crítica e diversidade de abordagens.
O conjunto das questões manteve o nível médio de dificuldade, mas apresentou formatos que exigiram leitura atenta e interpretação profunda, estimulando o raciocínio e a compreensão de contextos em vez da simples memorização. Além da pluralidade de textos e temas, a prova reforçou seu compromisso com a atualidade e a representatividade.
Entre os principais temas estavam pautas como desigualdade, cultura e meio ambiente, além de reflexões sobre comportamento, linguagem e diversidade – mostrando que a prova está conectada ao mundo contemporâneo e coerente com o propósito de avaliar o pensamento crítico dos estudantes.
Abaixo, veja os comentários detalhados para cada área!
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Linguagens
A prova de Linguagens chamou a atenção pela qualidade técnica e pela variedade de textos selecionados. O exame apresentou equilíbrio entre gêneros como poemas, crônicas, verbetes e textos visuais, exigindo dos candidatos leitura cuidadosa e interpretação sensível. Para os educadores, a estrutura foi bem elaborada e manteve o foco em relacionar língua, cultura e sociedade de forma dinâmica.
Na parte literária, a prova privilegiou autores contemporâneos e temas ligados à identidade, ao corpo e à representatividade. A ausência de clássicos tradicionais, como Machado de Assis e Drummond, foi notada, mas não comprometeu a proposta de atualização do conteúdo. No geral, os especialistas destacaram que o Enem manteve seu nível de dificuldade habitual, com questões que valorizaram o pensamento crítico e o domínio da linguagem em contextos reais.
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Língua Estrangeira
As provas de Língua Estrangeira priorizaram a interpretação e a análise crítica de textos, deixando de lado a cobrança direta de gramática. Em inglês, apareceram temas como identidade cultural, comportamento das gerações e relação do ser humano com a natureza, exigindo do candidato a compreensão do sentido global e das intenções do autor. Já em espanhol, o enfoque foi mais cultural, com referências a línguas indígenas, colonização e autores hispânicos.
A prova explorou situações próximas da realidade dos estudantes, como o texto que comparava tamanhos de copos de café ao tempo de sono das pessoas, além de pedirem uma leitura que ultrapassasse a tradução literal, avaliando a capacidade de interpretar ideias, contextos sociais e referências culturais em outro idioma.
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Geografia
A prova de Geografia apresentou um nível de dificuldade intermediário, mas quem acompanhou as notícias e preparou-se no decorrer do ano se deu bem. A disciplina teve questões ligadas ao meio urbano, à agricultura e à mineração, destacando seus impactos ambientais.
Ao nível mundial, a mudança do nome da Macedônia para Macedônia do Norte também esteve presente em uma questão. Outras temáticas, como a conservação de patrimônio histórico (com citação à história da política internacional) e o nacionalismo desafiaram o repertório dos candidatos.
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História
A prova de História manteve o foco em temas sociais e na valorização da diversidade. As questões abordaram a presença e o papel de grupos historicamente marginalizados, como negros, indígenas e mulheres, exigindo dos candidatos uma leitura atenta e sensível às diferentes perspectivas históricas. O nível de dificuldade foi considerado mediano, com ênfase na interpretação dos textos e na capacidade de relacionar conteúdos a contextos culturais e políticos.
Entre os destaques, apareceram questões que aproximaram história e religião, como a que comparava passagens da Bíblia e do Alcorão para discutir ciência, e outra que tratava do preconceito contra religiões de matriz africana. A prova reforçou o perfil analítico do Enem, ao convidar o estudante a refletir sobre a interação entre conhecimento histórico, crenças e sociedade.
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Colaboraram:
- Thiago Braga, autor e professor do Colégio e Sistema pH;
- Bruno Ferrari, Coordenador Pedagógico da Equipe Filadd;
- Antonio Pires, professor de Linguagens na Filadd;
- Eduardo Antônio Dimas, professor de História da Filadd;
- Matheus Danilo Nunes Garcia Botelho Lemos, professor de Geografia da Filadd;
- Augusto Salgado, professor de Sociologia;
- Vinicius Beltrão, Gerente de Ensino e Inovações educacionais no SAS Educação;
- Isabela Abreu, editora de linguagens no SAS Educação;
- Pedro Lopes, supervisor de avaliações do SAS Educação;
- Andrezza Finardi, professora de inglês do colégio Oficina do Estudante;
- Liliane Negrão, professora de Gramática do Colégio Oficina do Estudante;
- Daniel Simões, professor de Geografia e Atualidades do Colégio Oficina do Estudante;
- Julio Souza, professor de história do Colégio Oficina do Estudante.
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