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Fuvest: como responder as questões discursivas da segunda fase

Rasurar zera a nota? Vale a pena chutar?Saiba como traçar uma estratégia de prova eficaz

Por Karolina Monte
Atualizado em 24 dez 2022, 14h47 - Publicado em 22 dez 2022, 17h07
Segunda fase da Fuvest acontece nos dias 8 e 9 de janeiro e conta com questões discursivas.
 (Startup Stock Photos/Pexels/Reprodução)
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Os candidatos aprovados para a segunda etapa da Fuvest 2023 respondem, nos dias 8 e 9 de janeiro, a questões discursivas sobre as disciplinas estudadas no Ensino Médio. Não tem como escapar: técnicas de “chute” para escolher a melhor alternativa não te ajudam na segunda fase.

Outro aspecto que diverge em relação à primeira prova é que agora os estudantes também desenvolvem uma redação dissertativa.

Nesta outra matéria do GUIA DO ESTUDANTE, tiramos as 6 maiores dúvidas dos candidatos que fazem a segunda fase da Fuvest. Mas, aqui, falaremos especificamente das questões discursivas.

Além de reservar um tempo para uma rápida revisão nos dias que restam, o candidato também pode traçar uma estratégia para responder da melhor forma possível as questões nesta etapa, já que aqui a fórmula é muito mais complexa do que encontrar a resposta correta em meio a cinco opções.

O próprio Manual do Candidato orienta que “a elaboração de estratégias adequadas para encaminhar a resolução, a capacidade de síntese e o uso de linguagem apropriada são habilidades necessárias para o bom desempenho nesta etapa”.

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Por isso, o GUIA DO ESTUDANTE conversou com Rodney Luzio, coordenador do curso Anglo, e tira as maiores dúvidas sobre as questões discursivas da segunda fase da Fuvest.

+ Diretor da Fuvest dá dicas para a segunda fase do vestibular 2023

A segunda fase da Fuvest

Para começar, é válido entender um pouco mais sobre as especificidades da segunda fase da Fuvest. Normalmente, cada questão é composta por mais de uma pergunta ou item, dividindo-se entre letra “A”, “B”e até “C” em alguns casos.

Foi observado durante os anos anteriores do exame uma dependência de um item em relação ao outro, sobretudo nas provas de exatas. Por isso, é essencial acertar o item “A” para então seguir para as demais questões. Outro fator é a progressão de dificuldade entre eles, que tende a crescer do primeiro para o último. Por fim, reconhecer a relação entre os itens facilita muito a resolução da questão como um todo.

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Abaixo, separamos mais algumas perguntas e dicas que poderão ajudar na segunda fase!

Tem um número mínimo de linhas para cada resposta?

Não. Um ponto importante em relação à estrutura da segunda fase é o comando de cada questão – ou seja, o que questão pede para que o candidato faça, como “explique”, “justifique” ou “cite”. Para uma resposta ser bem articulada é muito importante que o estudante escreva o suficiente para responder a estes comandos, sem ser direto demais, mas também evitando encher linguiça. Escrever em tópicos também não é uma boa ideia.

Portanto, o importante aqui não é preencher todo o espaço disponibilizado no caderno de respostas. Use o espaço necessário para responder com clareza ao comando da questão.

Escrever demais pode ser um problema?

Sim. Como sinalizado anteriormente, o candidato deve escrever bastante somente se for necessário – como, por exemplo, se a resposta exigir relações entre conteúdos. Os comandos “justifique” e “explique” são mais trabalhosos, e, portanto, exigem um espaço maior.

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Se for uma resposta em uma questão de exatas, deixe claro a linha de raciocínio, evitando colocar respostas sem justificativa numérica, geométrica ou gráfica. Prolongar demais uma resposta, sem necessidade, pode parecer que a justificativa não é consistente o bastante e corre-se o risco de repetição de argumentos sem que o candidato perceba.

Vale a pena fazer um rascunho ou escrever a resposta a lápis antes?

Depende. O professor do Anglo orienta que deve-se avaliar qual estratégia adotar a partir do nível de dificuldade da prova em comparação com o tempo disponível. Muitos estudantes escrevem a resposta à lápis e, em seguida, passam a caneta.

Além disso, fazer o rascunho não significa, necessariamente, uma perda de tempo: ao passar a resposta do lápis para a caneta, o candidato exerce uma leitura ativa e atenta do que escreveu e, com isso, consegue melhorar a qualidade de sua resolução.

Pode rasurar a resposta?

Escreveu uma palavra ou um número errado? Sem surto. O ideal é riscar a palavra ou o raciocínio matemático e escrever o correto ao lado. Rasuras como essas não são consideradas pelo corretor que vai analisar sua prova.

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O que fazer com os cálculos nas questões de exatas?

Se os cálculos são elementares, isto é, integram um raciocínio longo, é possível eliminar alguns deles. O corretor não precisa ver cada soma ou subtração que você precisou realizar. O que não pode ocorrer de forma alguma é um resultado sem uma justificativa. Na dúvida, caso o espaço seja suficiente, coloque todo o raciocínio.

Vale a pena “chutar” alguma resposta ou é melhor deixar em branco?

Você leu a questão, têm uma memória vaga sobre o assunto, mas não se lembra exatamente da informação que está sendo solicitada. E aí, como proceder?

Para Rodney, vale improvisar uma resposta, ainda mais quando o estudante tem uma vaga noção do conteúdo tratado. É sempre melhor do que deixar em branco. Afinal, quando não há nenhuma resposta, com certeza a questão foi zerada. Mas se alguma resposta, mesmo que vaga, foi colocada pelo candidato, as chances de obter alguma nota já aumentam.

Isso não significa, no entanto, que a “enrolação” está liberada: enrolar faz com que o próprio candidato perca tempo que poderia usar sabiamente em alguma outra questão.

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