5 filósofos que mais caem no Enem
Entender o pensamento e as teorias de grandes filósofos para o Enem pode lhe render bons pontos na prova e ótimos argumentos na redação
A filosofia é uma das disciplinas que compõem a prova de Ciências Humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ao lado de história, geografia e sociologia. Durante os seus estudos ou na revisão de filosofia para o exame, é essencial incluir alguns filósofos na sua lista de prioridades, já que eles podem lhe resultar importantes pontos na prova e ainda ótimos argumentos na redação!
Com a ajuda do professor do Curso Anglo Gianpaolo Dorigo selecionamos os 5 filósofos que você não pode deixar de fora dessa lista, pois sempre aparecem no exame. Veja quais são a seguir e aprofunde os seus conhecimentos sobre cada um deles com reportagens especiais feitas pelo GUIA:
René Descartes
O “campeão” em citações na prova de filosofia do Enem, René Descartes é o criador do racionalismo cartesiano que sustenta que o homem não pode alcançar a verdade através de seus sentidos.
“Descartes é caracterizado pela busca de um conhecimento sólido, um ‘ponto fixo’ de onde se pudesse reconstruir o edifício do conhecimento, abalado pela revolução científica a partir do Renascimento e pela crise da religião. Rejeitando o conhecimento anterior (ceticismo), Descartes encontrou esse ponto fixo no “eu” pensante, o sujeito consciente dotado de razão autônoma”, explica o professor.
Tendo sido criticado pelos empiristas ingleses, como David Hume, e por Kant, o filósofo pode ser abordado no Enem a partir de uma comparação de textos.
Entenda mais sobre Descartes:
Immanuel Kant
Referência na história do pensamento filosófico, Immanuel Kant costuma ser questionado sob o ponto de vista da Ética. Conforme Dorigo, a ética kantiana ou deontológica entende a moral como fruto da razão, ou seja, da interioridade humana.
“A razão é capaz de estabelecer juízos que consideram nossas ações válidas desde que possam ser consideradas norma universal. A partir daí é estabelecido o imperativo categórico, que é a obrigação de agir segundo o dever, não importando o contexto”.
Para a prova também é fundamental lembrar que a visão de Kant (o criticismo) representou uma tentativa de superação do racionalismo cartesiano e do empirismo. Além disso, o filósofo foi um grande defensor da dignidade humana, conceito muito importante na política e que, mais de um século após a sua morte, será uma das bases do conceito de Direitos Humanos.
Saiba mais sobre o tema:
Nicolau Maquiavel
O autor de O Príncipe, Nicolau Maquiavel, é o principal filósofo citado no campo da Filosofia Política. Sobre o autor, vale a pena destacar o caráter original das suas ideias, ao enxergar a política a partir de uma perspectiva realista, e não idealizada como se fazia na tradição até o seu tempo — a tradição tomista-aristotélica que via na política uma expressão do ideal e “fazer o bem”.
“Maquiavel se afasta dos pressupostos morais da política idealista ao identificar como pré-requisito para qualquer ação política os atos de assumir o poder e preservar o poder, que acabam se tornando as duas principais metas da política”, ressalta o professor do Curso Anglo.
Entenda mais sobre o filósofo:
Platão
Discípulo de Sócrates, Platão aborda a superioridade do mundo das formas ou ideias (inteligível) sobre o mundo concreto e sensível. “Para Platão, a busca do conhecimento verdadeiro deve ser uma operação do pensamento, que progressivamente vai se afastando dos objetos do mundo material para se aproximar das formas perfeitas existentes no mundo das ideias”, explica Dorigo.
O mundo material, conforme o filósofo, apresenta-se como incapaz de satisfazer o desejo pelo conhecimento, uma vez que é formado por objetos perecíveis, em constante transformação e percebidos pelos órgãos dos sentidos, que podem enganar.
No Enem, além de questões específicas sobre Platão, costumam aparecer referências ao seu pensamento em questões sobre vários temas e outros autores.
Aprofunde os seus conhecimentos sobre Platão:
Aristóteles
Assim como Platão, Aristóteles aparece em diversos tipos de questões do Enem. De acordo com o professor, a ética de Aristóteles é abordada a partir de sua reflexão sobre a finalidade das ações humanas.
Segundo a filosofia de Aristóteles, o ser humano, ao contrário de outras criaturas – ou mesmo objetos – da natureza, constrói os seus próprios fins, exercendo a capacidade de escolha. A vida contemplativa, ou seja, a dedicação à filosofia, é uma forma de encontrar as melhores ações, que tendem aos fins desejados e que podem resultar no “sumo bem”, a felicidade geral dos habitantes da polis.
“Essa felicidade não é a realização do prazer desmedido. Pelo contrário, é aquela que se equilibra entre os extremos, que tende à ‘justa medida’. Seja como for, é necessária uma mediação política. Para que esses fins se realizem, precisa existir um governo que possibilite o desenvolvimento da vida contemplativa e eduque os cidadãos nesse sentido”, detalha Dorigo sobre a filosofia de Aristóteles.
Entenda mais sobre o filósofo:
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