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Você não está gostando da faculdade que escolheu? Veja o que fazer

Existe um período natural de adaptação e é preciso ficar atento para não chegar a uma conclusão precipitada

Por Julia Di Spagna
Atualizado em 6 dez 2020, 11h38 - Publicado em 16 mar 2020, 14h23

Nos primeiros dias de faculdade é natural haver estranhamento, afinal a rotina e a dinâmica de aulas na graduação são muito diferentes da escola ou do cursinho. Mas como saber se é apenas um período de adaptação ou se você fez a escolha errada? 

“É necessário ter muita paciência. Você nem sempre vai ter afinidade no primeiro momento e é preciso dar tempo ao tempo para a adaptação acontecer”, diz J.P. Ferreira, diretor-pedagógico do Curso Pré-Vestibular Oficina do Estudante. 

Para Silvia Hasse, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico do Curso Anglo, mesmo que o curso corresponda ao que ele imaginava, nos meses iniciais, o estudante passará por um processo de adaptação. As primeiras disciplinas das graduações têm pouca vinculação à prática e acabam sendo mais introdutórias, o que muitas vezes não desperta o interesse do aluno. 

Ela ressalta que para o jovem entender como se sente em relação ao curso é importante refletir sobre os fatores que provocam o sentimento de estranhamento: se estão, de fato, relacionados à graduação (aulas, professores, disciplinas, campus, colegas) ou a outras questões pessoais (mudança de rotina, distância de casa, insegurança…). 

Segundo J.P., um grande problema é que o aluno romantiza a faculdade como um lugar onde, finalmente, vai estudar o que gosta. “Ele acha que vai adorar tudo, que a faculdade vai ser totalmente dedicada àquilo que ele tem habilidades, que ele imaginava”, diz. Mas nem sempre vai ser assim. Na faculdade, você vai acabar estudando coisas que não te agradam e vai precisar superar isso. 

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Adaptar-se e entender do que gosta faz parte de um processo longo. 

O que fazer?

É importante que o estudante busque, nos primeiros meses, compreender melhor o curso, bem como informar-se sobre a grade curricular, as demandas exigidas para se formar e as possíveis áreas de atuação. Conversar com colegas de graduação dos anos mais adiantados é uma ótima forma de compreender se o curso está ou não correspondendo e se ainda poderá corresponder ao que buscava.

Outra dica é ver o que a faculdade tem para oferecer, como são os professores e quais as oportunidades em termos de mercado profissional. Esses são fatores estimulantes para você se adaptar e entender o que te espera no futuro.

Além disso, o aluno pode buscar outras atividades que despertem o interesse na faculdade e contribuam para maior adaptação, como práticas de pesquisa, atividades de extensão, centro acadêmico, esportes etc. Elas podem contribuir para o aluno se identificar mais com a instituição, a graduação e os colegas.

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E se realmente for a escolha errada?

Mesmo depois de se informar mais sobre o curso, entender melhor a carreira e o mercado de trabalho da profissão, o jovem pode sentir que a decisão que tomou não foi mais adequada.

Um dos sinais que podem indicar que ele não está no curso ideal é a falta de perspectiva na carreira, ou seja, quando a pessoa não se enxerga exercendo as profissões relacionadas à área. Além disso, se o número de disciplinas que chamar a atenção naquele curso for muito baixo, é preciso repensar a escolha. E, embora o estudante possa não se identificar com um curso sem saber qual outro quer seguir, se ele passa boa parte do tempo sonhando com outra possibilidade, outra carreira, vale a pena refletir se não é melhor mudar a rota.

“Quando fica muito claro para o estudante que a escolha dele não foi a mais acertada, ou que ele não vai dispor das habilidades necessárias para continuar aquele curso, ele precisa ter muita calma e conversar com muitas pessoas para não tomar atitudes precipitadas”, afirma J.P. 

Mas vale a pena continuar em um curso em que você não vê felicidade, não vê perspectivas para o futuro? Viver uma carreira inteira (30, 40, 50 anos) em algo que você não quer, que não deseja? É preciso projetar um futuro mais distante: é melhor para você vivenciar aquela carreira por décadas, ou parar e voltar? Segundo o diretor, a ideia de perder um ano na verdade não é perder, porque existe, na verdade, um risco de você perder décadas da sua vida fazendo algo que não tem prazer.

E se bater uma insegurança sobre retomar os estudos para prestar novamente vestibulares, lembre-se: essa experiência você já tem e ela foi bem-sucedida!

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