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Segunda Guerra Mundial: como o tema pode cair nas provas

Professores dão dicas sobre quais os aspectos mais importantes do conflito e o que estudar para os vestibulares

Por Julia Di Spagna
Atualizado em 1 set 2021, 21h08 - Publicado em 1 set 2021, 21h05
Libertação dos invasores nazistas na região de Rostov-on-Don, Russia, durante a Segunda Guerra Mundial. A foto é uma reconstituição feita no Army 2021 - International Military and Technical Forum
Libertação dos invasores nazistas na região de Rostov-on-Don, Russia, durante a Segunda Guerra Mundial. A foto é uma reconstituição feita no Army 2021 - International Military and Technical Forum (Erik Romanenko/Getty Images/Divulgação)
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Em 2 de setembro de 1945 chegou ao fim o conflito que moldou o mundo como conhecemos hoje: a Segunda Guerra Mundial

De um lado estava o Eixo: Alemanha, Itália e Japão.  Do outro lado, os Aliados: Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos. Foram seis anos nos quais a humanidade presenciou desastrosos acontecimentos, como o Holocausto, o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki e, por fim, a Guerra Fria, que perdurou até o fim da União Soviética.

Definindo influências políticas, econômicas e sociais, o conflito também desencadeou acontecimentos que duram até hoje, como a criação da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Estado de Israel e a ascensão dos Estados Unidos como potência militar e econômica. 

O fim do conflito sempre pode receber uma atenção especial dos vestibulares. Pensando nisso, conversamos com Rodolfo Neves e Eduardo Duique, professores de História do Curso Poliedro e do Anglo, respectivamente, para ajudar você a estudar de maneira mais direcionada esse tema.

Confira algumas imagens da época (e aproveite para treinar o inglês!) neste vídeo:

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O final do conflito e o vestibular

“Primeiramente o estudante deve saber que decorar datas e nomes de batalhas, generais, aviões e tanques não é o foco. Por mais que estes marcos e detalhes importem, o que se cobra não é ‘História militar’ e sim História Geral, ou seja, os aspectos políticos, econômicos, socioculturais e até artísticos que, associados ao conflito, explicam-no de forma global”, explica Duique.

Com isso em mente, considere que os vestibulares costumam ter mais interesse em três grandes esferas: contexto, causas e consequências. 

Em relação ao contexto e as causas, segundo Neves, é fundamental o estudante saber quais eram os interesses econômicos e territoriais das principais potências e como isso influenciou a formação dos dois grupos e o conflito em si. 

Analise as semelhanças com a Primeira Guerra, sua relação com o pensamento nacionalista e disputas imperialistas, e todo o contexto da época do entreguerras, marcado pela crise econômica, ascensão do fascismo, nazismo e comunismo e a crise das democracias. 

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Entre as consequências, vale a pena se dedicar aos seguintes tópicos:

  • Transformações geopolíticas
  • Criação da ONU
  • Novas fronteiras e criação da “cortina de ferro”
  • Formação do mundo bipolar da Guerra Fria
  • Era atômica e corrida armamentista
  • Declínio dos Impérios europeus
  • Descolonização dos continentes africano e asiático.

Por fim, dê uma atenção especial aos aspectos humanos (ou desumanos) da guerra, como a relação entre guerra, xenofobia e racismo, a questão do Holocausto, a enorme quantidade de vítimas civis e o terror dos bombardeios nucleares. 

Enem

No Enem, especificamente, o assunto costuma estar atrelado às consequências do conflito, o desenvolvimento da Guerra Fria, o genocídio de judeus e de outros grupos étnicos e políticos, e a importante Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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“Direitos Humanos é um tema que nunca deixa (e nem deveria) de ser um dos mais cobrados e discutidos. Não há tema mais importante e atual”, diz Duique.

Atualidades

Embora a guerra tenha acabado, ela deixou marcas que interferem diretamente até hoje. Em primeiro lugar, os EUA continuam sendo a grande potência global. Os países que comandam o conselho de segurança da ONU são os mesmos que venceram a guerra, com exceção da China, que ascendeu posteriormente. 

Ambos os professores também ressaltam o retorno de ideologias e movimentos de extrema direita, como o neonazismo e novas modalidades de fascismo, que estão relacionadas a um radicalismo nacionalista, xenofobia e racismo. “Tais ideais foram fundamentais para a ascensão de regimes autoritários no entreguerras. Muitos desses movimentos evocam esses regimes autoritários, tomando-os, muitas vezes, como um referencial de passado de glória”, diz Neves. 

Além disso, algumas questões ligadas a conflitos territoriais e/ou étnicos da atualidade têm suas raízes em processos que começaram a se desenhar nas tratativas de paz ao final da batalha. Um dos exemplos foi a criação do Estado de Israel, em 1948. 

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“Sem contar que o fantasma de novas guerras, mesmo que não mundiais, está sempre presente. A Segunda Guerra é um importante marco de um século como um todo catastrófico e do qual ainda não ‘saímos’ totalmente”, completa Duique.

++ Enem Play: Segunda Guerra Mundial, bomba atômica e mais

 

Para ir além

Embora os temas abordados sejam mais tradicionais nas provas, Duique ressalta a importância de uma “nova história”, que busca expandir os olhares e acrescentar personagens antes esquecidos. 

“Por exemplo, o importante papel das mulheres na guerra, seja como operárias nas fábricas no mundo ocidental ou mesmo lutando no Exército Vermelho soviético e as consequências disso para o fortalecimento das demandas feministas”, diz. 

Além disso, o professor destaca o estudo do papel de africanos e asiáticos que lutaram contra o fascismo e o nazismo ao lado de suas metrópoles, algo muito importante para o fortalecimento dos sentimentos identitários e posterior luta de descolonização.

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