Neste 17 de junho se completam oito anos das maiores manifestações de Junho de 2013: o levante que no total reuniu mais de 1 milhão de pessoas em 388 cidades do Brasil com diferentes reivindicações. Reunidos sob o grito “Sem violência”, os manifestantes dos atos do dia 17 chegaram no total de 250 mil brasileiros, o maior protesto desde as Diretas Já, em 1984 (veja a cronologia dos protestos no álbum ao final do texto).
Para ajudar a refletir sobre aqueles dias que repercutem até hoje na vida do país e nos colocou numa cadeia global de protestos que aconteciam desde 2011, preparamos uma seleção de livros e filmes sobre o assunto.
Amanhã vai ser maior (Planeta, 2019)
O livro da antropóloga Rosana Pinheiro-Machado analisa são só as Jornadas de Junho, como a contextualiza em âmbito nacional e internacional, junto de uma série de outros protestos que eclodiram no mundo a partir de 2011, como o movimento dos Indignados, na Espanha, e o Occupy Wall Street, nos Estados Unidos.
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Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram o Brasil (Boitempo, 2013)
A antologia lançada seis meses após as manifestações foi das primeiras obras a abordar o assunto no Brasil. Reunindo especialistas de diferentes campos, tanto do Brasil quanto do exterior, é uma primeira leitura importante sobre a onda que se ergueu sobre as ruas do país em 2013, que a contextualiza com outros movimentos globais.
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Os Dias da Crise (Companhia das Letras, 2019)
O romance do jornalista e escritor Jerônimo Teixeira conta a história de um executivo paulistano que vive as manifestações de junho a partir de sua relação com duas mulheres: Helena, por quem se apaixona, e a filha, militante de esquerda. A obra é uma das poucas a abordar o assunto no terreno da ficção nacional.
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Imobilismo em movimento (Companhia das Letras, 2013)
De autoria do filósofo e analista político Marcos Nobre, o livro trata do sistema político brasileiro ao longo dos anos da abertura política, em 1979, e da redemocratização – e foi concluído precisamente às vésperas das manifestações, o que demandou uma breve atualização de seu final.
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“Junho – o mês que abalou o Brasil”, de João Wainer
Trata-se do primeiro documentário sobre as jornadas de 2013, lançado já no ano seguinte. O filme traz imagens dos protestos, relatos de participantes e vítimas das agressões policiais e análises de especialistas e figuras do debate público brasileiro. É um filme importante para se ter uma visão imediata do ocorrido, mas peca por trazer análises muito focadas na experiência paulistana – que não traduz o que aconteceu naqueles dias.
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