7 atualidades do ano que podem cair na Fuvest 2025
Ficar por dentro do que está rolando no mundo pode te ajudar a entender melhor as questões do vestibular!
Cada vez mais, as provas dos vestibulares estão contextualizando as questões com temas atuais e que conversam com o cotidiano do estudante. Sem deixar o conteúdo de lado, as bancas aproveitam eventos do Brasil e do mundo para testar os conhecimentos de uma forma menos “quadrada” e checar se o candidato acompanha os acontecimentos da atualidade ao seu redor. Esse é o caso da Fuvest, porta de entrada para a USP (Universidade de São Paulo).
E isso não vale apenas para as questões. “A redação também costuma abordar temas atuais que desafiam o estudante a adotar uma posição crítica, explorando diferentes perspectivas sobre o assunto”, explica Luis Felipe Valle, professor de Geografia e Atualidades do Colégio Oficina do Estudante.
Por isso, o GUIA DO ESTUDANTE conversou com Valle e com o Augusto da Silva, professor de Geografia e Geopolítica do Curso Anglo, para reunir as atualidades do ano que podem cair na Fuvest 2025. Confira abaixo:
1. Rivalidades entre EUA e China
Nos últimos anos, as disputas econômicas e geopolíticas entre Washington e Pequim aumentaram expressivamente. Também chamada de Guerra Fria 2.0, em decorrência de várias semelhanças com as tensões entre estadunidenses e soviéticos (1945-89), nota-se que tanto a China quanto os EUA passaram a estabelecer projetos e ações que visam a uma expansão da sua influência nos mais diversos locais do nosso globo, a fim de assegurar o maior potencial geopolítico.
“Exemplo disso é a Nova Rota da Seda, lançada em 2013 pelo governo chinês. O plano consiste em diversos programas de desenvolvimento e de investimentos, principalmente em infraestrutura, em mais de 150 países da África, Ásia, Europa e América Latina”, explica Augusto.
Além disso, as duas potências criaram alianças militares e transformaram o Mar do Sul da China em uma das regiões mais disputadas do planeta. É neste mar que Pequim vem construindo ilhas artificiais a fim controlar o fluxo comercial e explorar o subsolo.
+ A longa história por trás da guerra comercial entre Estados Unidos e China
2. Guerra da Ucrânia
Rússia e Ucrânia são ex-repúblicas soviéticas que, há uma década, apresentam intensas disputas fronteiriças. Em 2014, a Rússia anexou a Crimeia, península localizada no Mar Negro. Moscou usou como principal argumento o fato da maioria da população desta península ter origem étnica russa.
Em 2022 tropas enviadas por Moscou ocuparam a porção leste da Ucrânia, dando início a uma guerra de grandes proporções. Passados dois anos, o conflito matou milhares de pessoas, fez milhões de refugiados, causou a destruição de cidades e ainda desencadeia uma instabilidade geopolítica entre EUA (aliado da Ucrânia) e Rússia, as duas maiores potências nucleares do planeta.
+ Resumo: o contexto histórico da Guerra da Ucrânia
3. Conflitos no Oriente Médio, com destaque para Palestina
No dia 7 de outubro de 2023, o grupo palestino Hamas realizou ataques contra civis israelenses, vitimando cerca 1200 pessoas e dando início a uma reação israelense. Rapidamente, a guerra na Faixa de Gaza mostrou seu potencial desolador de destruição, em especial para os civis palestinos.
Não demorou para que outras frentes de batalha surgissem, com Israel atacando grupos rivais apoiados pela Irã, país que se indispõe geopoliticamente contra os EUA e seus aliados. A situação causa preocupação internacional, com possibilidade de eclodir uma guerra regional de grandes proporções.
+ Por que israelenses e palestinos vivem em conflito
4. Mudanças Climáticas
O aumento da temperatura média do planeta em decorrência do acúmulo de gases de efeito estufa vem causando diversas consequências ambientais. Dentre elas, alterações nas condições meteorológicas, como chuvas e/ou estiagens intensas.
A tragédia no Rio Grande do Sul é um exemplo disso. Entre os meses de abril e maio de 2024, intensas e incessantes chuvas assolaram o estado, provocando enchentes históricas, mortes e deixando milhares de desalojados, além de diversos e severos impactos socioeconômicos e estruturais tanto nas áreas rurais quanto urbanas.
“Os altos índices de pluviosidade são relativamente comuns no estado nessa época do ano, mas uma confluência de fatores (corredor de umidade vindo da região amazônica, presença de uma intensa corrente de vento e um bloqueio atmosférico na região central) concentraram essa pluviosidade em uma determinada região e em uma pequena quantidade de dias”, explica Augusto.
+ Um guia com tudo que você precisa saber sobre as mudanças climáticas
5. Tensões no Sahel
Localizada na faixa meridional do deserto do Saara, o Sahel destaca-se por ser uma região de transição entre o deserto e as extensas savanas localizadas mais ao sul. Essa região, conhecida pelas suas riquezas naturais (urânio, calcário, fosfato e ouro) e suas fragilidades frente às mudanças climáticas, agora passou a ser noticiada por concentrar diversas tensões relacionadas a grupos jihadistas e, mais recentemente, pela “onda” de golpes de Estado (apoiados por Moscou) que ampliam tensões da época colonial e da atual disputa entre Rússia e o Ocidente.
6. Envelhecimento demográfico
Outro assunto relevante é o envelhecimento demográfico, abordado mais recentemente, em 2014, mas que também pode voltar. Esse tema abrange mudanças no comportamento dos jovens, como a queda nas taxas de natalidade e a priorização do trabalho sobre o casamento e a formação de uma família tradicional. Questões sobre a previdência social também podem aparecer.
+ Etarismo, ageísmo, velhofobia: o que é o preconceito baseado na idade?
7. Ascensão de governos autoritários
Um outro eixo possível é a ascensão de governos autoritários, marcada pelo uso de discursos de ódio e populismo, amplificados pelos algoritmos das redes sociais. “Esse fenômeno pode ser visto como uma resposta à crise estrutural do capitalismo, que gera sentimentos de revolta e desilusão com os processos democráticos”, diz Luis.
Esse contexto lembra o surgimento de líderes autoritários na Segunda Guerra Mundial, mas hoje há uma diferença: essas lideranças são muitas vezes eleitas democraticamente.
A Fuvest pode explorar essa temática para incentivar o candidato a refletir criticamente sobre essa tendência e as possíveis formas de superá-la.
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