Festival de Woodstock fez 50 anos em 2019: isso pode cair na sua prova
Realizado entre os dias 15 e 17 de agosto de 1969, o evento foi um marco da contracultura e pode ser abordado nos vestibulares desse ano
Há 50 anos acontecia o que ficaria marcado como um dos mais conhecidos festivais de música de todos os tempos. Ocorrido entre os dia 15 e 17 de agosto de 1969, o Festival de Woodstock reuniu mais de 400.000 mil pessoas em uma fazenda de laticínios em Bethel, cidade do estado de Nova York, nos Estados Unidos – de 2,3 mil habitantes apenas.
O evento foi considerado um marco da contracultura, que se desenvolveu na década de 1950 e 1960, e de grande importância para os jovens da época que estavam envolvidos com os ideais do movimento hippie. Os jovens puderam acompanhar a apresentação de grandes artistas da época.
Em um primeiro momento, os organizadores esperavam lucrar com o evento, mas a mobilização foi tão grande, que a entrada foi liberada gratuitamente.
O nome do evento foi escolhido em homenagem à cidade que o receberia, mas por problemas logísticos, a fazenda em Bethel se tornou a melhor opção. Para não gerar confusão, o nome em referência a Woodstock foi mantido.
Foram vendidos 186 mil ingressos antecipados, mas os organizadores não acreditavam que esse número seria praticamente triplicado.
Contexto
No ano do festival, 1969, a população norte-americana estava questionando a Guerra do Vietnã e existia uma forte revolta social após o assassinato de Martin Luther King, líder que lutava pelos direitos civis dos negros, no ano anterior.
Naquele momento, o mundo estava bipolarizado entre as grandes potências, Estados Unidos e a antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e a Guerra Fria encarava seu auge.
No Brasil, o movimento hippie chegou a influenciar o movimento cultural Tropicalismo, que ficou marcado pelas figuras de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé.
O legado
Como o festival foi um sucesso de público e em termos históricos, ocorreram tentativas de repeti-lo. Em 1994, o evento completou 25 anos e, embora tenha contato com grandes patrocinadores, acabou fracassando. O mesmo aconteceu na comemoração dos 30 anos, em que acusações de violência sexual e protestos se destacaram.
Já em 2019, um dos organizadores do primeiro festival, Michael Lang, tentou recriar o evento, que acabou sendo cancelado por problemas de licença e de artistas que cancelaram a presença por não terem recebido pagamento.
O festival
Por receber mais pessoas do que o esperado, cidades vizinhas tiveram que ajudar com a doação de alimentos e mantimentos de forma geral. Por causa da chuva, formaram-se grandes piscinas de lama – outra característica marcante do festival – na qual os jovens pulavam e dançavam.
Apesar do ambiente estar superlotado por uma multidão, o festival foi extremamente organizado e pacífico. Infelizmente, três pessoas faleceram no evento. Uma pessoa por overdose, outra por rompimento de apêndice e outra morreu após ser atropelada por um trator em um campo próximo enquanto dormia.
Algo que fez toda a diferença no festival foram suas atrações. Reunindo grandes nomes da música, o evento contou com 32 bandas e artistas, como Jimi Hendrix, The Who, Janis Joplin e Joe Cocker, entre outros. Um dos momentos mais icônicos, inclusive, foi quando Hendrix executou o hino dos Estados Unidos com notas que faziam referência a bombas. A previsão era que o evento terminasse no domingo, mas o artista entrou no palco apenas às 9h da manhã da segunda-feira.
Devido sua magnitude e impacto, é inegável a importância do festival para toda uma geração que enxergava uma série de problemas no mundo ao seu redor.