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Redação do Enem: como construir uma boa proposta de intervenção

Conheças as principais estratégias para tirar nota máxima nessa competência

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 9 mar 2021, 16h16 - Publicado em 26 set 2019, 19h30

Imagine que você está a um parágrafo de uma redação nota mil no Enem: compreendeu a proposta de redação, já tinha algum repertório sobre o assunto e reuniu bons argumentos para explicar suas causas, tudo isso em um texto coeso e coerente. Agora só falta cumprir a última das cinco competências da prova e elaborar uma proposta de intervenção para agir sobre o problema apresentado. 

A nota da proposta vai variar de 0 a 200 em grupos de 40 — ou seja, você pode tirar 0, 40, 80, 120, 160 ou 200 pontos. Para te ajudar a conquistar a maior nota dessa escala, elencamos aspectos importantes para a construção de uma ótima proposta de intervenção. Anota aí!

Antes de mais nada, é bom explicar. “Proposta de intervenção” é o conjunto de argumentos que você precisa apresentar na redação a fim de resolver, propor melhorias ou ao menos lidar com a situação do tema.

Nem inédito, nem óbvio demais

Como os temas propostos na redação do Enem têm, geralmente, raízes profundas e estruturais, é irreal imaginar que você precisa sugerir algo único e nunca experimentado antes na humanidade para resolver o problema. Por isso, citar a reformulação de medidas já experimentadas no passado ou que funcionaram em países de realidade próximas à brasileira pode ser uma boa ideia.

É importante mencionar, no entanto, que não adianta também citar exemplos que já se mostraram ineficazes ou então que são óbvios e pouco práticos em termos de resultados. Em uma outra reportagem publicada aqui no GUIA, a youtuber Débora Aladim cita o exemplo do uso da conscientização por meio da educação como solução para todos os problemas. Embora a educação tenha um peso e deva ser explorada, não resolverá sozinha problemas que envolvem impunidade, falta de recursos e outros aspectos. 

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Detalhe sua proposta 

Se você está finalizando o texto e sua proposta de intervenção acabou com duas ou três linhas, repense se está realmente propondo uma boa solução. No livro Redação Infalível, Débora Aladim lembra que a proposta de intervenção te dá poderes de presidente para atuar na resolução de qualquer problema: você precisa convocar setores, mobilizar dinheiro para isso, pensar no desenvolvimento da ação e nos impactos que ela trará. Por isso, verifique se sua proposta responde às seguintes perguntas:

  • O que precisa ser feito?
  • Quem vai fazer?
  • Como?
  • Quais resultados espero disso?

Essas perguntas não precisam ser respondidas apenas uma vez, já que a ideia da proposta de intervenção é mobilizar todas as esferas necessárias para sanar (ou minimizar) o problema. Por isso, fique atento à próxima dica!

Entenda como atua cada agente

Você já deve ter ouvido de professores de que o ideal na proposta de intervenção é mobilizar o governo em conjunto com a sociedade, certo? Acontece que nenhum dos dois é uma massa homogênea que atua desordenadamente. Nem todas as funções competem ao governo federal, por exemplo. Se você quer discutir mudanças no sistema penal, pense que é necessário também envolver o Ministério da Justiça e todos os níveis governamentais, como a Câmara dos Deputados e o Senado, pelos quais uma proposta de lei teria que passar antes de ser implementada. 

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Para não errar feio na hora de nomear os responsáveis por cada atribuição na proposta, se informe sobre como atua cada ministério, as Forças Armadas, os tipos de polícias (como a federal, a rodoviária e a civil) e as instâncias de governo (federal, estadual e municipal). 

Por que ainda é importante respeitar os direitos humanos

Até 2017, um item sempre aparecia em todos os editais do Enem: desrespeitar os direitos humanos na redação implicava em nota zero. Desde o ano passado, no entanto, o item foi vetado, e a menção aos direitos humanos agora aparece somente na competência 5, de proposta de intervenção — “elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos”. 

Ou seja, embora não zere a redação, desrespeitar os direitos humanos nessa competência pode te tirar os 200 pontos da proposta de intervenção. Além disso, para além da pontuação que você ganha ou perde com isso, o respeito aos direitos humanos está previsto na Constituição Brasileira.

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